Impacto de manejo e tratos culturais na composição química, contaminação por desoxinivalenol-DON e qualidade tecnológica de trigo no estado do Paraná-Brasil

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Souza, Thiago Montagner

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Resumo

Resumo: O trigo (Triticum aestivum L) destaca-se entre os cereais de maior cultivo mundial, cujo agronegócio globalizado exige alta produtividade aliado a qualidade nutricional, tecnológica e segurança Visando avaliar o impacto de manejo e tratos culturais na qualidade de grão produzido, campos experimentais foram conduzidos com trigo (BRS 22 e BRS Tangará) na região Norte (Município de Londrina) e Centro-Sul (Município de Ponta Grossa) do Estado do Paraná-Brasil, nos anos de 21 e 211 O cultivo foi realizado em sucessão a cultura do milho ou soja em Londrina (21 e 211); soja (21) e milho (211) em Ponta Grossa, sendo que em ambos procedeu-se a inoculação com Azospirillum brasilense e doses de nitrogênio em cobertura (, 3, 6, 9 e 12 kgha-1) Os fatores avaliados no grão consistiram de composição química (atividade de água, proteína, lipídeo, cinza, amido, carboidrato total) e contaminação por desoxinivalenol-DON (Londrina e Ponta Grossa), e análise de qualidade tecnológica em Londrina por método primário e secundário-NIR (peso hectolítrico, índice de dureza e diâmetro do grão, e extração experimental, número de queda, alveografia e cor da farinha) Avaliando efeito de sucessão de cultura (milho ou soja) em Londrina (BRS 22), observou-se diferença na composição do grão, exceto no teor de lipídeo e contaminação por DON (p<,5) A inoculação com A brasilense em Ponta Grossa (BRS Tangará) resultou em aumento no teor de proteína em 21 (16,9 g/1g) e 211 (15,7 g/1g) Analisando o efeito de adubação nitrogenada em Londrina, o incremento na dose de nitrogênio resultou em aumento no teor de proteína em 21 (16, g/1g) e 211 (16,5 g/1g), e redução no teor de carboidrato total em 21 (68,4 g/1g) e 211 (68,2 g/1g) Resultado semelhante foi observado em Ponta Grossa, onde o incremento da dose também resultou em aumento no teor de proteína em 21 (17,7 g/1g) e 211 (16,4 g/1g) Em resposta a dose de nitrogênio, o teor de proteína foi o fator com maior variação, seja em Londrina (12,7 a 16,5 g/1g, incremento de 3,3% em 211) como em Ponta Grossa (14, a 16,4 g/1g, incremento de 17,2% em 211) e esteve diretamente correlacionado com o incremento na adubação (Londrina r=,78; Ponta Grossa r=,75; p<,5) Diferença na composição química do grão em Londrina (teor de proteína) resultou em alterações na qualidade tecnológica do grão, principalmente nas características alveográficas da massa em 211, com aumento na força de glúten (333,1x1-4j), extensibilidade (117,7 mm), índice de intumescimento (24, mm) e índice de elasticidade (58,3%), e redução da tenacidade (9,1 mm) (p<,5) Em relação à contaminação por DON, 95% (21) e 1% (211) das amostras de Londrina, e 62,5% (21 e 211) das amostras de Ponta Grossa, apresentaram nível de contaminação inferior ao limite máximo estabelecido pela legislação brasileira (2 µgkg-1) A análise por NIR apresentou-se adequada na determinação de proteína (r=,96), diâmetro de grão (r=,9) e coordenadas de cor (a*=,91; b*=,85), sendo indicado para triagem rápida na recepção e linha de processamento (p<,5) Em adição ao melhoramento genético, o manejo de nitrogênio no solo seria recomendado como procedimento adicional para obtenção de matérias prima com perfil desejado perante composição química e consequente característica tecnológica de trigo Os resultados demonstraram a importância de estudos sobre manejo adequado visando maximizar a produtividade e qualidade de grão

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Palavras-chave

Alimentos, Microbiologia, Alimentos, Contaminação, Rotação de cultivos, Microbiology, Contamination, Crop rotation, Wheat as food, Nitrogen fertilizers, Food

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