Associação de marcadores de estresse oxidativo e inflamatórios em fumantes e em depressivos

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Vargas, Heber Odebrecht

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Resumo

Resumo: Objetivo: O presente estudo teve como objetivo geral avaliar as características sócio-demográficas, clínicas, biomarcadores de estresse oxidativo e inflamatórios em fumantes, com e sem depressão, e compará-los a indivíduos nunca fumantes depressivos e não depressivos Método: Foram avaliadas as características sócio-demográficas, clínicas, história tabagística e exames laboratoriais de marcadores de estresse oxidativo e inflamatórios em fumantes e nunca fumantes Foram selecionados 15 fumantes ambulatoriais (72 depressivos e 78 não depressivos) recrutados do Centro de Referência de Abordagem e Tratamento do Tabagismo (CRATT), da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e 191 nunca fumantes (68 depressivos e 123 não depressivos) recrutados na mesma instituição A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEL Os participantes foram submetidos a um questionário estruturado para avaliar as características sócio-demográficas, clínicas, risco do uso do álcool e história tabagística O transtorno depressivo e o transtorno por uso do tabaco foi avaliado pela entrevista clínica estruturada, versão clínica (SCID-I), baseada no DSM-IV Os marcadores inflamatórios foram mensurados pelos seguintes exames laboratoriais: proteína C reativa, velocidade de hemosedimentação (VHS), homocisteína e fibrinogênio O estresse oxidativo foi avaliado pelos seguintes exames: determinação de dialdeído malônico (MDA), determinação de hidroperóxidos lipídicos, determinação de metabólitos do Óxido Nítrico (NOx), determinação do potencial antioxidante total plasmático (TRAP) e determinação dos produtos avançados de oxidação proteica (AOPP) Resultados: Os fumantes depressivos apresentaram alterações nas concentrações de NOx, hidroperóxidos lipídicos, AOPP, TRAP, fibrinogênio, maior incapacidade laboral, maior gravidade dos sintomas depressivos e taxas maiores de tentativas de suicídio ao serem comparados aos fumantes não depressivos e, nunca fumantes depressivos e não depressivos Fumantes deprimidos tinham níveis significativos de estresse oxidativo e marcadores inflamatórios após o ajuste para sexo, idade, anos de escolaridade, deficiência de trabalhar, e as medidas de laboratório Indivíduos com histórico de tentativas de suicídio tiveram significativamente níveis mais elevados de NOx e de hidroperóxidos lipídicos e mais baixas concentrações de TRAP, em comparação com indivíduos sem tentativas de suicídio Conclusão: O presente estudo sugeriu que a comorbidade do transtorno depressivo e transtorno por uso de tabaco estava associada com maior gravidade dos sintomas depressivos, maiores taxas de tentativas de suicídio, maior incapacidade laboral e alterações de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo Desse modo, no planejamento terapêutico dos fumantes depressivos deve-se levar em conta estes achados para prevenir morbidade e mortalidade de ambas enfermidades

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Palavras-chave

Tabagismo, Depressão mental, Estresse oxidativo, Inflamação, Suicídio, Oxidative stress, Inflammation, Suicede, Psychiatry, Smoking, Depression, Mental

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