Morfoanatomia e ecofisiologia de mudas aclimatadas em viveiro de três espécies arbóreas de floresta estacional semidecidual utilizadas em reflorestamentos

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Resumo: A Mata Atlântica é o bioma mais ameaçado do Brasil e apresenta alta prioridade de conservação O plantio de árvores em áreas degradadas pode ter grande potencial na recuperação florestal e, assim, contribuir para a conservação da biodiversidade deste bioma Neste contexto, destaca-se a importância da produção de mudas de qualidade, pois aumentam a chance de sobrevivência e a capacidade das mesmas de resistir às condições adversas no campo Quando as plantas são expostas às alterações nas condições do ambiente, a maioria delas é capaz, em maior ou menor grau, de se aclimatar à mudança ocorrida, isto porque a aclimatação promove alterações fisiológicas, anatômicas e morfológicas Objetivou-se avaliar as respostas de trocas gasosas foliares, morfológicas, anatômicas e os índices de qualidade de mudas ao processo de aclimatação, implementado por viveiristas, de três espécies arbóreas utilizadas em reflorestamentos de Floresta Estacional Semidecidual As mudas de Aegiphila integrifolia (Jacq) Moldenke, Guazuma ulmifolia Lam e Heliocarpus popayanensis Kunth, selecionadas para este experimento, foram cultivadas em dois setores de um viveiro: setor de crescimento, sob 4% de densidade de fluxo de fótons fotossintéticos (sombreado) e a sol pleno (aclimatado), durante 168 dias Com a aclimatação, as mudas de H popayanensis apresentaram aumentos da assimilação líquida de CO2 (Amax) e da eficiência do uso da água (EUA) e redução na condutância estomática (gs) e na taxa de transpiração (E) As folhas desenvolvidas de H popayanensis, durante a aclimatação, expandiram-se menos, com parênquimas clorofilianos mais espessos e houve redução da área foliar específica (AFE) O índice de qualidade de Dickson (IQD), a relação altura/diâmetro do colo (RAD) e a relação da massa de matéria seca da parte aérea/massa de matéria seca das raízes (RPAR) indicaram qualidade superior nas mudas aclimatadas desta espécie Sob sol pleno, as folhas formadas de G ulmifolia desenvolveram-se menos e houve espessamento do parênquima paliçádico e maior densidade estomática; estas folhas apresentaram aumentos na gs e na E, mas a Amax não diferiu, em relação ao sombreamento A RPAR indicou qualidade superior nas mudas aclimatadas de G ulmifolia, entretanto, a RAD e o IQD, sugeriram o oposto Durante a aclimatação, as folhas de A integrifolia desenvolveram-se com características típicas de folhas de sol, como redução da AFE, maior espessura do limbo foliar, devido ao desenvolvimento dos parênquimas clorofilianos e maior densidade estomática Elas apresentaram aumentos na Amax, gs e na E Nesta espécie, pelos índices RAD e RPAR, não foi possível estimar a qualidade das mudas aclimatadas e não aclimatadas Entretanto, o IQD indicou que a aclimatação diminuiu a qualidade das mudas de A integrifolia A análise dos resultados obtidos evidenciou que as mudas das três espécies, após a transferência da condição sombreada para o setor de rustificação do viveiro, foram capazes de se aclimatar à alta irradiância apresentando diferentes respostas em relação aos parâmetros analisados Quando submetidas à aclimatação, de fato, as mudas destas espécies apresentaram características de rusticidade, especialmente nas folhas, que podem favorecê-las na fase inicial de estabelecimento em campo Entretanto, para as espécies nativas estudadas, os índices de qualidade utilizados foram inadequados para expressar a maior rusticidade (qualidade) das mudas aclimatadas

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Palavras-chave

Aclimatação (Plantas), Plantas, Efeito da luz, Árvores, Qualidade, Acclimatization (Plants), Plants, Effect of light on, Botany

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