A violência nos contos e crônicas da segunda metade do século XX

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Resumo: Esta Tese analisa contos e crônicas da segunda metade do século XX nos quais a violência se faz presente Num primeiro momento, buscou-se levar a efeito considerações historiográficas e teóricas acerca da natureza da violência Os textos que foram utilizados para efetivação de tal fim não dizem respeito à literatura propriamente dita Psicologia, Psicanálise, Filosofia, Antropologia e Sociologia atenderam aos objetivos visados Reservou-se espaço para um levantamento acerca da representação da violência na Literatura Universal Fizeram-se presentes especialmente a Bíblia Sagrada, Homero, Dante, Machado de Assis e Graciliano Ramos Trabalhou-se estudos teóricos sobre o suicídio, considerado, nesta Tese, como auto-violência Utilizou-se como comprovação de sua representação na Literatura Ocidental Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe Fechando este primeiro momento, fez-se um estudo das concepções culturais da Pós-Modernidade, visando identificar o vínculo delas com a temática da violência na literatura contemporânea Num segundo momento, analisou-se a representação da violência nos contos da segunda metade do século XX Para efetivar este fim, elegeu-se narrativas curtas de quatro autores representativos da Literatura Brasileira Contemporânea Na contística de Rubem Fonseca percebeu-se que, embora o autor revele o conflito entre os estratos sociais, a violência se apresenta como satisfação dos instintos Em Dalton Trevisan tem-se a representação da violência nas relações afetivas Já Luiz Vilela prefere retratar as situações em que o ser humano prefere aniquilar a própria vida, ao invés de agredir seu semelhante Por fim, em Márcia Denser notou-se que a violência está vinculada com a condição da mulher liberada em busca do direito ao prazer sexual Num terceiro momento, analisou-se as crônicas da segunda metade do século XX Com este selecionou-se também quatro autores Nas crônicas de Rubem Braga encontra-se a defesa dos valores humanistas de solidariedade e de tolerância como antídotos para a diminuição das situações de violência na sociedade Já em Carlos Drummond de Andrade, a violência do assalto torna-se motivo para fazer humor, conduzindo à reflexão sobre a capacidade humana de enfrentar situações traumatizantes Em Affonso Romano de Sant’Anna destaca-se a falha nas organizações institucionais como a geradora da violência social nos grandes centros urbanos Enfim, nas crônicas de Martha Medeiros vislumbrou-se uma violência do enunciador do discurso, o qual se refere preconceituosamente em relação às mulheres ainda objeto de machismo Conclui-se que no conto a violência é representada de maneira mais crua e chocante, enquanto na crônica é mais suave e bem-humorada Ambos os gêneros, conquanto de forma diversa, trabalham a realidade sócio-cultural da contemporaneidade, representando as angústias do homem contemporâneo

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Palavras-chave

Contos brasileiros, História e crítica, História e crítica, Crônicas brasileiras, História e crítica, Brazilian stories, History and criticism, Brazilian Chronicles, History and criticism

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