Navegando por Autor "Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]"
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Item Análise do polimorfismo rs1801157 de CXCL12 na infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) e no desenvolvimento de lesões cervicaisOkuyama, Nádia Calvo Martins; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Ariza, Carolina Batista; Hirata, Bruna Karina BaninResumo: O Papilomavírus Humano (HPV) é o principal agente etiológico no desenvolvimento de lesões cervicais que podem evoluir para o câncer cervical Entretanto, somente o vírus HPV não é suficiente para o desenvolvimento das lesões e do carcinoma cervical Neste contexto, mediadores imunes como as quimiocinas são importantes para o tráfego de leucócitos em processos biológicos como a inflamação e podem influenciar no desfecho da patologia Dentre estas se destaca a quimiocina CXCL12, a qual apresenta um polimorfismo genético na região 3’UTR, denominado rs181157 (g17289G>A), cujo papel biológico no prognóstico do câncer é controverso Até o momento não há estudos sobre a sua influência na infecção pelo HPV, assim como no desenvolvimento de lesões são escassos e contraditórios Desta forma, o presente estudo teve por objetivo avaliar a associação deste polimorfismo com a infecção pelo HPV e no desenvolvimento de lesões cervicais Dentre as 364 mulheres avaliadas, atendidas pelo Sistema Único de Saúde, o DNA viral foi detectado, em células do colo uterino por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), em 169 pacientes O polimorfismo de CXCL12 foi analisado através de PCR seguida de restrição enzimática (PCR-RFLP) A maior frequência do vírus foi observada em mulheres com idade inferior a 24 anos (p<,1), solteiras (p=,2), tabagistas (p<,1) e com renda inferior a 1 salário mínimo (p=,4), que apresentaram mais de 4 parceiros sexuais durante a vida (p=,7) e mais de 5 gestações (p=,17) Quando avaliado o papel do polimorfismo na infecção pelo HPV observou-se que o vírus foi mais prevalente em mulheres portadoras do alelo A (p<,1), dado confirmado por meio da análise de regressão logística, ajustada para fatores de confusão: conhecimento sobre o vírus, renda mensal, tabagismo, estado civil, número de gestações, partos e de parceiros sexuais Foi encontrada associação entre o polimorfismo e o desenvolvimento de lesão intraepitelial de alto grau (LIEAG) (p=,3) Tendo em vista os dados apresentados, o polimorfismo de CXCL12 rs181157 está independentemente associado à infecção por HPV, podendo ser considerado como um marcador de susceptibilidade para a infecção Contudo, mais estudos são necessários a fim de esclarecer o mecanismo pelo qual o polimorfismo contribui para a infecção e para a expressão da quimiocina no microambiente cervical, e qual o seu papel no desenvolvimento de lesõesItem Análise dos polimorfismos rs1800470 e rs1800471 do TGFB1 em mulheres HPV positivas e controlesTrugilo, Kleber Paiva; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Losi-Guembarovski, Roberta; Watanabe, Maria Angelica Ehara; Ariza, Carolina Batista [Coorientadora]Resumo: A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e a manutenção de vias inflamatórias estão envolvidas na patogênese das lesões pré-malignas e do câncer cervical No microambiente da infecção, várias citocinas são produzidas e influenciam direta e indiretamente a persistência das lesões cervicais e a progressão para o câncer Neste contexto, o fator de transformação do crescimento ß (TGFB), uma citocina reguladora do crescimento e diferenciação celular, possui um papel paradoxal e atua tanto na supressão como na progressão do tumor Polimorfismos genéticos de base única (SNPs) que alteram a produção de TGFB, como c29C>T (rs1847) e c74G>C (18471), vêm sendo associados ao câncer No entanto, a relação com as lesões provocadas pelo HPV e com o câncer cervical ainda não está bem estabelecida Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação destes polimorfismos do TGFB1 com a infecção por HPV e com as lesões intraepiteliais escamosas de baixo e alto grau (LSIL e HSIL) Para isso foram coletadas amostras de 35 mulheres para detecção de HPV por PCR e genotipagem dos polimorfismos c29C>T e c74G>C por PCR-RFLP; dados sócio-demográficos e de comportamento sexual foram obtidos através de aplicação de questionário O DNA viral foi detectado em 172 (49,1%) mulheres com maior frequência entre as com idade =24 anos (p=6), solteiras (p=13), que nunca gestaram (p=7), nulíparas (p=8) e que desconheciam sobre o que é o HPV (p=17) No caso das lesões, LSIL foi mais frequente entre mulheres com idade =24 anos (p=36), enquanto HSIL esteve mais presente em mulheres que tiveram pelo menos 4 parceiros sexuais durante a vida (p<1) Tanto LSIL como HSIL tiveram alta frequência entre as fumantes (p=2) Em relação aos polimorfismos, pacientes HPV+ apresentaram maior frequência do genótipo c74CG (p=4) e dos genótipos combinados c29CC+CT/c74CG (p=4) associados à maior susceptibilidade de contrair o vírus [OR=281 CI95% (135-586); OR=314 CI95% (142 – 694), respectivamente] Por outro lado, utilizando um modelo de regressão logística ajustado, o genótipo c29CC foi associado à HSIL (b=91, ?