Estudos visando à imobilização covalente de proteína em filme de celulose bacteriana
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Santos, Simone Birkheur dos
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Resumo
Resumo: A celulose pode ser produzida por bactérias na forma de filme, com alta pureza e resistência mecânica Estes filmes de celulose bacteriana têm aplicação biomédica, sendo utilizados como substituto de pele, curativo de ferimentos e queimaduras, produção de vasos sanguíneos, válvulas cardíacas e cartilagens Com vistas a adicionar propriedades biológicas a filmes de celulose bacteriana e, com isto, ampliar seu potencial na área biomédica, pretendemos, neste trabalho, a aplicação de uma metodologia promissora para imobilizar covalentemente proteínas sobre sua superfície Esta metodologia envolve a reação fotoquímica entre grupo sulfidrila proteico e a funcionalidade tetrazol Neste contexto, um derivado carboxílico, contendo o grupo tetrazol, foi sintetizado em duas etapas a partir de reagentes comerciais (39% de rendimento global) Grupos hidroxila superficiais dos filmes de celulose bacteriana foram esterificados pela reação com o derivado carboxílico, sob radiação ultrassônica, em presença de carbodiimida A funcionalização da superfície dos filmes de celulose bacteriana foi caracterizada por espectroscopias UV-vis e FTIR Sequencialmente, empregando-se espectroscopia UV-vis, determinou-se a concentração molar do derivado carboxílico em solução alcalina obtida pela hidrólise dos grupos ésteres de filmes funcionalizados, a fim de quantificar a extensão da funcionalização O percentual molar determinado foi de ,64 a ,98% (em relação às unidades de D-glicose) A identificação da fonte de radiação UV adequada para promover o acoplamento fotoquímico tetrazol-tiol foi realizada a partir do estudo de reações entre derivados difeniltetrazóis e tióis de baixo peso molecular (L-cisteína e 2-mercaptoetanol) De acordo com os resultados deste estudo, utilizou-se um led de 39 nm na tentativa de imobilização de proteína sobre o filme de celulose funcionalizado, via acoplamento fotoquímico tetrazol-tiol A reação foi conduzida com a albumina do soro bovino, que apresenta um grupo sulfidrila livre, em tampão PBS, à temperatura ambiente Entretanto, a avaliação deste processo pela espectroscopia dos filmes resultantes (UV-vis e FTIR), não forneceu evidências de que a imobilização proteica tenha ocorrido As condições reacionais permitiram, no entanto, a degradação do grupo difeniltetrazol
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Palavras-chave
Biopolímeros, Celulose bacteriana, Fotoquímica, Proteínas de bactérias, Biopolymers, Photochemistry, Bacterial proteins