Análise genotípica e fenotípica de Enterococcus spp. provenientes de amostras clínicas e de alimento

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Rocha, Kátia Real

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Resumo

Resumo: Enterococcus spp são cocos Gram-positivos, freqüentemente encontrados na microbiota do trato gastrointestinal de humanos e outros animais São considerados oportunistas e têm um papel importante nas infecções nosocomiais, abrigando fatores de virulência, resistência a vários antimicrobianos, comumente utilizados em tratramento para Gram-positivos, além se serem capazes de adquirir genes de resistência, o que torna cada vez mais difícil o tratamento destas infecções Desta forma, técnicas de identificação que possibilitem resultados confiáveis e rápidos são importantes para a caracterização de enterococos, possibilitando um diagnóstico correto em hospitais Em contrapartida, os enterococos podem ser encontrados em alimentos, como queijos, provavelmente devido à contaminação fecal durante o processamento ou manuseio do mesmo Os objetivos deste trabalho foram comparar o perfil molecular e fenotípico de fatores de virulência e resistência aos antimicrobianos de isolados provenientes de amostras de queijos e de hospital; correlacionar os dados de identificação e resistência obtidos pelo sistema automatizado MicroScan® com a técnica molecular e o método de disco difusão, respectivamente, nos isolados clínicos; e por fim correlacionar a presença de genes de resistência com dados de antibiograma No presente estudo foram avaliados 133 isolados provenientes de amostras de queijo frescal (13) e clínicos (3) Nas amostras de alimento foram identificados E faecalis (36,9%); E faecium (59,2%) e Enterococcus spp (3,9%) Estas mesmas espécies foram encontradas nos isolados clínicos, nas proporções 23,3% e 76,7% para E faecalis e E faecium respectivamente Para estes isolados, a identificação molecular (PCR) teve uma concordância de 9,% com o método automatizado Pela análise genotípica (RAPD) os isolados clínicos e de alimento apresentaram-se com uma alta diversidade genética Os isolados de E faecalis abrigaram, em frequência de isolados, maior quantidade de genes de virulência enquanto os de E faecium apresentaram maiores freqüências de resistência As concordâncias entre a presença de genes de resistência e sua expressão variaram dependendo do antimicrobiano testado Tanto os isolados de alimento quanto clínicos apresentaram gene e expressão de resistência para vancomicina, com maior freqüência para os isolados clínicos Todos os enterococos foram submetidos ao teste de gelatinase no qual as amostras clínicas apresentaram maior atividade desta enzima Apenas um isolado clínico apresentou-se fortemente formador de biofilme, os demais isolados clínicos e de alimento apresentaram-se como fracamente formadores de biofilme Os resultados do presente estudo sugerem que o método automatizado necessita de melhoramento quanto a acurácia de identificação de espécies menos isoladas A presença de genes de virulência e de resistência em isolados de alimentos implica num fator de risco a saúde, uma vez que estes podem transferí-los para enterococos encontrados no trato gastrointestinal de humanos

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Palavras-chave

Enterococcus, Bactérias gram-positivas, Infecções enterocócicas, Virulência (Microbiologia), Genética microbiana, Gram-positive bacteria, Enterococcicas infections

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