CCS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
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Navegando CCS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE por Assunto "Accidents, Traffic"
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Item Características das vítimas de acidentes de transporte terreste, lesões e benefícios concedidos entre segurados do Instituto Nacional do Seguro Social de Cambé (PR) em 2011Sant'Anna, Flávio Henrique Muzzi; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Soares, Dorotéia Fátima Pelissari de Paula; Durán González, AlbertoResumo: Acidentes de transporte terrestre são notórios causadores de morbimortalidade na atualidade A análise desses agravos entre os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é pertinente para se compreender a natureza desse fenômeno e lhe vislumbrar soluções, a partir de estrato economicamente ativo da realidade brasileira Objetivo: Analisar as características das vítimas de acidentes de transporte terrestre, lesões e benefícios concedidos entre segurados do INSS de Cambé (PR) em 211 Metodologia: Trata-se de estudo descritivo e transversal A população foi composta por segurados do INSS vítimas de acidentes de transporte terrestre, que tiveram benefício concedido em perícia médica inicial na Agência da Previdência Social de Cambé em 211 Utilizaram-se os sistemas SUIBE, PLENUS e SABI como fontes de dados, os quais foram transcritos em formulário específico e digitados duplamente no programa Epi Info® Os dois primeiros sistemas forneceram informações necessárias para exclusão de homônimos e para levantamento dos valores dos benefícios Por meio do SABI foi possível acesso aos laudos médicos das perícias consideradas na casuística Resultados: Das 241 vítimas analisadas, 81,7% eram do sexo masculino, 71,1% tinham entre 18 e 39 anos, e 76,3% residiam em Cambé Quanto às características relacionadas às profissões das vítimas, 75,9% eram empregados, sendo que mais da metade (55,2%) eram trabalhadores da indústria e do comércio Dos acidentes de transporte, 96,7% foram acidentes de trânsito, tendo como dias mais frequentes de ocorrência o sábado (23,7%) seguido do domingo (17,8%) Das vítimas, 79,3% eram condutores, prevalecendo em ambos os sexos, sendo maior no masculino (85,6%) do que no feminino (58,1%) Os ocupantes de motocicletas prevaleceram (72,2%), tendo como tipos de acidentes mais comuns as colisões de carros com motos (29,9%) e as quedas de motos (25,7%) Das lesões, 8,5% foram fraturas, sendo os membros os segmentos mais afetados (89,6%), seguidos da cabeça (5,4%) Dos acidentes, 19,9% foram de trabalho, sendo que desses, 7,8% foram de trajeto Em relação ao tempo de incapacidade, prevaleceu de 91 a 12 dias (33,2%) Dos valores mensais em benefícios, 87,6% estiveram entre R$ 545, e R$ 117,52, tendo o gasto total chegado a R$ 81853,27 Conclusão: O perfil dessa população em muito se assemelha com a população em geral envolvida em acidentes de transporte terrestre, sobretudo de trânsito Entretanto, como se trata de população específica, e a qual reflete estrato economicamente ativo da população, medidas preventivas e intervenções específicas podem ser direcionadas a partir desses achados Propõe-se a Cartilha Paz no Trânsito como forma de intervenção na realidade pela mudança de comportamento e das relações humanas no trânsitoItem Características do trabalho, consumo de substâncias psicoativas e acidentes de trânsito entre motoristas de caminhãoGirotto, Edmarlon; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Moreno, Claudia Roberta de Castro; Yonamine, Mauricio; Nunes, Elisabete de Fátima Polo de Almeida; Durán González, Alberto; Mesas, Arthur Eumann [Coorientador]Resumo: Os motoristas de caminhão estão frequentemente expostos a inúmeras situações deletérias à sua saúde, como condições inadequadas de trabalho e comportamentos de risco no trânsito, além do consumo de substâncias psicoativas, que podem contribuir para o envolvimento em acidentes de trânsito Assim, este estudo tem como objetivo identificar as características do trabalho associadas ao consumo de substâncias psicoativas e acidentes de trânsito entre motoristas de caminhão Esta investigação, de delineamento transversal, foi conduzida com caminhoneiros que transportavam grãos para o Porto de Paranaguá, Paraná, Brasil Os motoristas foram abordados no Pátio de Triagem do Porto e convidados a participar da pesquisa para a obtenção de informações socioeconômicas e demográficas, situação de saúde, características do sono, estilo de vida, condições e práticas profissionais, envolvimento em acidentes de trânsito e consumo de substâncias psicoativas A amostra foi de conveniência e a coleta de dados ocorreu