A erosão do solo no Brasil : histórico da pesquisa e custos das perdas de nutrientes
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Telles, Tiago Santos
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Resumo
Resumo: A erosão do solo ainda é um problema grave no Brasil, com impactos ambientais, econômicos e sociais, tornando relevantes as reflexões acerca dessa questão Nesse contexto, a presente tese engloba, além de uma revisão de literatura, três trabalhos sobre a erosão do solo No primeiro, foi realizada uma revisão histórica dos marcos institucionais e das pesquisas em erosão do solo no Brasil, tendo como ponto de partida o início das pesquisas em Ciências Agrárias no século XIX Isso porque, é a partir desse período que se observa a criação de jardins botânicos, instituições executivas, institutos de pesquisa, estações experimentais, instituições de ensino e a criação e diversificação de periódicos Em 1943 se iniciaram estudos experimentais sistêmicos, mas estas informações encontram-se dispersas na história, o que dificulta um olhar mais crítico sobre o tema e o uso efetivo dessas informações Nesse contexto, no segundo, desenvolve-se uma sistematização dos dados publicados em periódicos científicos, sobre perdas de terra e água por erosão hídrica no Brasil, com base na revisão de pesquisas experimentais, realizadas com chuva natural, para desenvolver uma discussão em torno dos sistemas de manejo do solo Os resultados mostram que, em sistemas naturais ou em função de diferentes práticas conservacionistas e sistemas de manejo, como o plantio direto, as perdas por erosão podem ser nulas ou podem chegar a 344,8 t ha-1 de terra e 598,7 mm de água ao ano, em sistemas que não respeitam os limites do solo Além disso, a avaliação das perdas de terra e água nos diferentes sistemas de produção agropecuária tem fundamental importância na escolha e adoção de práticas conservacionistas e de manejo, visando minimizar a degradação dos solos, alinhando-se ao ideal do desenvolvimento sustentável No terceiro, foram estimados os custos da erosão hídrica associados às perdas de água, terra, matéria orgânica, e nutrientes, em quatro taxas de cobertura do solo (%, 11%, 18% e 3%) O estudo foi realizado em um experimento, conduzido entre 1987 e 1996, em um grupo de doze talhões coletores de perdas por erosão, no município de Campinas, estado de São Paulo, em um Latossolo Vermelho distroférrico, sob chuva natural Os resultados mostram que, quanto maior o percentual de cobertura do solo, menores são os custos associados as perdas de água, terra e nutrientes causadas pela erosão hídrica Em comparação ao solo com % de cobertura, aquele com 3 % reduziu as perdas anuais médias de água em 45%, as de terra em 55 % e as de matéria orgânica em 44% Com relação aos custos, estes variaram de R$ 68,22, no solo com % de cobertura, a R$ 29,1, no solo com 3%, referentes às perdas de, respectivamente, 12,1 e 5,74 kg de superfostato triplo, 8,3 e 3,4 kg de cloreto de potássio e 495,16 e 179,71 kg de calcário dolomítico, por ha-1 ano-1 Os resultados demonstram a importância da cobertura do solo no controle da erosão e na redução de custos associados ao processo produtivo
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Palavras-chave
Solos, Erosão, Brasil, Solos, Conservação, Brazil, Soil conservation - - Brazil, Soil management - - Brazil, Soil erosion