Gênero e fatores associados aos comportamentos de saúde : estudo com amostras das capitais dos estados brasileiros e do Distrito Federal
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Evedove, André Ulian Dall
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Resumo: OBJETIVO: Analisar gênero e os fatores associados à adoção dos comportamentos de saúde em adultos brasileiros (=18 anos) das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal, mediante a dois objetivos específicos: 1Verificar a desigualdade na prática de atividade física no tempo livre entre homens e mulheres (=18 anos) das capitais brasileiras de 21 a 219; 2Comparar a prevalência de comportamentos de risco (CR) à saúde em homens idosos (=6 anos) viúvos com as de idosos com companheira, solteiros e divorciados/separados, bem como a prevalência de CR em idosos viúvos conforme faixa etária, escolaridade e raça/cor MÉTODOS: Tese estruturada conforme modelo escandinavo onde para cada objetivo específico construiu-se um artigo com métodos, resultados e conclusões próprias Os dados utilizados foram da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) O primeiro, com dados de uma década (21 a 219), teve como tema a desigualdade da prática de atividade física no tempo livre entre homens e mulheres (n=512968) Em ambos os estudos foi calculada a Razão de Prevalência (RP) a partir da regressão de Poisson Para o artigo um, foram ainda calculadas a medida de desigualdade absoluta em pontos percentuais e a regressão de Prais-Winsten para verificar a tendência ao longo do período estudado Com dados de 216 e 217, o segundo teve como tema a viuvez em homens idosos (n=11185) e comportamentos de risco à saúde: inatividade física no tempo livre; consumo irregular de frutas, verduras e legumes; tabagismo e consumo abusivo de álcool RESULTADOS: Artigo 1) A desigualdade relativa da prática da atividade física no tempo livre foi maior nos mais jovens (18 a 24 anos; RP média=2,9) e menor nos sujeitos de 45 a 64 anos (RP média=1,14) Na escolaridade, foi maior no grupo intermediário (9 a 11 anos; RP média=1,67) e menor no mais baixo ( a 8 anos; RP média=1,41) Houve diminuição das desigualdades relativas no geral (-,72 pontos percentuais (pp/ano), nos grupos etários de 18 a 24 anos (-,74 pp/ano), 25 a 34 anos (-,73 pp/ano), 35 a 44 anos (-,82 pp/ano) e no grupo de escolaridade intermediária (-,86 pp/ano) Apesar dessa redução, tanto a desigualdade absoluta como a relativa se mantiveram maiores nesses grupos Artigo 2) Comparando com idosos viúvos o tabagismo foi menor nos com companheira (RP=,68; IC95%:,52-,9) Quando considerados somente os viúvos, na comparação com os de 6 a 69 anos, observou-se menor inatividade física no tempo livre nos de 7 a 79 anos (RP=,86; IC95%:,74-,98), menor consumo irregular de frutas, verduras e legumes (RP=,78; IC95%:,66-,93), tabagismo (RP=,32; IC95%:,15-,65) e consumo abusivo de álcool (RP=,35; IC95%:,15-,83) nos mais velhos (=8 anos) Na comparação com viúvos de maior escolaridade (=12 anos), os dos grupos intermediário e mais baixo foram mais inativos no tempo livre (RP=1,16; IC95%:1,-1,35 e RP=1,15; IC95%:1,-1,31, respectivamente) e tiveram maior consumo irregular de frutas, verduras e legumes (RP=1,31; IC95%:1,4-1,65 e RP=1,6; IC95%:1,31-1,94, respectivamente) CONSIDERAÇÕES FINAIS: No primeiro artigo, apesar da redução significativa da desigualdade nos sujeitos de 18 a 44 anos e nos de escolaridade intermediária, as diferenças permaneceram maiores nesses grupos No segundo artigo observou-se relação moderada da viuvez na comparação com outras situações conjugais Considerando somente idosos viúvos, os mais velhos e de maior escolaridade tiveram menores CR Sugere-se que ações e políticas de promoção de comportamentos saudáveis devem ser planejadas considerando a relação da desigualdade de gênero com outros fatores, como a situação conjugal, faixa etária e escolaridade
Descrição
Palavras-chave
Epidemiologia, Saúde coletiva, Gênero, Comportamento de saúde, Indicadores de saúde, Epidemiology, Collective health, Gender - Health behavior, Health indicators