Da crítica genética à estilística : desvelando os textos produzidos em sala de aula
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Bortolin, Rogério Nascimento
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Resumo
Resumo: A Crítica Genética é um campo de pesquisa em contínua expansão Com berço na França e nas análises dos manuscritos literários a fim de desvendar os caminhos e processos das criações, ela, atualmente, se faz presente como metodologia de análise de textos das mais variadas esferas discursivas, uma vez que a curiosidade de revelar os bastidores da criação em suas múltiplas materialidades inquieta incontáveis pesquisadores Em ambiente escolar, a Crítica Genética tem realizado valiosas contribuições, visto que tão importante quanto uma análise do produto final texto, produzido nesse ambiente, um olhar crítico/analítico para o percurso de sua construção é importante para o professor Tendo esse caminho em mente, o presente trabalho busca analisar as interferências do professor quando ele se coloca não apenas como mero revisor/corretor das produções de seus alunos, mas como colaborador no projeto de dizer do estudante, fazendo uso da correção textual-interativa (RUIZ, 213), porém ampliando seus postulados Por meio das análises, é possível perceber a voz do professor no texto do aluno, em um processo de dialogicidade, coautoria, resultando em um texto produzido em solidariedade As lentes da Semântica Argumentativa e da Estilística também foram empregadas a fim de verificar como o manuseio da língua contribui para a construção de determinados efeitos de sentido A coleta de dados ocorreu por meio de uma Oficina de Produção Textual, com alunos, em sua maioria, do Ensino Médio, e tinha também como objetivo pedagógico a humanização dos estudantes, o desenvolvimento do pensamento tecnológico e o aperfeiçoamento da produção escrita de diferentes gêneros sob a perspectiva da Linguística Textual, utilizando comandos amplos e provocativos para as produções A pesquisa busca suporte principalmente nas teorias de Bakhtin (1997, 22), Bronckart (26), Koch e Elias (212, 221), Marcushci (28), Bonini (26, 211), Panichi e Contani (23), Salles (26, 28), Martins (28), Adam (211, 219), Ruiz (213), Freire (1969), Machado (28) e Bortolin (217)
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Palavras-chave
Crítica genética, Estilística, Redação, Estudo e ensino, Semântica argumentativa, Genetic criticism, Stylistics, Writing, Argumentative semantics, Study and teaching