Avaliação de misturas da gasolina automotiva e de aviação com óleo fusel e derivados

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Bertosse, Caroline Milani

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Resumo

Resumo: Diante do preocupante cenário ambiental atual, o desenvolvimento e aplicação de fontes de energia renováveis e sustentáveis torna-se cada vez mais urgente Neste aspecto, utilização de energia limpa no setor de transportes fundamental para a redução de GEE’s Este trabalho teve como objetivo analisar a viabilidade da utilização do óleo fusel e do álcool isoamílico como aditivos para gasolinas automotivas e de aviação (GAV 1LL) seguindo as Resoluções estipuladas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Foram utilizadas amostras de óleo fusel bruto, óleo fusel seco com peneira molecular, álcool isoamílico destilado do óleo fusel e alcool isoamílico PA em misturas com as gasolinas nas proporções de 1, 5, 1, 15, e 2% (v/v), verificando-se aspecto e miscibilidade O poder calorífico superior foi determinado por bomba calorimétrica, sendo observado que seu valor tem relação inversamente proporcional a quantidade de água presente em cada mistura O perfil de volatilidade das misturas foi analisado através das curvas de destilação, mostrando que a adição de álcool isoamílico ou óleo fusel nas gasolinas ocasiona na formação de misturas azeotrópicas Este comportamento pode ser comprovado pela variação das temperaturas de ebulição, que sofreram aumento nas frações leves e intermediárias para GAV, fazendo com que os valores referentes às frações leves apresentem-se fora do estipulado pela normativa Para a gasolina automotiva, há diminuição das temperaturas a partir das frações leves da gasolina tipo C em relação à gasolina tipo A, devido ao porcentual de 27% de etanol contido na gasolina tipo C A adição de álcool isoamílico à gasolina C causou diferenças de temperatura muito pequenas devido à esta já se apresentar como mistura azeotrópica Observou-se também que maiores adições de aditivo aumentam a eficiência de queima do combustível, fazendo com que haja mais reações completas de combustão e consequentemente menos formação de resíduos sólidos Para misturas contendo gasolina tipo C e óleo fusel notou-se expressiva quantidade de formação de resíduos sólidos durante a destilação As análises de corrosividade ao cobre demonstraram que todos os aditivos apresentam padrão de corrosão dentro dos parâmetros permitidos pela normativa, de acordo com o gabarito da ASTM D13 A partir das análises de massa específica, verificou-se que todos os aditivos exibem valores maiores em comparação às gasolinas, o que pode ser vantajoso devido à este parâmetro estar diretamente relacionado com a eficiência do motor No ensaio de tolerância à agua realizado para gasolina de aviação todas as misturas se mantiveram dentro dos valores pretendidos Concluiu-se que aditivos com menores quantidades de água em sua composição podem ser promissores, e por isso etapas subsequentes deste estudo devem considerar análises de teor de álcool, octanagem e ponto de congelamento (para gasolina de aviação)

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Palavras-chave

Gasolina, Aditivos, Biocombustíveis, Coprodutos, Óleo fusel, Gasoline, Co-products, Fusel oil, Biomass energy, Gasoline, Additives

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