CEFE - CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
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Navegando CEFE - CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE por Assunto "Adolescence"
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Item Papel do crescimento físico e da maturação biológica sobre as interações realizadas por jovens futebolistas em jogos reduzidosBorges, Paulo Henrique; Ronque, Enio Ricardo Vaz [Orientador]; Moreira, Alexandre; Praça, Gibson Moreira; Moura, Felipe Arruda; Serassuelo Junior, HélioResumo: O objetivo desta tese foi analisar o impacto do crescimento físico e da maturação biológica sobre as medidas de centralidade baseadas nas interações desempenhadas por jovens futebolistas em jogos reduzidos Participaram do estudo 81 futebolistas (14,4±1,1 anos) pertencentes a clubes de futebol de Londrina-PR Foram coletadas as seguintes medidas: a) antropometria: massa corporal, estatura e altura tronco-cefálica; b) idade óssea: a partir de radiografias de mão e punho (método Tanner-Whitehouse 3); c) habilidades específicas: passe, chute e condução de bola; d) desempenho físico: Yo-Yo Intermittent Recovery Test, Repeated Sprints Ability (RSA) e Counter Movement Jump (CMJ) Procedeu-se a filmagem de jogos em espaço reduzido (36 vs 27 m) no formato GR3-3GR, durante 2 períodos de 4 minutos cada, com intervalo de 1 minuto A partir das referidas filmagens, foram realizadas as análises de redes sociais, visando à obtenção das medidas de centralidade baseadas nas interações entre os jogadores, bem como as análises notacionais da eficiência técnica de cada futebolista Utilizou-se a estatística descritiva para caracterização da amostra, seguido da análise dos componentes principais, análise de cluster k-médias, correlação canônica, ANOVA (one way e two-way), teste t para amostras independentes, MANOVA e MANCOVA (idade cronológica como covariável) e análise correlacional de redes (P<,5) Observou-se correlação canônica significativa entre as medidas de centralidade e os indicadores de crescimento corporal apenas na categoria sub-13 (r=,71; R2=,21; ?=,28; P=,3) A ANOVA two-way revelou efeito do tamanho corporal sobre a quantidade de gols marcados pelos jovens futebolistas (F=4,27; P=,4), enquanto a posição de jogo apresentou efeito sobre o grau de centralidade (F=7,22; P=,1), centralidade de proximidade (F=4,53; P=,1) e intensidade da rede (F=3,8; P=,2), sendo os meio-campistas os jogadores com maior proeminência em jogo Finalmente, o estado de maturidade explicou uma parcela substancial da variância da massa corporal (F=19,26; P=,1; ?2=,33), da estatura (F=15,31; P=,1; ?2=,28), da altura tronco-cefálica (F=14,5; P=,1; ?2=,27) e do desempenho no CMJ (F=8,45; P=,1; ?2=,18) e no RSA (F=9,89; P=,1; ?2=,2), mas não apresentou efeito sobre as medidas de centralidade dos jovens futebolistas (P>,5) Houve correlação entre a centralidade de proximidade e o grau de centralidade em todos os grupos maturacionais (rmédio=,62) Conclui-se que os jogadores da categoria sub-13 maiores e que amadureceram precocemente centralizaram as principais ações tático-técnicas durante uma partida Entretanto, os indicadores de crescimento físico foram importantes apenas para a marcação de gols nos jogos reduzidos Os meio-campistas foram os futebolistas que mais centralizaram as jogadas ofensivas, independentemente do tamanho corporal Finalmente, o estado de maturidade exerceu um baixo impacto sobre as medidas de centralidade no jogo Sugere-se aos profissionais envolvidos com o treino de jovens a organização do processo de formação a longo prazo, compreendendo o papel momentâneo das modificações corporais durante a adolescência sobre a centralidade em ações ofensivasItem Percepção de bem-estar, síndrome pós-COVID e prática de atividade física em adolescentes pós pandemia(2023-06-20) Araujo, Gustavo Baroni; Serassuelo Júnior, Hélio; Amado, Ana Cristina da Silva; Trelha, Celita SalmasoO objetivo deste estudo foi analisar a percepção de bem-estar, síndrome pós-COVID e prática de atividade física em adolescentes pós pandemia e infecção por COVID-19. Trata-se de um estudo transversal de natureza quantitativa composto por 312 adolescentes (51,9% do sexo feminino e 48,1% do sexo masculino) com idade entre 11-17 anos (14,97±1,87) que tiveram diagnóstico confirmado da COVID-19 no município de Londrina-PR entre agosto e dezembro de 2021. A amostra foi selecionada por conveniência através da plataforma oficial da Secretaria de Saúde do Paraná - “Notifica-Covid” e estratificada em três grupos segundo as classificações maturacionais propostas por TANNER, 1962 de acordo com a idade cronológica, sendo eles: G1) 11 e 12 anos (pré-púberes); G2) 13 e 14 anos (púberes) e G3) 15, 16 e 17 anos (pós-púberes). O questionário utilizado para investigar o bem-estar subjetivo foi a “Escala Global de Satisfação de Vida para Adolescentes” (EGSV-A); para investigar a síndrome pós-COVID (SPC) utilizou-se o questionário “Manifestações clínicas de quadro prolongado - Síndrome pós-COVID” e para investigar a atividade física utilizou-se o “IPAQ versão curta.” A coleta de dados foi realizada por meio de formulário digital online criado na plataforma Google (Google Forms) e enviado via WhatsApp. O teste t de student para amostras independentes foi utilizado para comparar as médias da percepção de bem-estar entre sexos e o teste de U de Mann Whitney para analisar as diferenças na amostra por faixa etária. Para investigar a associação entre a SPC com a atividade física, utilizou-se o teste Qui-quadrado e Regressão Logística Binária para verificar se a prática de atividade física, sexo e faixa etária são previsores do desenvolvimento de SPC, onde a SPC foi a variável dependente e sexo, prática de atividade física (Fisicamente ativo ou Insuficientemente ativo) e faixa etária como variáveis independentes. Os dados foram analisados através do software SPSS 27 adotando p=0,05. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na percepção de bem-estar no G1 aos 11 anos (p=0,09) e 12 anos (p=0,08). A partir do G2, aos 13 e 14 anos, observa-se uma queda na percepção do bem-estar (p=0,04; p=0,02, respectivamente). No G3 foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p<0,01) aos 15, 16 e 17 anos. O sexo feminino apresentou menores escores em relação aos meninos em todas as idades, principalmente a partir da puberdade. De um total de 75 adolescentes (24%) apresentaram um quadro de síndrome pós-COVID com mediana do número de sintomas de 1 [0-3]. Destes, 61 do sexo feminino (81,3%) e 14 (18,7%) do sexo masculino. O tempo médio de atividade física dos adolescentes que apresentaram a síndrome foi de 148 minutos, classificados como “insuficientemente ativos”. As variáveis preditoras para o desenvolvimento da síndrome foram: Sexo feminino (OR= 4,76; IC 95%= 4,49 – 4,92; p<0,01); pós-púberes (OR=3,41; IC 95%= 3,15 – 3,57) e insuficientemente ativo (OR=4,68; IC 95%= 4,27 – 4,89). Conclui-se que o período de pandemia da COVID-19 impactou negativamente o bem-estar de adolescentes pós-púberes, e os prejuízos à saúde pós infecção são maiores em adolescentes do sexo feminino e insuficientemente ativos.