CEFE - CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
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Navegando CEFE - CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE por Assunto "Adolescência"
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Item Esporte e educação : competências da dupla carreira de estudantes-atletas do estado do Paraná(2023-08-29) Grubertt, Guilherme Alves; Serassuelo Júnior, Hélio; Alvarez, Miquel Torregrossa; Aburachid, Layla Maria Campos; Costa, Felipe Rodrigues da; Dourado, Antonio CarlosNo âmbito da ciência do esporte, os desafios da combinação entre a formação educacional ou vocacional e esporte é denominada dupla carreira. As competências relacionadas a dupla carreira são caracterizadas pelo conjunto de atitudes, habilidades e conhecimentos que permitem os atletas combinarem de maneira efetiva a formação educacional com a carreira esportiva. Diante de todas as características multifatoriais do processo de adaptação humana, as etapas de transição da dupla carreira devem ser consideradas tanto em termos de desenvolvimento como em um âmbito holístico. Até o momento, os trabalhos realizados no Brasil que identificaram e quantificaram características da dupla carreira não investigaram as competências dos estudantes-atletas utilizando instrumentos específicos baseados em uma abordagem holística. Assim, o objetivo geral do presente estudo foi analisar as competências, atitudes e habilidades da dupla carreira de estudantes-atletas do estado do Paraná-Brasil através de investigações com delineamento quantitativo. Os objetivos específicos foram: (1) apresentar as propriedades psicométricas e evidências de validades de conteúdo, baseada na estrutura interna e resposta aos itens da versão brasileira do Dual Career Competency Questionnarie for Atlhetes (DCCQ-A); (2) investigar em que medida os escores das competências da dupla carreira variam para estudantes-atletas de ambos os sexos, tipos de instituições de ensino (IES) e nível de escolaridade. Para tanto, foram avaliados 745 estudantes-atletas (Midade17,3 + 5,4; sexo feminino 54%; estudantes-atletas com deficiência 8%) do Programa de bolsas do estado do Paraná – Geração Olímpica e Paralímpica. A versão Brasileira do DCCQ-A apresentou propriedades psicométricas satisfatórias através cálculo da validade de conteúdo, da análise fatorial confirmatória e índices de ajuste excelentes (CFI = 0.982, TLI = 0.980, SRMR = 0.057, RMSEA = 0.056). A análise Rasch multidimensional indicou uma excelente consistência interna das pontuações e uma boa discriminação dos participantes. Além disso, houve resultados estatisticamente significativos no efeito principal para sexo (F(4, 738) = 17,782, p < 0,001), instituição de ensino (F(4, 738) = 5,509, p <0,001) e escolaridade (F(4, 738) = 3,335, p<0,05). Estudantes-atletas do sexo feminino de IES públicas apresentaram escores maiores para a gestão da dupla carreira (M = 4,23 + 0,38) quando comparados ao sexo masculino de IES públicas (M = 4,03 + 0,04). Em IES privadas, estudantes-atletas do sexo feminino apresentaram escores menores da competência consciência emocional (M = 3,73 + 0,04). Escores de consciência emocional também foram menores para estudantes-atletas do sexo feminino nos dois tipos IES (ensino básico, M = 3,78 + 0,03; p < 0,05; ensino superior, M = 3,66 + 0,06; p < 0,001). Devido a robustez psicométrica da versão brasileira do DCCQ-A, esse instrumento indica uma contribuição importante para a aplicabilidade prática e de pesquisa da psicologia do esporte. Os resultados desse estudo demonstraram a relevância das competências da dupla carreira e recomenda que as diferenças entre sexo e IES devem ser consideradas no desenvolvimento da dupla carreira. Esse desfecho pode auxiliar treinadores, gestores do esporte, estudantes-atletas e todos os envolvidos a compreenderem e otimizarem suas atitudes referentes a dupla carreira, além de auxiliar pesquisadores a avançar o conhecimento nessa área tão recente no Brasil.Item Papel do crescimento físico e da maturação biológica sobre as interações realizadas por jovens futebolistas em jogos reduzidosBorges, Paulo Henrique; Ronque, Enio Ricardo Vaz [Orientador]; Moreira, Alexandre; Praça, Gibson Moreira; Moura, Felipe Arruda; Serassuelo Junior, HélioResumo: O objetivo desta tese foi analisar o impacto do crescimento físico e da maturação biológica sobre as medidas de centralidade baseadas nas interações desempenhadas por jovens futebolistas em jogos reduzidos Participaram do estudo 81 futebolistas (14,4±1,1 anos) pertencentes a clubes de futebol de