Hospedabilidade de Tagetes minuta a fitonematoides e utilização como alternativa de controle
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Stroze, Camila Torres
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Resumo
Resumo: Objetivou-se estudar o parasitismo de Heterodera glycines, Meloidogyne incognita e Pratylenchus brachyurus em Tagetes minuta bem como buscar o método ideal de obtenção de mudas em condição de casa de vegetação, conhecer a interação histológica planta-nematoide, além de avaliar o efeito dos extratos aquosos de caule e de folha de T minuta na eclosão e mobilidade de juvenis de segundo estádio (J2) de H glycines e M incognita in vitro e in vivo a fim de avaliar o potencial nematicida dos extratos em duas formas de aplicação, com o objetivo de reduzir a reprodução de H glycines e M incognita na cultura da soja sob condições controladas Para tanto no 1º artigo, estudou-se três formas de obtenção das mudas de T minuta, sendo a partir de estacas lenhosas, estacas herbáceas e sementes Após, realizou-se o estudo do parasitismo das espécies de nematoides em plantas de T minuta E aos cinco, 1 e 15 dias após a inoculação (DAI) foi avaliada a penetração de J2 nas raízes, e aos 3, 6 e 8 DAI avaliou-se a multiplicação dos nematoides nas raízes Paralelamente, avaliou-se a interação planta-patógeno, com a observação do desenvolvimento dos nematoides no interior das raízes, por meio de cortes histopatológicos Concluiu-se que a melhor forma de obtenção de mudas de T minuta é a partir de estacas lenhosas Quanto à penetração de J2, observou-se que todas espécies infectaram as raízes, porem M incognita e H glycines não estabeleceram o sítio de alimentação Nas raízes não se observou alteração na morfologia das células de T minuta, mas para P brachyurus foi possível verificar consumo de células do parênquima, com lesões necróticas nas raízes Para o 2º artigo foram testadas cinco concentrações (12,5; 25; 5; 75 e 1 mg mL-1) dos extratos aquosos de caule e de folhas de T minuta, para os ensaios de eclosão e mobilidade de H glycines e M incognita As avaliações de eclosão de J2 foram feitas aos quatro, oito e 12 dias após a incubação e para mobilidade de J2 foram avaliados depois de 24 e 48 h após a separação dos extratos A confirmação do efeito dos extratos foi realizada a partir da inoculação dos J2 eclodidos, dos respectivos ensaios, em plantas de tomate e soja, que foram mantidas em casa de vegetação e avaliadas aos 3 (H glycines) e 6 (M incognita) dias após a inoculação Concluiu-se para H glycines a concentração 1 mg mL-1 do extrato de folha, apresentou os melhores resultados quanto a redução da eclosão e mobilidade de J2 com 67 e 62%, respectivamente Já a concentração 12,5 mg mL-1 do extrato de caule e de folha foi a mais eficiente para a inibição da eclosão de J2 de M incognita em até 91%, comprometendo a reprodução dos nematoides em tomateiro em mais de 9% com o extrato de folha E o 3º artigo, testou-se as mesmas concentrações dos extratos aquosos de caule e de folha, porém aplicadas em duas formas, diretamente no solo e via foliar com duas épocas (aos 15 e 3 dias após a inoculação), em plantas de soja cv M641 IPRO As plantas foram mantidas em casa de vegetação até a plena floração, e ao final avaliou-se o número de ovos e J2 de H glycines e M incognita nas raízes Os resultados mostraram que os extratos de caule e de folhas de T minuta reduzem as populações de nematoides E quando aplicados via foliar foram eficientes em controlar o desenvolvimento de H glycines, sendo a melhor concentração de 75 mg mL-1 (extrato de caule) e 25 mg mL-1 (extrato de folha) Para o controle de M incognita a aplicação via sulco de plantio foi a melhor forma de aplicação, na concentração 12,5 mg mL-1 para ambos os extratos (caule e folhas)
Descrição
Palavras-chave
Nematoda em plantas, Parasitismo, Tagetes, Relação hospedeiro-parasito, Parasitism, Plant nematodes, Host-parasite relationships