Ambiente de trabalho, consumo de substâncias psicoativas e estresse em enfermeiros hospitalares : análise dos fatores associados
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Scholze, Alessandro Rolim
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Resumo
Resumo: Este estudo teve como objetivos analisar a relação entre o ambiente de trabalho e o consumo de substâncias psicoativas e avaliar o estresse ocupacional e os seus fatores associados em enfermeiros de instituições hospitalares Estudo transversal, analítico-descritivo, realizado com 185 enfermeiros de três instituições hospitalares públicas da Região Sul do Brasil, sendo, duas de atenção secundária e uma terciária A coleta de dados foi realizada no período de outubro de 215 a abril de 216 Utilizou-se um questionário para caracterização sociodemográfica, ocupacional e hábitos de vida, o Nursing Work Index- Revised, o Alcohol Smoking and Substance Involvement Screening Test e o Job Stress Scale, baseado nas dimensões Demanda-Controle-Apoio-Social Os dados foram organizados e analisados no programa Statistical Package of Social Sciences for Windows (SPSS®), versão 2 Foram realizadas análises descritivas e de associação bivariada, utilizando o coeficiente de correlação de Spearman Também realizou-se regressão logística bruta e ajustada, com cálculo de odds ratio (OR) e respectivos intervalos de confiança de 95% Predominaram enfermeiros do sexo feminino, casados, com filhos e apenas um vínculo empregatício As substâncias psicoativas mais consumidas foram o álcool, o tabaco, os sedativos e a maconha Entre os enfermeiros dos hospitais secundários houve correlação positiva entre o consumo de álcool e a prática de atividade física, e negativa para o uso de álcool e a renda mensal individual Na instituição terciária, o consumo de álcool relacionou-se negativamente à relação médico e enfermeiro O tabagismo apresentou relação positiva com a idade, revelando que quanto mais avançada a idade, maior o uso de tabaco A autonomia, relação médico e enfermeiro, bem como o suporte organizacional estiveram correlacionados negativamente com o uso de sedativos Houve maior percepção de trabalho passivo e de alto desgaste Os fatores associados ao trabalho de alto desgaste foram a pouca presença de serviços de apoio à assistência, programas de educação continuada ineficazes, tempo e oportunidades insuficiente para discutir com outros colegas e os problemas oriundos dos cuidados prestados ao paciente aumentaram significativamente as chances dos enfermeiros perceberem seus trabalhos como estressantes Ainda, os enfermeiros tiveram uma percepção negativa quanto à pouca participação em decisões administrativas e apresentaram uma chance menor de perceberem seu trabalho como de alta exigência Conclui-se que quanto mais desfavorável o ambiente de trabalho, sobretudo na relação médico e enfermeiro, suporte organizacional e autonomia maior é o envolvimento dos enfermeiros com as substâncias psicoativas O estresse ocorreu quando houve maior percepção para o trabalho passivo e de alto desgaste
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Palavras-chave
Enfermeiros, Uso de drogas, Enfermeiros, Stress ocupacional, Saúde e trabalho, Drug utilization, Health and work, Psychotropic drugs, Nurses