Estudo epidemiológico e molecular de Escherichia coli patogênica extraintestinal

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Daga, Ana Paula

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Resumo

Resumo: Escherichia coli é um habitante comensal comum do trato gastrointestinal e um dos patógenos mais importantes em humanos E coli patogênica extraintestinal (ExPEC) é um descritor para os isolados de E coli capazes de causar doença extraintestinal O objetivo deste estudo foi investigar e comparar os determinantes de virulência da ExPEC de diferentes materiais clínicos Este estudo incluiu 183 amostras de E coli, 48 isolados da corrente sanguínea, 42 de líquido e secreções, 44 isolados produtores de ß- Lactamase de Espectro Estendido (ESBL), de urina de pacientes internados com infecção do trato urinário (ITU) e 49 E coli sensíveis a todos os antimicrobianos, de urina de pacientes ambulatoriais com ITU Utilizando a reação da PCR, investigou-se a presença de fatores de virulência (VFs), ilhas de patogenicidade (PAIs), ESBL do tipo cefotaximase (CTX-M) e a classificação filogenética (A, B1, B2, C, D, E e F) A análise da variabilidade genética de E coli de sangue foi realizada pelo Enterobacterial Repetitive Intergenic Consensus (ERIC-PCR) e os dados epidemiológicos e demográficos foram obtidos através da análise de prontuários e exames laboratoriais O gene fimH foi o mais prevalente em todos os materiais clínicosE coli isoladas de sangue e líquido/secreção apresentaram uma prevalência estatisticamente maior para fimH e papC, assim como, para os genes relacionados à resistência sérica (traT, iss e ompT) em comparação com amostras urinárias Ao contrário da cápsula K5, que foi mais prevalente em amostras urinárias Em geral, E coli de urina de pacientes ambulatoriais apresentaram maior prevalência de FVs quando comparados E coli de urina de pacientes internados A prevalência de PAIs nos diferentes materiais clínicos foi semelhante, com exceção do PAI IV536, que foi maior no sangue do que em E coli urinária de pacientes internados O filogrupo B2 foi o mais prevalente, seguido do filgrupo B1 para sangue e urina de pacientes internados, e E para líquidos secreção e urina de pacientes ambulatoriais O filogrupo A foi estatisticamente mais prevalente em amostras de E coli urinárias Os isolados B2 apresentaram a maior prevalência de FVs e PAIs Oito (16,7%) dos isolados de E coli de sangue foram caracterizados como produtores de ESBL do tipo CTX-M, sendo que, CTX-M-15 foi a mais prevalente A análise da variabilidade genética identificou duas linhagens clonais e vários isolados de sangue não relacionados Dos pacientes com infecção da corrente sanguínea por E coli, 5% foram secundárias à infecção do trato urinário e 12,5% foram secundárias a doenças abdominais, sendo que a mortalidade associada à bacteremia por E coli foi de 333% Em conclusão, ExPEC possui uma variedade de determinantes de virulência envolvidos no estabelecimento da infecção, e comumente apresenta resistência a múltiplos fármacos, implicando na gravidade da infecção O conhecimento de fatores determinantes, como a patogenicidade e os dados epidemiológicos do processo infeccioso, são informações importantes para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e no manejo e tratamento de pacientes com infecção extraintestinal por E coli

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Palavras-chave

Fisiopatologia, Escherichia coli, Microorganismos patogênicos, Escherichia coli

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