Utilização da imunização passiva com anticorpos anti-Streptococcus agalactiae na proteção de tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus)

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Carandina, Leticia

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Resumo: A piscicultura é uma atividade em amplo crescimento em todo mundo O Brasil destaca-se nesta atividade pelo seu vasto território e condições climáticas favoráveis para o cultivo de peixes A tilápia é uma das principais espécies cultivadas no Brasil, pois apresenta diversas qualidades, o que estimula o desenvolvimento de sistemas intensivo de criação, caracterizado por altas densidades de estocagem e práticas de manejo constantes, causando estresse aos peixes e propiciando o desenvolvimento de doenças As maiores perdas econômicas na criação de tilápias são causadas por doenças de origem bacteriana, entre elas a estreptococose, tendo como principal forma de tratamento, o uso de antimicrobianos Entretanto, o uso indevido destes quimioterápicos pode levar a seleção de bactérias resistentes, além do impacto ambiental pela contaminação de corpos hídricos Métodos profiláticos tornam-se uma importante ferramenta para o controle da estreptococose e surgem como alternativa ao uso dos antimicrobianos Diferentes vacinas inativadas foram desenvolvidas para uso comercial em diversos países, incluindo o Brasil, com a utilização de uma vacina contra Streptococcus agalactiae Além das vacinas, estudos sobre a imunização passiva estão sendo realizados e vem demonstrando eficiência na proteção contra diferentes bactérias O objetivo deste trabalho foi avaliar a transferência passiva de anticorpos anti- S agalactiae em tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) Para isto, 36 tilápias foram distribuídas em quatro aquários, sendo dois para o grupo controle e dois para inoculação intraperitoneal (ip) da DL 5 para produção de anticorpos anti- S agalactiae No 21° e 28° dia foi coletado sangue para obtenção do soro hiperimune utilizado na transferência passiva Em seguida, 3 tilápias foram distribuídas em três aquários e submetidas a três tratamentos (GI: controle; GII: imunizada ip com o soro hiperimune- inativado; GIII: imunizada ip com o soro hiperimune não- inativado) Após 48 horas e sete, 14, 21, 28 e 35 dias foram realizadas coletas de sangue para titulação de anticorpos anti- S agalactiae utilizando o teste de aglutinação direta Para avaliar a sobrevivência outras 3 tilápias foram distribuídas em três aquários e submetidas a três tratamentos (GI: controle; GII: imunizada ip com o soro hiperimune- inativado; GIII: imunizada ip com o soro hiperimune não- inativado) Após 48 horas da inoculação, as tilápias foram desafiadas ip com S agalactiae e monitoradas duas vezes ao dia, por um período de 35 dias, para acompanhar a mortalidade Os resultados deste trabalho mostraram que os títulos séricos de anticorpos foram detectados pela aglutinação direta até o 21° dia póstransfer ência passiva, e neste mesmo período houve uma proteção de 8% entre os grupos imunizados com soro- inativado e soro não- inativado contendo anticorpos anti- S agalactiae, após desafio com S agalactiae Ao final do experimento, o grupos soroinativado e soro não- inativado apresentaram 6 e 8% de proteção, respectivamente, enquanto que no grupo controle a mortalidade foi de 1%

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Palavras-chave

Tilápia (Peixe), Doenças, Estreptococo, Peixe, Imunologia, Tilapia, Streptococcus, Fish, Immunology, Diseases

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