Peptídeos bioativos do feijão com potencial para diminuir o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis

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Garcia, Bianca de Fátima

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Resumo: Devido à possibilidade de obter-se peptídeos com atividade biológica a partir da hidrólise de proteínas presentes no feijão, este tem se tornado objeto de diversas pesquisas atualmente Peptídeos bioativos são sequências de aproximadamente 2-2 aminoácidos, que podem apresentar atividade moduladora em processos metabólicos que ocorrem no organismo humano, como por exemplo, a via de absorção da glicose No entanto, a hidrólise de proteínas pode gerar peptídeos com alta diversidade estrutural, dificultando a seleção das fontes proteicas mais adequadas para obter-se peptídeos candidatos a exercerem atividade biológica in vivo Nesse sentido, a bioinformática pode ser uma ferramenta simples e barata para auxiliar este processo Portanto, o objetivo do presente estudo foi identificar in silico a possibilidade de obtenção de peptídeos bioativos a partir das proteínas de reserva, especificamente as globulinas, das espécies de feijão Phaseolus vulgaris (L), Vigna angularis (Willd), Vigna radiata (L), e Vigna unguiculata (L) Walp, utilizando-se para isso as bases de dados UniProt, BIOPEP e PeptideRanker Foram avaliados o perfil de potencial atividade biológica das globulinas das espécies de feijão mencionadas, e a obtenção de fragmentos bioativos por meio da simulação da hidrólise proteica por dois processos distintos: a digestão gastrointestinal com pepsina, tripsina e quimiotripsina e a hidrólise pela ação da enzima subtilisina A frequência de ocorrência de peptídeos com atividades específicas foi calculada através da seguinte equação: ‘’A’’ = a/At, onde ‘’a’’ corresponde à quantidade de peptídeos com determinada atividade na sequência da proteína e ‘’At’’ é o número total de resíduos de aminoácidos na proteína Para todas as espécies estudadas a maior frequência de ocorrência de peptídeos com potencial atividade biológica encontrada foi para a atividade de inibição da enzima dipeptidil peptidase-IV, seguida pela inibição da enzima conversora de angiotensina-I, e pela atividade antioxidante, sendo que as duas primeiras enzimas são alvos terapêuticos no tratamento de doenças crônicas como a diabetes mellitus tipo 2 (DM2), e a hipertensão arterial respectivamente A digestão gastrointestinal pareceu ser suficiente para liberar fragmentos com potencial atividade biológica das proteínas globulinas das espécies estudadas, indicando que o consumo diário destas leguminosas pode ser considerado uma estratégia para diminuir o risco de desenvolvimento de DM2 e hipertensão No entanto, a hidrólise com a subtilisina pode ser utilizada para potencializar a quantidade de fragmentos potencialmente bioativos obtidos, visto que este processo gerou diferentes fragmentos do que os encontrados quando simulada a digestão com enzimas gastrointestinais, possibilitando o desenvolvimento de produtos funcionais a partir das fontes proteicas estudadas

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Palavras-chave

Peptídeos, Diabetes, Hipertensão, Bioinformática, Peptides, Diabetes, Hypertension, Bioinformatics

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