Seletividade de herbicidas pré-emergentes em cultivares de soja e no cultivo de milho plantado em sucessão

Data

2023-07-28

Autores

Amorim, Edson Araújo de

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Resumo

A utilização de herbicidas pré-emergentes tem sido difundida como uma ferramenta importante na prevenção e no manejo de plantas daninhas, entretando pouco se sabe sobre a seletividade desses produtos nas cultivares atuais. Com o objetivo de avaliar a seletividade de herbicidas pré-emergentes na cultura da soja foram realizados dois experimentos. O primeiro foi conduzido em condições de campo com afim de avaliar a seletividade de herbicidas pré-emergentes na soja aplicados antes e após a semeadura da cultura. O experimento foi realizado na área experimental da Fazenda Escola da Universidade Estadual de Londrina-PR. Foram avaliadas cinco misturas de herbicidas (metribuzim + s-metolaclor, fomesafen + s-metolaclor, Sulfentrazone + diuron, imazetapir + flumioxazina e piroxasulfona + flumioxazina) em dois momentos de aplicação na cultura da soja (aplique-plante e plante-aplique). Foram avaliados a fitotoxidade na cultura (eficiência quântica e efetiva do fotossistema II, taxa relativa de transporte de elétrons e teor de clorofila) e produtividade de grãos. Após a colheita da soja foi realizada a semeadura de milho para avaliar possíveis efeitos de carryover, tendo sido realizadas as mesmas avaliações de fitotoxicidade realizadas na soja. Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). Para a soja, aos 21 DAS todos os parâmetros fisiológicos foram afetados pelos herbicidas testados, tanto a eficiência quântica do fotossistema II (Fv/Fm) quanto o teor de clorofila (SPAD). Já a taxa relativa de transporte de elétrons e eficiência efetiva do fotossistema II (Y II) foram afetadas pelos herbicidas e pelos momentos de aplicação, mostrando uma interação dos fatores. Foi observada maior fitointoxicação das plantas quando o herbicida foi aplicado no sistema plante-aplique. No entanto, aos 42 DAS todos os parâmetros fisiológicos mostraram recuperação. A produtividade foi afetada negativamente, tendo como destaque positivos as misturas de metribuzim + s-metolaclor e Sulfentrazone + diuron. Na cultura do milho, não houve resposta significativa para nenhum dos parâmetros avaliados. O segundo experimento teve como objetivo avaliar a sensibilidade de cultivares de soja à mistura comercial de sulfentrazone + diuron. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em fatorial 20 x 3. O fator A foi composto por 20 cultivares de soja. O fator B foi composto por três doses da mistura de sulfentrazone + diuron, sendo as doses zero, 175 + 350 g i.a ha-1 e 350 + 700 g i.a ha-1. As variáveis avaliadas foram fitotoxicidade, atividade do FSII, taxa relativa de transporte de elétrons (ETR), comprimento de parte aérea e massa seca da parte aérea (MSPA). A mistura de sulfentrazone + diuron provocou alterações negativas nas características fisiológicas e de crescimento das plantas, evidenciando a fitotoxidade do produto, principalmente na maior dose avaliada. No entanto, foi observada variabilidade na sensibilidade das cultivares estudas. As cultivares HO Amambay, HO Iguaçu, HO Paraguaçu, HO Pirapó, Lança IPRO, Lótus IPRO, M6410 IPRO, TMG 2356 IPRO, TMG 2359 IPRO e TMG 2364 IPRO se mostraram mais sensíveis. Sendo assim, conclui-se que a seletividade da mistura sulfentrazone + diuron é dependente da dose aplicada e da cultivar de soja.

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Palavras-chave

Fitointoxicação, Glycine max, Herbicidas Residuais, Zea mays, Herbicidas - Uso - Soja, Herbicidas pré-emergentes, Herbicidas - Uso - Milho

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