Dieta, dispersão e fragmentação: como as características das aves moldam sua abundância e conservação na floresta atlântica semidecidual
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Data
2025-02-17
Autores
Suzuki, Yasmin Namie
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Resumo
Perturbações antrópicas, como a fragmentação florestal, reduzem a biodiversidade local. As aves, excelentes indicadores ecológicos, permitem avaliar a resposta de suas comunidades a essas alterações. Este estudo obteve dados sobre aves resilientes à fragmentação da Floresta Sazonal Estacional Semidecidual nas regiões Norte e Oeste do Paraná, Brasil. A metodologia envolveu amostragem de dados em 25 fragmentos por pontos, em cinco pontos por fragmento, durante quatro dias consecutivos na primavera, resultando em valores do Índice Pontual de Abundância (IPA). As espécies foram classificadas como especialistas ou generalistas com base na proporção de sua dieta (dados de Wilman) e selecionadas apenas aquelas presentes em, pelo menos, 12 fragmentos para garantir representatividade. A especialização foi quantificada pelo coeficiente de Gini, que varia de 0 (generalistas) a 1 (especialistas). Adicionalmente, foram analisadas as relações entre o coeficiente de Gini e a ocorrência das espécies nos fragmentos, bem como entre esse coeficiente e medidas morfométricas das asas (obtidas do AVONET), utilizando correlações linear e de Spearman. Testes estatísticos, incluindo tabelas de contingência, foram realizados com o software PAST. Os resultados ressaltam a importância de investigar a interação entre especialização ecológica, características morfológicas e fragmentação de habitat, apontando para a necessidade de estudos futuros que incluam métricas de conectividade dos fragmentos e cobertura florestal do entorno.
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Palavras-chave
Fragmentação, Aves, Abundância