²Wald (df=1)=396, p=47) e elevou 2,48 vezes as chances de apresentar este tipo de lesão comparado ao genótipo c29TT [OR=248 CI95% (11-68)] Desta forma, o presente trabalho demonstrou pela primeira vez que os polimorfismos c74G>C e c29C>T foram associados ao risco de infecção por HPV e ao desenvolvimento de HSIL, respectivamente Por conseguinte, estes dois SNPs, fazendo parte da composição de um painel genotípico, poderiam ser utilizados como potenciais marcadores moleculares de prognóstico para estas doenças Contudo, uma maior população de estudo é necessária para que sejam feitas análises adicionais a fim de validar estes resultadosItem Associação do polimorfismo c. -592 C>A (rs1800872) da interleucina-10 com o câncer cervicalPereira, Ana Paula Lombardi; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Galhardi, Lígia; Amarante, Marla KarineResumo: O câncer cervical (CC) é a quarta neoplasia mais incidente mundialmente em mulheres Sua estimativa e mortalidade variam de acordo com a região avaliada sendo que no Brasil o CC ocupa o terceiro lugar Sua progressão é considerada lenta, pois resulta de lesões no epitélio escamoso do colo uterino a partir da infecção pelo Papilomavírus humano Essas lesões são classificadas como lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (LIEBG) ou de alto grau (LIEAG) Quando não corretamente diagnosticas e tratadas podem evoluir para carcinoma ou adenocarcinoma, de acordo com sua origem epitelial Neste contexto, a resposta imunológica no microambiente cervical é essencial para determinar o desenvolvimento tumoral ou resolução das lesões A resposta imunológica antitumoral envolve a ativação de linfócitos que expressam citocinas de perfil Th1 para eliminação de células transformadas, quando há o predominio de expressão de citocinas de perfil Th2 a evasão tumoral é favorecida pelo seu efeito imunossupressor A interleucina-1 (IL-1) é uma citocina imunoregulatória com papel ambíguo pela função anti-inflamatória e imunossupressora O polimorfismo da IL-1 c-592C>A está associado ao aumento de concentração sérica e no muco cervical da IL-1 Desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre este polimorfismo e o diagnostico de CC, assim como sua possível associação com características sócio demográficas, comportamento sexual e reprodutivo Amostras de sangue periférico e biopsia de tumor cervical foram coletados e o DNA genômico foi extraído para amplificação de um fragmento de 154 pares de base da IL-1 pela técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), o qual foi submetido posteriormente à técnica de restrição enzimática RFLP (Polimorfismo de Restrição do Comprimento de Fragmento) para análise do polimorfismo O questionário sócio demográfico, de comportamento sexual e características reprodutivas foi aplicado a todas as pacientes Mulheres negativas para lesões cervicais foram determinadas como grupo controle (n=146) e mulheres com diagnóstico de CC como grupo caso (n=85) Foi observado que pacientes com 55 anos ou mais de idade (p=,1), de escolaridade até o ensino fundamental (p=,1), habito tabagista (p=,1) e uso de anticoncepcional (p=,7) estiveram associados com o CC pela análise de ?-quadrado e regressão logística binária O presente estudo demonstrou a associação independente do polimorfismo c-592C>A da IL-1 com o CC Na análise do polimorfismo, o modelo codominante (C/A, p=,28; A/A, p=,182), dominante (C/A + A/A; p=,2) e alelo (A, p=,3) mostraram estar independentemente associados ao CC Portadoras do alelo variante A no genótipo C/A mostraram maior associação no modelo codominante (ORadj= 2,15; IC95%= 1,2 – 4,56) e no modelo dominante (ORadj= 2,71; IC95%= 1,5 – 4,47) em relação ao diagnóstico de CC Portanto, podemos concluir que a avaliação de um perfil de risco e susceptibilidade incluindo os dados acima mencionados e o genótipo para o polimorfismo c-592C>A da IL-1 poderiam