Efeito do reúso e do tipo da membrana do dialisador sobre a atividade da paraoxonase 1 de pacientes em hemodiálise

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Resumo: A doença cardiovascular (DCV) é uma importante causa de mortalidade em pacientes renais crônicos em hemodiálise Possui gênese multifatorial e responde por quase 5% das mortes nessa população Pacientes em hemodiálise apresentam perfil lipídico anormal, caracterizado por níveis elevados de triglicérides e de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e níveis diminuídos de lipoproteínas de alta densidade (HDL) A paraoxonase 1 (PON 1) é a proteína responsável pela maior parte da atividade antioxidante da HDL e níveis reduzidos de PON 1 estão associados à maior ocorrência de eventos cardiovasculares em várias populações Estudos demonstraram que a atividade da PON 1 encontra-se diminuída na doença renal crônica e que, após a sessão de hemodiálise, a atividade da PON 1 eleva-se Em pacientes em hemodiálise, a atividade reduzida da PON 1 foi demonstrada estar associada à maior mortalidade cardiovascular A prática do reúso do dialisador permite que programas de diálise com escassos recursos financeiros se mantenham e, embora os estudos não tenham encontrado diferença com relação à mortalidade comparada com o uso único do dialisador, poucos trabalhos avaliaram os efeitos do reúso do dialisador sobre estresse oxidativo e a atividade da PON 1 Este estudo teve como objetivo identificar o efeito do reúso e do tipo da membrana do dialisador (polinefron e polietersulfona) sobre a atividade da PON 1 de pacientes em hemodiálise Participaram do estudo 3 pacientes renais crônicos em hemodiálise no Instituto do Rim de Londrina – Histocom Foram dosados, pré e pós diálise, no primeiro uso e após o sexto reúso dos dialisadores: atividade plasmática da PON 1, sistemas de defesa antioxidante: superóxido dismutase (SOD), catalase, glutationa total (GT), glutationa reduzida (GSH) e glutationa oxidada (GSSG); marcadores de agressão oxidativa: hidroperóxidos lipídicos (LOOH) e produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) Os valores de atividade da PON 1, SOD, catalase, GT, GSH, GSSG, AOPP e LOOH foram comparados entre pré e pós diálise no primeiro uso e após sexto reúso do dialisador polinefron e polietersulfona A atividade da PON 1 pós-diálise foi maior (P<,1) do que a pré-diálise tanto no primeiro uso como após o sexto reúso A atividade da PON 1 no primeiro uso do dialisador polinefron se elevou de 139,4 U/mL pré-diálise para 181,5 U/mL pós-diálise e com o dialisador de polietersulfona partiu de 153,3 U/mL pré-diálise para 166,7 U/mL pós diálise No sétimo uso dos dialisadores, encontramos atividade de PON 1 pré-diálise de 133,5 U/mL e de 141,9 U/mL para os dialisadores polinefron e polietersulfona, respectivamente Após a sessão de hemodiálise do sétimo uso os valores encontrados para a atividade da PON 1 foram 166,7 U/mL e 164,5 U/mL com o dialisador polinefron e polietersulfona, respectivamente Encontramos aumento dos níveis de LOOH após as sessões de hemodiálise e os níveis de AOPP mantiveram-se inalterados após as sessões de hemodiálise Os marcadores de defesa antioxidante estudados não apresentaram modificações significativas em quando se compararam os valores pré e pós diálise O reúso do dialisador e o tipo de membranas estudados não interferiram com a melhora da atividade da PON 1 Portanto, o reúso dos dialisadores de polinefron e polietersulfona, submetidos a seis processos de reúso, não interfere com o aumento da atividade da PON 1 que se observa após o úso único destes capilares e nem piora as defesas antioxidantes intracelulares estudadas, não influenciando negativamente nenhum destes dois parâmetros

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Palavras-chave

Insuficiência renal crônica, Hemodiálise, Sistema cardiovascular, Doenças, Estresse oxidativo, Renal insufficiency, Chronic, Hemodialysis

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