Genótipos de café arábica com resistência ao nematoide Meloidogyne paranaensis

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Shigueoka, Luciana Harumi

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Resumo

Resumo: Os nematoides do gênero Meloidogyne representam um fator limitante à cafeicultura brasileira por causarem consideráveis perdas As espécies mais prejudiciais são M exigua, pela ampla distribuição geográfica e M paranaensis e M incognita, pela intensidade dos danos que causam Na maioria dos casos, o controle de nematoides é ineficiente, principalmente se a área já estiver infestada A viabilização da cafeicultura nessas áreas é possível com a utilização de cultivares resistentes, pois representa uma estratégia de controle mais eficiente, economicamente viável e ambientalmente correta Os objetivos do trabalho foram avaliar a reação de genótipos de café arábica ao nematoide M paranaensis e selecionar progênies resistentes Foram instalados dois experimentos em telado no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) em Londrina-PR No experimento 1 foram avaliadas 2 progênies F3 de Coffea arabica derivadas do cruzamento entre [“Catuaí” x (“Catuaí” x “cafeeiro da série BA-1”)] x ‘IPR 1’ e três progênies derivadas do cruzamento de ‘IPR 1’ x “Sarchimor” Como padrões de suscetibilidade e resistência foram utilizados, respectivamente, C arabica cv Catuaí Vermelho IAC 81 e Coffea canephora cv Apoatã IAC 2258 O experimento foi instalado em blocos casualizados com 25 tratamentos, 12 repetições e uma planta por parcela As avaliações foram efetuadas 9 dias após a inoculação No experimento 2 foram avaliadas quatro progênies F5 de C arabica derivadas do cruzamento entre “Icatu” e “Catuaí” e três progênies F3 derivadas do cruzamento ‘IAPAR 59’ x (“Icatu” x “Catuaí”) Como padrões de suscetibilidade e resistência foram utilizados, respectivamente, C arabica cv Catuaí Vermelho IAC 81 e C arabica cv IPR 1 O experimento foi instalado em blocos casualizados com nove tratamentos, 14 repetições e uma planta por parcela As avaliações foram efetuadas 12 dias após a inoculação Em ambos os experimentos foram avaliados o número de ovos e juvenis de segundo estádio por grama de raízes (NOJg-1) e o fator de reprodução A redução do fator de reprodução (RFR) e o índice de susceptibilidade hospedeira (ISH) foram utilizados para classificar os níveis de resistência dos cafeeiros Os dados foram submetidos à análise de variância, foi realizado o teste de agrupamento de médias de Scott-Knott a 5% de probabilidade No experimento 1, cinco progênies apresentaram número de ovos e juvenis de segundo estádio (NOJg-1) não diferiram estatisticamente do padrão resistente ‘Apoatã IAC 2258’ As 12 progênies classificadas como R pelo ISH foram classificadas como AR pelo RFR, sendo que sete progênies apresentaram 1% de plantas classificadas como AR e R, e cinco apresentaram 1% de plantas AR, R e MR Portanto, nessas 12 progênies a resistência pode está em condição homozigótica No experimento 2, quatro progênies F5 do “Icatu” x “Catuaí” foram AR pelo RFR e ISH, além disso, apresentaram 1% das plantas classificadas como AR ou R e, provavelmente, a resistência a M paranaensis está em condição homozigótica As progênies que apresentaram resistência serão avançadas para a próxima geração de autofecundação e possuem grande potencial para se tornarem novas cultivares de café arábica resistentes a M paranaensis

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Palavras-chave

Café, Melhoramento genético, Café, Aspectos genéticos, Meloidogyne, Coffee, Genetic aspects, Plant nematodes, Coffee, Breeding, Disease and pest resistance

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