O narrador e a memória em Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum
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Breganholi, Elaine Cristina de Souza
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Resumo
Resumo: Este estudo aborda a figura do narrador e a representação da memória na obra Órfãos do Eldorado (28), de Milton Hatoum O autor é um romancista que possui um estilo de prosa moderna, mas que se aproxima do estilo clássico de outros romancistas, cujo trabalho, para alguns estudiosos, se configura mediante o olhar de seus personagens repletos de histórias e subjetividades Por meio da memória, por exemplo, cada narrativa do autor se transforma, explorando a riqueza e beleza da região amazônica e revelando uma mistura de culturas entre povos estrangeiros, como árabes e judeus, que proporcionam ao leitor a sensibilização e o contato com grandes obras O objetivo desta pesquisa, portanto, é o de analisar o modo como se configura o narrador e a utilização da memória como recurso narrativo na composição do romance, tomando como ponto de partida a fala de Schøllhammer (211), sugerindo que o narrador, que perpassa sua época com um viés clássico, recorre ao passado para contar sua história, se afirma no presente e confere veracidade à sua memória A análise se ancora em estudos de Benjamin (1987), Santiago (1989), Paul Ricoeur (27), Jacques Le Goff (213), Zygmunt Bauman (25) e Stuart Hall (21) Pretende-se, então, que seja respondida a seguinte pergunta: qual é o conceito de narrador figurado na obra de Hatoum e como, por meio da memória, esse narrador configura sua identidade?
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Palavras-chave
Ficção brasileira, Memória na literatura, Brazilian fiction, History and criticism, Memory in literature