Desempenho horticultural, compostos antioxidantes e ceras em pós-colheita de laranjas-doces de maturação tardia no noroeste do Paraná

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Carvalho, Deived Uilian de

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Resumo: Atualmente, a região noroeste do Paraná é reconhecida como o maior polo citrícola do Estado, possuindo extenso cultivo de laranjas-doces (Citrus ×sinensis) para o processamento de sucos No entanto, verifica-se a predominância de poucos genótipos de laranjas-doces nos pomares da região, tornando-os vulneráveis às adversidades bióticas e abióticas Dessa maneira, neste estudo avaliou-se o desempenho horticultural, incluindo desenvolvimento vegetativo, produção e qualidade físico-química dos frutos, incidência de cancro cítrico e de huanglongbing (HLB), índice de desempenho para o mercado de fruta fresca e indústria processadora de suco, assim como a estimativa de espaçamento entre plantas e linhas, produtividade projetada e índice tecnológico de 19 seleções de laranjas-doces de maturação tardia enxertadas sobre limão Cravo (Citrus ×limonia) no noroeste do Paraná de 212 à 221 (Artigo A) Também foi avaliada a caracterização físico-química de frutos e tecidos (flavedo, albedo, membrana da parede, vesículas de suco e eixo central) e uso de ceras em pós-colheita para as laranjas-doces Valencia Late e Natal IAC (Artigo B) Para o Artigo A, o delineamento experimental adotado foi blocos ao acaso, com 19 tratamentos (laranjas-doces) e três blocos de 5 plantas por parcela Para o Artigo B, os frutos de laranjas-doces foram caracterizados em 219 e tratados ou não com cera de carnaúba/colofônia sob armazenamento refrigerado por , 15, 3, 45 e 6 dias em 22 O índice de cor, perda de peso, parâmetros físico-químicos e sensorial dos frutos foram monitorados na colheita e após cada período de armazenamento O delineamento estatístico tanto para a caracterização dos frutos e tecidos, quanto para o ensaio pós-colheita foi inteiramente casualizado e complementado em esquema fatorial para o ensaio pós-colheita (2 cultivares × 5 períodos de armazenamento) Os resultados do Artigo A indicam que as seleções de Valência foram mais vigorosas, destacando-se a Olinda, Frost e #121que registraram altura de planta e volume de copa superior à 4,2 m e 43 m3, respectivamente Plantas de Natal África do Sul e Whit’s Late Valencia foram as mais produtivas, com produção acumulada superior a 65 kg por planta Com exceção da Olinda Valencia, todas as seleções produziram frutos de excelente qualidade físico-química, apresentando similaridades para o mercado de frutas frescas, enquanto a Natal África do Sul e Charmute de Brotas foram mais adequadas para a indústria de processamento de suco Frost Valencia e Valencia Late Fla tiveram a maior incidência de frutos com cancro cítrico (> 2%) Plantas de Valencia Mutação apresentaram a maior incidência acumulada de HLB após nove anos de cultivo (93%), enquanto as de Natal IAC e Folha Murcha IAC tiveram a menor incidência da doença (13%) Com base nos resultados do Artigo B, os diferentes tecidos dos frutos de Valencia Late e Natal IAC apresentaram alta capacidade antioxidante, que podem ser utilizados como fonte antioxidante de baixo custo, com destaque ao flavedo e albedo O tratamento com cera de carnaúba/colofônia integrado ao armazenamento refrigerado foi eficiente para diminuir a perda de peso e preservar o avanço da cor, qualidade físico-química e sensorial dos frutos por até 6 dias

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Palavras-chave

Citrus ×sinensis (L.) Osbeck, Paraná, Laranja doce, Maturação tardia, Paraná, Late-season maturing, Citrus postharvest, Carnauba wax/rosin resin

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