Associação do polimorfismo c. -592 C>A (rs1800872) da interleucina-10 com o câncer cervical
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Pereira, Ana Paula Lombardi
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Resumo
Resumo: O câncer cervical (CC) é a quarta neoplasia mais incidente mundialmente em mulheres Sua estimativa e mortalidade variam de acordo com a região avaliada sendo que no Brasil o CC ocupa o terceiro lugar Sua progressão é considerada lenta, pois resulta de lesões no epitélio escamoso do colo uterino a partir da infecção pelo Papilomavírus humano Essas lesões são classificadas como lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (LIEBG) ou de alto grau (LIEAG) Quando não corretamente diagnosticas e tratadas podem evoluir para carcinoma ou adenocarcinoma, de acordo com sua origem epitelial Neste contexto, a resposta imunológica no microambiente cervical é essencial para determinar o desenvolvimento tumoral ou resolução das lesões A resposta imunológica antitumoral envolve a ativação de linfócitos que expressam citocinas de perfil Th1 para eliminação de células transformadas, quando há o predominio de expressão de citocinas de perfil Th2 a evasão tumoral é favorecida pelo seu efeito imunossupressor A interleucina-1 (IL-1) é uma citocina imunoregulatória com papel ambíguo pela função anti-inflamatória e imunossupressora O polimorfismo da IL-1 c-592C>A está associado ao aumento de concentração sérica e no muco cervical da IL-1 Desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre este polimorfismo e o diagnostico de CC, assim como sua possível associação com características sócio demográficas, comportamento sexual e reprodutivo Amostras de sangue periférico e biopsia de tumor cervical foram coletados e o DNA genômico foi extraído para amplificação de um fragmento de 154 pares de base da IL-1 pela técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), o qual foi submetido posteriormente à técnica de restrição enzimática RFLP (Polimorfismo de Restrição do Comprimento de Fragmento) para análise do polimorfismo O questionário sócio demográfico, de comportamento sexual e características reprodutivas foi aplicado a todas as pacientes Mulheres negativas para lesões cervicais foram determinadas como grupo controle (n=146) e mulheres com diagnóstico de CC como grupo caso (n=85) Foi observado que pacientes com 55 anos ou mais de idade (p=,1), de escolaridade até o ensino fundamental (p=,1), habito tabagista (p=,1) e uso de anticoncepcional (p=,7) estiveram associados com o CC pela análise de ?-quadrado e regressão logística binária O presente estudo demonstrou a associação independente do polimorfismo c-592C>A da IL-1 com o CC Na análise do polimorfismo, o modelo codominante (C/A, p=,28; A/A, p=,182), dominante (C/A + A/A; p=,2) e alelo (A, p=,3) mostraram estar independentemente associados ao CC Portadoras do alelo variante A no genótipo C/A mostraram maior associação no modelo codominante (ORadj= 2,15; IC95%= 1,2 – 4,56) e no modelo dominante (ORadj= 2,71; IC95%= 1,5 – 4,47) em relação ao diagnóstico de CC Portanto, podemos concluir que a avaliação de um perfil de risco e susceptibilidade incluindo os dados acima mencionados e o genótipo para o polimorfismo c-592C>A da IL-1 poderiam ser utilizadas como marcadores de suscetibilidade para o CC
Descrição
Palavras-chave
Colo uterino, Câncer, Interleucina-10, Polimorfismo (Genética), Cancer, Interleukin-10, Genetic polymorphisms, Ceruix uteri