Londrina-PR Foram coletadas as seguintes medidas: a) antropometria: massa corporal, estatura e altura tronco-cefálica; b) idade óssea: a partir de radiografias de mão e punho (método Tanner-Whitehouse 3); c) habilidades específicas: passe, chute e condução de bola; d) desempenho físico: Yo-Yo Intermittent Recovery Test, Repeated Sprints Ability (RSA) e Counter Movement Jump (CMJ) Procedeu-se a filmagem de jogos em espaço reduzido (36 vs 27 m) no formato GR3-3GR, durante 2 períodos de 4 minutos cada, com intervalo de 1 minuto A partir das referidas filmagens, foram realizadas as análises de redes sociais, visando à obtenção das medidas de centralidade baseadas nas interações entre os jogadores, bem como as análises notacionais da eficiência técnica de cada futebolista Utilizou-se a estatística descritiva para caracterização da amostra, seguido da análise dos componentes principais, análise de cluster k-médias, correlação canônica, ANOVA (one way e two-way), teste t para amostras independentes, MANOVA e MANCOVA (idade cronológica como covariável) e análise correlacional de redes (P<,5) Observou-se correlação canônica significativa entre as medidas de centralidade e os indicadores de crescimento corporal apenas na categoria sub-13 (r=,71; R2=,21; ?=,28; P=,3) A ANOVA two-way revelou efeito do tamanho corporal sobre a quantidade de gols marcados pelos jovens futebolistas (F=4,27; P=,4), enquanto a posição de jogo apresentou efeito sobre o grau de centralidade (F=7,22; P=,1), centralidade de proximidade (F=4,53; P=,1) e intensidade da rede (F=3,8; P=,2), sendo os meio-campistas os jogadores com maior proeminência em jogo Finalmente, o estado de maturidade explicou uma parcela substancial da variância da massa corporal (F=19,26; P=,1; ?2=,33), da estatura (F=15,31; P=,1; ?2=,28), da altura tronco-cefálica (F=14,5; P=,1; ?2=,27) e do desempenho no CMJ (F=8,45; P=,1; ?2=,18) e no RSA (F=9,89; P=,1; ?2=,2), mas não apresentou efeito sobre as medidas de centralidade dos jovens futebolistas (P>,5) Houve correlação entre a centralidade de proximidade e o grau de centralidade em todos os grupos maturacionais (rmédio=,62) Conclui-se que os jogadores da categoria sub-13 maiores e que amadureceram precocemente centralizaram as principais ações tático-técnicas durante uma partida Entretanto, os indicadores de crescimento físico foram importantes apenas para a marcação de gols nos jogos reduzidos Os meio-campistas foram os futebolistas que mais centralizaram as jogadas ofensivas, independentemente do tamanho corporal Finalmente, o estado de maturidade exerceu um baixo impacto sobre as medidas de centralidade no jogo Sugere-se aos profissionais envolvidos com o treino de jovens a organização do processo de formação a longo prazo, compreendendo o papel momentâneo das modificações corporais durante a adolescência sobre a centralidade em ações ofensivasItem A participação em esporte na infância e o nível de atividade física na adolescênciaPires Junior, Raymundo; Oliveira, Arli Ramos de [Orientador]; Fernandes, Rômulo Araújo; Gomes, Antônio Carlos; Ronque, Ênio Ricardo Vaz; Serassuelo Junior, HélioResumo: Atualmente as pesquisas tem se preocupado em promover atitudes que afastem os indivíduos das doenças crônicas não transmissíveis, mediante níveis mais elevados de atividade física, dado o grande número de ocorrências dessas doenças e em todas as idades Hábitos adquiridos em idades precoces podem favorecer positiva ou negativamente esse quadro O esporte, patrimônio cultural da humanidade, tem sido utilizado nas políticas públicas no enfrentamento de hábitos sedentários em idades jovens Entretanto, sabe-se que o nível de abandono dessa prática entre a infância e adolescência é considerável A identificação de fatores que possam contribuir para maior participação é fator preponderante nas ações que promovam níveis satisfatórios de atividade física Desse modo, o objetivo do presente estudo foi analisar a influência ao longo do tempo na participação em esporte na infância e o nível de atividade física na adolescência Para tanto, 587 adolescentes do 3º ano do Ensino Médio da rede pública de Londrina, Paraná, fizeram parte da amostra O teste Qui-quadrado e a Regressão de Poisson foram utilizados para análise das associações entre a participação no esporte na infância, com níveis suficientes de atividade física, IMC e percepção de saúde na adolescência Verificou-se através dos resultados que jovens que participaram de esporte na infância, tiveram maior prevalência de prática de atividade física que seus pares sem prática de esporte na juventude (RP 1,48 [C95%=1,11-1,97]) Associação positiva ocorreu também no IMC, mostrando que adolescentes que estiveram envolvidos com a prática esportiva na infância, apresentam RP 1,19 (IC95%=1,5-1,35) maior de terem peso normal ou baixo peso O nível de atividade física na adolescência foi associado com a percepção de saúde boa ou ótima (RP=1,78; IC95%=1,19-2,7) e com o gênero masculino (RP=1,84; IC95%=1,33-2,54) Já as moças apresentaram a RP de ,8 (IC95%=,7-,91) no IMC, uma vez que a proporção de eutróficas ou com baixo peso foi maior que entre o gênero masculino Por outro lado, a RP 1,17 (IC95%=1,6-1-3) maior na percepção de saúde boa ou ótima foi a favor dos rapazes E ainda, os jovens eutróficos ou com baixo peso, apresentaram RP 1,12 (IC95%=1,1-1,24) maior na percepção de saúde boa ou ótima Esta mesma percepção de saúde tem RP 1,18 (IC95%=1,8-1,3) superior entre os estudantes que atingem a recomendação de atividade física na adolescência Conclui-se desse modo que a participação em esporte na infância promoveu níveis satisfatórios de atividade física na adolescência, assim como melhores indicadores de peso corporal na amostra analisadaItem Percepção de bem-estar, síndrome pós-COVID e prática de atividade física em adolescentes pós pandemia(2023-06-20) Araujo, Gustavo Baroni; Serassuelo Júnior, Hélio; Amado, Ana Cristina da Silva; Trelha, Celita SalmasoO objetivo deste estudo foi analisar a percepção de bem-estar, síndrome pós-COVID e prática de atividade física em adolescentes pós pandemia e infecção por COVID-19. Trata-se de um estudo transversal de natureza quantitativa composto por 312 adolescentes (51,9% do sexo feminino e 48,1% do sexo masculino) com idade entre 11-17 anos (14,97±1,87) que tiveram diagnóstico confirmado da COVID-19 no município de Londrina-PR entre agosto e dezembro de 2021. A amostra foi selecionada por conveniência através da plataforma oficial da Secretaria de Saúde do Paraná - “Notifica-Covid” e estratificada em três grupos segundo as classificações maturacionais propostas por TANNER, 1962 de acordo com a idade cronológica, sendo eles: G1) 11 e 12 anos (pré-púberes); G2) 13 e 14 anos (púberes) e G3) 15, 16 e 17 anos (pós-púberes). O questionário utilizado para investigar o bem-estar subjetivo foi a “Escala Global de Satisfação de Vida para Adolescentes” (EGSV-A); para investigar a síndrome pós-COVID (SPC) utilizou-se o questionário “Manifestações clínicas de quadro prolongado - Síndrome pós-COVID” e para investigar a atividade física utilizou-se o “IPAQ versão curta.” A coleta de dados foi realizada por meio de formulário digital online criado na plataforma Google (Google Forms) e enviado via WhatsApp. O teste t de student para amostras independentes foi utilizado para comparar as médias da percepção de bem-estar entre sexos e o teste de U de Mann Whitney para analisar as diferenças na amostra por faixa etária. Para investigar a associação entre a SPC com a atividade física, utilizou-se o teste Qui-quadrado e Regressão Logística Binária para verificar se a prática de atividade física, sexo e faixa etária são previsores do desenvolvimento de SPC, onde a SPC foi a variável dependente e sexo, prática de atividade física (Fisicamente ativo ou Insuficientemente ativo) e faixa etária como variáveis independentes. Os dados foram analisados através do software SPSS 27 adotando p=0,05. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na percepção de bem-estar no G1 aos 11 anos (p=0,09) e 12 anos (p=0,08). A partir do G2, aos 13 e 14 anos, observa-se uma queda na percepção do bem-estar (p=0,04; p=0,02, respectivamente). No G3 foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p<0,01) aos 15, 16 e 17 anos. O sexo feminino apresentou menores escores em relação aos meninos em todas as idades, principalmente a partir da puberdade. De um total de 75 adolescentes (24%) apresentaram um quadro de síndrome pós-COVID com mediana do número de sintomas de 1 [0-3]. Destes, 61 do sexo feminino (81,3%) e 14 (18,7%) do sexo masculino. O tempo médio de atividade física dos adolescentes que apresentaram a síndrome foi de 148 minutos, classificados como “insuficientemente ativos”. As variáveis preditoras para o desenvolvimento da síndrome foram: Sexo feminino (OR= 4,76; IC 95%= 4,49 – 4,92; p<0,01); pós-púberes (OR=3,41; IC 95%= 3,15 – 3,57) e insuficientemente ativo (OR=4,68; IC 95%= 4,27 – 4,89). Conclui-se que o período de pandemia da COVID-19 impactou negativamente o bem-estar de adolescentes pós-púberes, e os prejuízos à saúde pós infecção são maiores em adolescentes do sexo feminino e insuficientemente ativos.