em julho de 212 por meio de entrevista e aplicação de questionário O consumo de substâncias psicoativas nos 3 dias que antecederam a coleta de dados foi avaliado por questionário autorrespondido O envolvimento em acidentes foi relatado pelo motorista durante entrevista A tabulação dos dados foi realizada nos programas Epi Info e SPSS Os 67 motoristas de caminhão que participaram do estudo eram todos do sexo masculino, com idade média de 41,9 anos e renda média de R$ 2932, O consumo de substâncias psicoativas nos últimos 3 dias foi citado por 1,9% dos caminhoneiros, a grande maioria anfetaminas (9,9%) Nos últimos 12 meses 7,3% relataram ter se envolvido em acidentes de trânsito Em análise ajustada, mostraram-se associadas ao consumo de substâncias psicoativas nos últimos 3 dias: direção predominantemente no período noturno (Odds Ratio [OR]: 3,35; Intervalo de Confiança [IC] 95%: 1,51-7,42), idade igual ou menor a 39 anos (OR: 2,3; IC 95%: 1,31-4,5); situação conjugal como solteiro, divorciado ou viúvo (OR: 2,8; OR 95%: 1,14-3,82), direção do caminhão estando bastante cansado (OR: 2,5; IC 95%: 1,19-3,5), e renda igual ou superior a R$ 25, (OR=1,84; IC 95%=1,6-3,32) O envolvimento em acidentes nos últimos 12 meses revelou-se associado à experiência de menos de sete anos como motorista de caminhão (OR: 2,97; OR 95%: 1,14-7,75), à direção predominantemente no período noturno (OR: 2,6; IC 95%: 1,2-6,63), e à prática de ultrapassar em locais proibidos (OR: 2,33; IC 95%: 1,4-5,21) Os resultados indicam associação entre algumas características de trabalho e o consumo de substâncias psicoativas e o envolvimento em acidentes de trânsito, destacando-se a prática de direção no período noturno O uso de substâncias psicoativas também se mostrou associado a algumas características pessoais dos motoristas investigados Espera-se que esta pesquisa possa subsidiar políticas públicas e incentivar empregadores e caminhoneiros a adotar ações que contribuam para melhorar as condições de trabalho desses motoristas e que reduzam o risco de acidentes no trânsitoItem Características e consequências de acidentes de trânsito para motociclistas após um ano do acidente, Londrina (PR)Silva, Daniela Wosiack da; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Mesas, Arthur Eumann; Costa, Viviane de Souza Pinho; Trelha, Celita Salmaso; Soares, Dorotéia Fátima Pelissari de PaulaResumo: Este estudo teve o objetivo de analisar consequências de acidentes de trânsito para motociclistas e fatores associados à alteração no desempenho das atividades laborais após um ano do acidente Trata-se de um estudo longitudinal, no qual foram identificados todos os motociclistas atendidos pelos serviços de atenção pré-hospitalar do município de Londrina, PR, e encaminhados a dois hospitais terciários do município no período de 1o de abril de 21 a 31 de março de 211, com realização de entrevista um ano após o acidente A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) foi utilizada para avaliar a funcionalidade dos motociclistas após 12 meses do acidente Foram realizadas análises descritivas e de associação, por regressão logística binária hierarquizada, entre o relato, pelos motociclistas, de alteração no desempenho das atividades laborais em decorrência do acidente (variável dependente) e as seguintes variáveis independentes: características sociodemográficas, do acidente, assistenciais e outras consequências do acidente As análises estatísticas foram realizadas usando o programa SPSS 19 Foram entrevistados 242 motociclistas após um ano da ocorrência do acidente Houve predomínio de motociclistas do sexo masculino (74,4%) e com idade inferior a 35 anos (66,1%) O tempo de internação variou de a 32 dias e 44,3% receberam alta após a internação A maior parte dos acidentes (56,6%) envolveu trajetos relacionados ao trabalho Quase 8% dos motociclistas estudados referiram ter medo de envolvimento em novo acidente Dos condutores, 26,4% deixaram de dirigir moto, especialmente por medo de se envolver em novo acidente (62,5%) e por sequelas físicas (25%) A maioria (91,3%) dos 219 motociclistas com ocupação profissional no momento do acidente relatou necessidade de afastamento do trabalho, 35,6% referiram alterações no desempenho de suas atividades laborais e 12,8% necessidade de mudança de ocupação devido ao acidente Dores constantes residuais foram relatadas pela maioria dos motociclistas entrevistados (58,3%), sendo mais acometidos os membros inferiores e superiores, segmentos que também apresentaram maior frequência de deficiências, principalmente de força muscular e de mobilidade das articulações com percentuais superiores a 3% Os 242 motociclistas apresentaram dificuldades principalmente em atividades