ser utilizadas como marcadores de suscetibilidade para o CCItem Envolvimento dos polimorfismos rs28362491 de NFKB1 e rs696 de NFKBIA na infecção pelo papilomavírus humanoSena, Michelle Mota; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Hirata, Bruna Karina Banin; Ariza, Carolina BatistaResumo: O Papilomavírus Humano (HPV) consiste no agente etiológico da infecção sexualmente transmissível mais frequente do trato anogenital Embora, na maioria das vezes, sua presença não leve à manifestações clínicas, sendo uma infecção facilmente resolvida em grande parte dos casos, quando há a persistência por HPVs de alto risco em conjunto com características intrínsecas ao hospedeiro, tais como estado imunológico, padrões comportamentais e fatores genéticos, é possível que haja o desenvolvimento de lesões intraepiteliais escamosas, as quais podem evoluir para o câncer cervical (CC) caso não exista identificação e tratamento adequados No contexto da resposta imunológica, proliferação, diferenciação, apoptose, dentre outros, a via do NF-kB atua na regulação de inúmeros genes e alterações estruturais e/ou funcionais em componentes dessa via podem propiciar o desenvolvimento de diversos tumores Tendo em vista que a presença de alterações nesta via sob as circunstâncias da infecção pelo HPV, bem como as suas possíveis relações com as lesões induzidas pelo vírus e com o CC ainda não estão bem estabelecidas, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos polimorfismos rs28362491 de NFKB1 e rs696 de NFKBIA na infecção por HPV e no desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas em 334 pacientes do sexo feminino Para tal, as amostras foram submetidas à Reação em Cadeia da Polimerase para detecção viral e posterior restrição enzimática para genotipagem dos polimorfismos, cujos resultados foram observados em gel de poliacrilamida 1% corado com nitrato de prata Por meio da aplicação de questionário, foram obtidas informações socio-demográficas e de comportamento sexual das pacientes O vírus esteve presente em 163 mulheres, sendo mais frequente entre aquelas que desconheciam o vírus, com idade =24 anos, fumantes, solteiras e que tiveram =4 parceiros sexuais durante a vida As pacientes com lesões precursoras declararam ter tido mais parceiros durante a vida do que aquelas com resultado citológico normal, enquanto que, quando comparadas a estas últimas, as pacientes com CC relataram desconhecer as formas de transmissão do vírus, apresentaram idade =55 anos, em sua maioria viúvas, com baixa escolaridade, renda mensal <1 salário mínimo, que tiveram =5 gestações, cujos partos foram, em geral, do tipo normal Quanto aos polimorfismos, os genótipos de NFKB1 homozigotos para inserção (II) e AA para NFKBIA, quando combinados por meio de regressão logística multinominal com valores ajustados para fatores confundidores, demonstraram exercer papel protetor contra a infecção pelo HPV, não sendo observada influência sobre o desenvolvimento de lesões e progressão para o CC Assim, o presente trabalho demonstrou pela primeira vez que os polimorfismos rs28362491 e rs696 estão envolvidos com a proteção contra a infecção pelo HPV Tendo em vista o resultado promissor, estudos adicionais permitirão compreender de que forma essas alterações genéticas atuam na situação de infecção e, por fim, uma maior população de estudo será necessária para a validação dos resultados encontradosItem Fatores externos e polimorfismos em genes relacionados com a imunossupressão envolvidos no desenvolvimento do câncer cervicalAranome, Adriano Martin Felis; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Ariza, Carolina Batista; Hirata, Bruna Karina Banin; Watanabe, Maria Angélica Ehara [Coorientadora]Resumo: O câncer cervical está entre os cânceres mais frequentes em mulheres no mundo todo, e em alguns países em desenvolvimento chega a ser a maior causa de morte por câncer na população feminina O sistema imunológico é fundamental tanto na resolução quanto no desenvolvimento de lesões pré-malignas e subsequentemente no câncer cervical Proteínas relacionadas à imunossupressão são fundamentais para a não exacerbação da resposta inflamatória e na contenção de possíveis danos, entretanto, um microambiente com baixa inflamação está frequentemente relacionado a um pior prognóstico, favorecendo o desenvolvimento do câncer do colo do útero A citocina fator de transformação do crescimento beta (TGFB) e o fator de transcrição Forkhead box P3 (FOXP3) são elementos fundamentais na regulação imunológica Considerando que polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) podem alterar a expressão da proteína, bem como sua eficiência, nosso objetivo foi avaliar os polimorfismos TGFB1 rs1847 e rs18471, como rs387465 no gene TGFBR2 e o rs3761548 no FOXP3, além de dados sociodemográficos, de características reprodutivas e comportamento sexual com o desenvolvimento do câncer do colo do útero Para isso, coletamos amostras do tumor do colo uterino de 49 mulheres com câncer cervical atendidas pelo Hospital de Câncer de Londrina e 17 controles livres de lesão cervical nas Unidades Básicas de Saúde de Londrina A detecção do HPV foi realizada por PCR, genotipagem dos polimorfismos por PCR-RFLP, características sociodemográficas e dados clínicos foram obtidos através de prontuários e um questionário estruturado Modelos de regressão logística ajustados para possíveis fatores confundidores foram utilizados para análise de associação e suscetibilidade, apresentando valores ajustados de Odds Ratio com intervalo de confiança de 95% O nível de significância adotado foi p<,5 Verificou-se que ter 4 ou mais parceiros sexuais durante a vida foi associado a estágios avançados da doença (p=,14) O não conhecimento sobre o HPV (p=,23) e suas formas de transmissão (p<,1), renda familiar de no máximo 1 salário mínimo (p<,1), ausência ou baixa escolaridade (p<,1), tabagismo (p<,1), ausência de outros testes preventivos no passado (p=,26), número de gestações (p=,17), número de partos vaginais (p=,2), nenhum parceiro sexual nos últimos 6 meses (p=,14) estão relacionados com o desenvolvimento do câncer cervical Para os polimorfismos, foram independentemente associados ao desenvolvimento do câncer cervical, o genótipo AA (OR=3,461 e IC95%=1,136 - 1,54; p=,29) do polimorfismo do FOXP3 rs3761548, o genótipo AG (OR=8,93 e IC95%=1,272 - 51,472; p=,27) e GG (OR=1,753 e IC95%=1,589 - 72,762; p=,15) do polimorfismo do TGFBR2 rs387465 Enquanto que o genótipo CT (OR=,133 e IC95%=,31 - ,576; p=,7) e TT (OR=,243 e IC95%=,62 - ,953; p=,43) nos modelos codominante e dominante (OR=,186 e IC95%=,52 - ,659; p=,9) para o polimorfismo rs1847 de TGFB foram relacionados à proteção contra o desenvolvimento do câncer cervical Nossos dados demonstram que SNPs em regiões de regulação do sistema imune podem ser utilizados como marcadores de suscetibilidade ao câncer cervicalItem Influência do polimorfismo rs1800872 (c.-592C>A) de Interleucina-10 na infecção por HPV e sobre os níveis plasmáticos e cervicais desta citocina em mulheres infectadas pelo HPVBerti, Fernanda Costa Brandão; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Simão, Andréa Name Colado; Losi-Guembarovski, RobertaResumo: O Papillomavirus Humano (HPV) destaca-se como um importante vírus transmitido sexualmente, envolvido no desenvolvimento de lesões intraepiteliais escamosas e do câncer cervical Além do HPV, outros fatores influenciam tais desfechos clínicos, incluindo a Interleucina-1 (IL-1), citocina anti-inflamatória que favorece a imunossupressão cervical A expressão e produção de IL-1 parece ser influenciada pelo HPV e por polimorfismos na região promotora do gene da IL-1, incluindo o rs18872 (c-592C>A) Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do polimorfismo c-592C>A na infecção por HPV e sobre os níveis plasmáticos e cervicais de IL-1 em mulheres infectadas pelo HPV Este estudo caso-controle incluiu 174 pacientes com detecção do genoma do HPV e 186 sem detecção deste, classificadas como controles Raspados epiteliais cervicais foram obtidos a fim de determinar a presença do DNA do HPV por reação em cadeia da polimerase (PCR) Amostras de sangue periférico foram analisadas a fim de determinar o polimorfismo de IL-1 por PCR seguida de análise de polimorfismo por comprimento dos fragmentos de restrição (RFLP) Níveis plasmáticos e cervicais de IL-1 foram avaliados por ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA) Maior frequência de HPV foi observada entre mulheres com <34 anos (p<,1), solteiras (p=,6) e que tiveram mais de 4 parceiros sexuais ao longo da vida (p=,3) Assim como, entre mulheres que não tinham conhecimento sobre o HPV (p=,42), que recebiam menos de 1 salário mínimo (p=,13) e entre fumantes (p<,1) O HPV foi mais prevalente entre portadoras do alelo A (p<1), confirmado por análise de regressão logística, incluindo idade, tabagismo, conhecimento sobre o HPV, número de parceiros sexuais ao longo da vida e estado civil como covariáveis Heterozigotos [OR=2,81 95%CI (1,222 – 3,544), p=,7] e homozigotos [OR=3,745 95%CI (1,695 – 