Avaliação da atividade antifúngica de nanopartícula de prata biogênica e sinvastatina contra diferentes Aspergillus sp
Arquivos
Data
Autores
Bocate, Karla Carolina Paiva
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Resumo: O Brasil é um dos países com maior produtividade agrícola do mundo Entretanto, o cultivo no país sofre ação de agentes patógenicos que prejudicam a qualidade da colheita Dentre eles, estão fungos fitopatógenos do gênero Aspergillus, que agem sobre os produtos no pós colheita, armazenados em silos, moinhos, locais de manipulação e estocagem na pré-venda A principal implicação destes organismos é a produção de micotoxinas, metabólitos tóxicos a seres humanos e outros animais As toxinas muitas vezes não alteram as características físicas ou organolépticas dos alimentos, mas sempre apresentam potencial de dano As micotoxinas podem ser carcinogênicas, mutagênicas, hepato e nefrotóxicas e podem causar efeitos imunossupressores, entre outros problemas Para conter esta produção é importante impedir a germinação dos esporos, o desenvolvimento de hifas (crescimento miceliano) Sendo assim, o intuito desta pesquisa foi a utilização de compostos biogênicos e semi-sintéticos contra fungos toxigênicos: nanopartícula de prata e a sinvastatina, respectivamente A sinvastatina é uma estatina empregada na terapêutica hipolipemiante Atua como competidora do sítio ativo da enzima HMG-CoA redutase, envolvida na produção de colesterol em mamíferos e na produção de ergosterol nos fungos As nanoparticulas de prata agem em diversos sítios celulares em microrganismos, como na parede celular, grupos fosfato do DNA, citocromos mitocondriais, grupamentos sulfidrila e outras regiões Testes inicias como disco e poço difusão em ágar demonstraram a sensibilidade de cinco cepas do gênero Aspergillus, sendo esses testes corroborados com a concentração inibitória mínima (CIM) demonstrando sensibilidade dos organismos Quando os compostos foram utilizados em conjunto a concentração inibitória decaiu entre duas e quatro vezes daquelas observadas na CIM, demonstrando poder sinérgico e aditivo Testes complementares como concentração fungicida mínima demonstraram que estes compostos são fungicidas entre quatro e oito concentrações superiores a observadas na CIMEstes compostos também foram capazes inibir a formação de biofilme em placas Por fim, através de microscopia eletrônica de varredura, pudemos observar mudanças estruturais na forma vegetativa do fungo (hifas truncadas e com perda da estrutura formal) e inibição da germinação dos esporos ou germinação anormal Estes resultados mostram que nanopartículas de prata e sinvastatina, isoladas e principalmente conjugadas, atuam eficientemente contra fungos toxigênicos, indicando um potencial uso destas drogas em etapas diversas da cadeia de produção alimentar
Descrição
Palavras-chave
Micotoxinas, Fungos fitopatogênicos, Prata, Estatinas (agentes cardiovasculares), Nanopartículas, Mycotoxins, Silver, Aspergillus, Statins (Cardiovascular agents), Nanoparticles, Applied mycology