Professor formador e professor em formação : uma teia colaborativa para aprendizagens e desenvolmento

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Zirondi, Maria Ilza

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Resumo

Resumo: As práticas de linguagem que se desenvolvem no/com o trabalho educacional ou textos a respeito do trabalho docente podem contribuir para o aprofundamento das questões teóricas e metodológicas que subjazem às ações tanto dos professores em formação (PF) quanto do formador de professores (FP) Adotamos como base teórico-metodológica abordagens advindas do interacionismo sociodiscursivo em relação ao agir de linguagem e ao trabalho docente (BRONCKART, 1999, 26 e 28; BULEA, 21; BRONCKART E MACHADO, 24; MACHADO, 29; 211), que podem propiciar categorias de análises interpretativas que colaboram para a compreensão dos processos de interação formativa Baseados nesse quadro teórico, advindo de vertentes epistemológicas, principalmente, de caráter sócio-histórico e cultural, apoiamo-nos no pensamento de diversos autores como, por exemplo, Vygotsky (21/22); Leontiev (1998; 24); Bronckart (26; 28) Nossa hipótese é a de que a partir da interação entre FP e PF, a linguagem produzida possa nos conduzir à compreensão dos Cursos de Formação (CF) como propiciadores do desenvolvimento de capacidades docentes Devido aos múltiplos aspectos que envolvem os CFs, objetivamos averiguar o agir de linguagem dos participantes e como, por meio de instrumentos e sob mediação, é possível compreender as relações de ordem formativa para aprendizagens e desenvolvimento Nossos dados são provenientes de um contexto de intervenção formativa para um grupo inicial de 2 professores das séries iniciais do Ensino Fundamental I em formação continuada da Rede Municipal de Ensino de um município próximo à cidade de Londrina/Pr Nosso projeto foi elaborado e proposto tendo por pressupostos o ensino de gêneros na escola, o de construção/elaboração de sequências didáticas (SD) e o desenvolvimento das Capacidades de Linguagem (CL) (SCHNEUWLY; DOLZ, 24) A pesquisa é de natureza qualitativa com características de pesquisa-ação participativa, tendo como base a construção de Modelos Didáticos de Gêneros (MDG), como instrumento utilizado pelo PF para atingir seus objetivos Como resultado desse processo de formação do professor, obtivemos, majoritariamente, a elaboração de Projetos de Letramento (PL) com características pertinentes à SD, fruto do processo democrático e interativo proposto O agir de linguagem detectado nos trechos discursivos, propiciou-nos algumas interpretações relativas aos CF, que apontam para a continuidade da reflexão, tais como: a necessidade de que os planos de ação formativa (CF) sejam articulados aos respectivos contextos de atuação; os CFs partirem das reais necessidades e dificuldades docentes; o tempo de atuação estendido para acompanhar o desempenho dos PFs; proporcionar acompanhamento não só de tutores, mas de formadores de professores para que as ações não caiam no senso comum; propiciar a aproximação entre universidade e escola para que teoria e prática caminhem juntas; articular os CFs com os projetos de formação continuada das SEEDs; evidenciar a preocupação contínua com a escuta do outro, de modo que assessores municipais e formadores de professores se voltem para as contradições entre teorias e práticas, entre trabalho prescrito e trabalho real, constituindo, assim, um processo ininterrupto que une a universidade, os grupos de pesquisa e as escolas da rede

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Palavras-chave

Linguística, Professores, Formação, Educação permanente, Interacionismo sociodiscursivo, Teacher training

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