relacionadas à “Mobilidade”, destacando-se, com prevalências próximas a 2%, as atividades “Levantar e carregar objetos” e “Andar” Em mais de 1% dos casos, os motociclistas referiram dificuldades para “Dirigir” e nas atividades relacionadas à “Recreação e lazer” Na análise de regressão logística hierarquizada, foram fatores de risco para o relato de alteração na forma de trabalhar dos motociclistas: baixa escolaridade (Odds ratio [OR]=3,42), realização de tratamento de fisioterapia (OR=3,99) e ocorrência de lesão em região de membros superiores (OR=2,45) Ser do sexo masculino foi fator de proteção para o desfecho analisado (OR=,46) A investigação das consequências dos acidentes de trânsito para os participantes do presente estudo revelou um quadro bastante preocupante de comprometimento da saúde física e emocional de muitos motociclistas, além de limitações funcionais no desempenho das atividades pessoais e profissionaisItem Motociclistas atendidos por serviços de atenção pré-hospitalar em Londrina (PR) : características dos acidentes e das vítimas em 1998 e 2010Gabani, Flávia Lopes; Andrade, Selma Maffei de [Orientador]; Martins, Christine Baccarat de Godoy; Mesas, Arthur EumannResumo: Os acidentes com motociclistas crescem concomitantemente ao aumento da frota no Brasil, tornando suas vítimas representativas na morbimortalidade por acidentes de trânsito Desde 1998, com a implantação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), iniciativas foram tomadas na tentativa de modificar essa realidade, sendo oportunos estudos que verifiquem mudanças nos perfis dos acidentes e das vítimas Dessa forma, o presente estudo teve por objetivo comparar características dos acidentes e dos ocupantes de motocicletas atendidos por todos os serviços de atenção pré-hospitalar de Londrina (PR) em 1998 e 21 Trata-se de estudo transversal, cujos resultados foram comparados com pesquisa de 1998 Em ambos os estudos, a fonte de dados constituiu-se do Registro de Atendimento do Socorrista (RAS) A população foi composta por 1576 e 3968 vítimas em 1998 e 21, respectivamente Houve incremento na frota de motocicletas no município, passando de 69,9 para 128,1 por mil habitantes Também aumentou o número de vítimas para cada mil motos, de 53,1 para 61,1 Quanto às características dos acidentes, observaram-se maiores proporções de quedas isoladas de moto e de acidentes entre motocicletas em 21 Houve maior frequência de vítimas nos dias úteis em ambos os anos, com leve aumento percentual em 21 (de 65,1% para 69,4%), e reduziram-se as proporções de vítimas nos finais de semana (de 34,9% para 3,6%) Em relação ao período de ocorrência do acidente, prevaleceu o da noite nos dois anos Porém, houve incremento percentual de vítimas no período diurno (de 51,5% para 56,8%), refletindo maior frequência de acidentes no período da manhã O número de vítimas cresceu ao longo dos meses em ambos os anos Em relação às regiões de ocorrência, constatou-se leve descentralização pela diminuição da frequência no Centro, contudo as regiões Norte e Centro abrangeram mais da metade dos acidentes nos dois anos (de 53,2% para 51,%) Quanto às características das vítimas, houve pequeno aumento na proporção de motociclistas mulheres (de 21,6% para 24,6%), as quais deixaram de predominar como passageiras, tornando-se principalmente condutoras (de 42,8% para 54,6%) A faixa etária mais acometida continuou sendo a de 2 a 34 anos Aumentou a frequência de informações ignoradas em relação ao uso do capacete (de 1,% para 24,6%) Houve redução da proporção na percepção de hálito etílico de 1998 (13,9%) para 21 (7,1%) Entretanto, a proporção de detecção desse hálito ainda é mais frequente entre homens, nos meses de janeiro e fevereiro, durante finais de semana e no período noturno, destacando-se a madrugada Quanto às lesões, aumentou a proporção de traumatismos superficiais (de 66,4% para 71,1%) e fraturas (de 11,7% para 13,5%), e diminuíram as frequências de ferimentos, traumatismos intracranianos e intratorácicos Houve redução na proporção de lesões na cabeça, porém aumentaram as dos membros e múltiplas regiões Apesar do elevado número de vítimas em 21, os acidentes foram, proporcionalmente, de menor gravidade, evidenciada pelos melhores escores nas escalas de coma e de trauma, além de menor necessidade de atendimento médico no local da ocorrência Diminuiu o coeficiente de letalidade imediato e aumentou a frequência de recusas de atendimento e/ou encaminhamento Os resultados apontam mudanças nas características dos acidentes e das vítimas nos anos, servindo como possível subsídio para direcionamento de novas ações e estratégias de intensificação das fiscalizações no trânsito, principalmente em relação aos motociclistas