O ensino de filosofia na educação escolar : a questão da linguagem a partir de wittgenstein e Lipman

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Lopes, Robson Carlos

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Resumo

Resumo: Trata-se de uma pesquisa acerca do papel da filosofia na educação humana, reflexão que se move em torno de três eixos fundamentais, a saber, o ensino de filosofia, a linguagem e a educação Tal abordagem foi empreendida a partir da perspectiva de dois autores: de um lado, Wittgenstein, notoriamente identificado como uma das principais figuras da filosofia no século XX, sobretudo, porque a partir das Investigações Filosóficas foi responsável pela “segunda virada pragmática” na filosofia analítica do séc XX De outro lado, Lipman, filósofo e educador americano que desenvolveu um Programa de Filosofia para Crianças com a proposta de ensinar crianças a aprenderem a pensar melhor, a formar crianças mais reflexivas, autônomas no pensar, abertas ao diálogo Por meio do que ele chamou de “Novelas Filosóficas”, sua proposta era apresentar às crianças da educação infantil até o ensino médio, conceitos de filosofia numa linguagem acessível, transformando a sala de aula em uma “Comunidade de Investigação” Nossa reflexão inicia-se a partir de um diagnóstico de que a educação está em crise Apoiado nesta ideia constata-se que apesar de todo conhecimento produzido ao longo do tempo, a despeito de todo poder investido na razão, na ciência, a educação parece ter fracassado em sua tarefa de “formar” homens críticos e reflexivos, conscientes e responsáveis frente a si mesmos e frente à sociedade Admite-se também que a partir do “paradigma moderno” houve uma fragmentação do saber humano, o que fez com que o homem perdesse a perspectiva do todo, uma das características próprias do pensamento filosófico Hoje o homem tende a pensar e conhece por partes, próprio do pensamento científico Nessa perspectiva, enfatiza-se a real necessidade de uma nova proposta educacional que forme o homem integralmente, forme um homem que pense melhor Sendo assim, lança-se como hipótese de trabalho, a premissa de que a filosofia inserida como disciplina (atividade) desde os primeiros anos de ensino da criança pode contribuir para uma melhor educação (formação humana) Contudo, emerge dessa afirmação um problema: a linguagem no ensino de filosofia, a linguagem como problema filosófico É possível ensinar filosofia para crianças? Ou melhor, a filosofia pode ser ensinada? Se for, como ensinar filosofia para crianças? A partir dessas considerações, pretende-se discutir sobre o “ensino de filosofia para crianças” a partir das concepções filosóficas de Wittgenstein e Lipman Num terceiro momento, pretende-se compreender o conceito de linguagem, assim como alguns conceitos fundamentais da obra desses dois autores e sua relação com o ensino de filosofia Em seguida, num quarto momento, pretende-se buscar pontos de aproximação entre Wittgenstein e Lipman, evidenciando possíveis influências wittgensteinianas no método de Lipman acerca do ensino de filosofia E, por fim, nas considerações finais, são evidenciadas, a partir da concepção de significado como uso, de Wittgenstein, as várias possibilidades de uso da linguagem também no contexto educativo Do mesmo modo, é enfatizada a grande contribuição de Lipman ao processo educativo, especialmente no que tange à Comunidade de Investigação como um modelo de sala de aula diferente da do modelo tradicional, onde prevalece o diálogo, um “diálogo investigativo”

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Palavras-chave

Educação, Filosofia, Filosofia, Estudo e ensino, Crianças, Philosophy, Education and teaching, Language, Philosophy, Children, Education

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