8,271), p=,1] para o polimorfismo c-592C>A apresentaram aproximadamente 2 e 4 vezes mais risco, respectivamente, de terem HPV quando comparados a pacientes com genótipo CC Os níveis cervicais de IL-1 foram maiores entre pacientes infectadas com HPV e portadoras do alelo polimórfico A (p=,39), enquanto os níveis plasmáticos de IL-1 foram menores nestas pacientes (p=,17) quando comparadas a pacientes CC Análises de regressão logística mostraram que os níveis cervicais e plasmáticos de IL-1 não estiveram independentemente associados aos genótipos CA+AA (p=,162 e p=,647, respectivamente), nem à presença do HPV (p=,61 e p=,55, respectivamente), demonstrando que alterações nos níveis de IL-1 são possivelmente resultado da presença de ambos Assim, o polimorfismo c-592C>A de IL-1 mostrou-se independentemente associado à infecção por HPV e influenciou na persistência viral por meio de níveis cervicais aumentados de IL-1 em mulheres infectadas pelo HPVItem Influência do polimorfismo rs4880 de SOD2 na infecção pelo HPV, no desenvolvimento de lesões intraepiteliais cervicais e nocâncer de colo de úteroCurti, Rafaela Roberta de Jaime; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Tamarozzi, Carolina Batista Ariza; Sanches, Larissa JulianiResumo: O papilomavírus humano (HPV), amplamente difundido na população, é fator essencial para o desenvolvimento do câncer de colo de útero, terceiro tipo de câncer que mais acomete a população feminina Alguns dos mais de 2 tipos do vírus podem acarretar lesões intraepiteliais escamosas cervicais e o câncer Porém, para que a transformação maligna ocorra, são necessários cofatores, um exemplo são as espécies reativas (EROs), que podem ser neutralizadas pelo sistema antioxidante A enzima SOD2, codificada pelo gene de mesmo nome, eencontrada na mitocôndria,faz parte da primeira linha de defesa do organismo contra os danos causados pelo estresse oxidativo Os polimorfismos genéticos podem influenciar na eficiência dessa enzima, dentre eles, o rs488 é o mais estudado Desse modo, objetivou-se associar este polimorfismo com a infecção pelo HPV e o desenvolvimento de lesões intraepiteliais escamosas de baixo e alto graus (LIEBG e LIEAG) e o câncer em 47 mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde, no Norte do Paraná Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e preenchimento dos questionários socioepidemiológico e de hábitos, foram coletadas amostras de secreção cervical para detecção do HPV por reação em cadeia da polimerase (PCR) e amostras de sangue para genotipagem do polimorfismo através de PCR seguida de restrição enzimática Os produtos de PCR e de restrição foram submetidos à eletroforese em gel de poliacrilamida 1% Foram incluídas no grupo HPV negativo (controle) 158 mulheres e, no grupo HPV positivo (caso), 249 mulheres As mulheres infectadas foram posteriormente divididas nos grupos: sem lesão (n=9), LIEBG (n=2), LIEAG (n=67) e grupo câncer (n=72) Os dados encontrados sobre as características socioepidemiológicas e de hábitos corroboraram com os dados encontrados na literatura Genotipicamente, o grupo controle distribui-se da seguinte forma: 82 (51,9%) TC, 47 (29,8%) TT e 29 (18,3%) CC Já no grupo caso, a distribuição foi 137 (55,%) TC, 65 (26,1%) TT e 47 (18,9%) CC Esse é o primeiro trabalho que avalia a influência do polimorfismo rs488 de SOD2 na infecção pelo HPV, o desenvolvimento de lesões intraepiteliais cervicais e o câncer de colo de útero na população brasileira Embora estudos adicionais sejam necessários para corroborar com os nossos resultados, nós demonstramos que os alelos e genótipos do polimorfismo rs488 não foram associados com suscetibilidade à infecção por HPV nem com o desenvolvimento de LIEBG, LIEAG e de câncer cervicalItem Polimorfismos intrônicos no gene do fator de transcrição FOXP3 e níveis da IL-10 como biomarcadores de susceptibilidade e prognóstico na oncogênese cervical induzida pelo HPVSantos, Fernando Cezar dos; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Watanabe, Maria Angelica Ehara; Kishima, Marina Okuyama; Amarante, Marla Karine; Losi-Guembarovski, RobertaResumo: A infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV) de alto risco (hrHPV) inicia e, em conjunto com outros fatores, promove a carcinogênese na cérvice uterina, a progressão para lesões intraepiteliais escamosas (SIL) e consequentemente para câncer de colo de útero (CCU) Ainda que o vírus seja bem-sucedido em causar infecção produtiva no hospedeiro, sua presença é notada pelo sistema imune, que é hábil em estabelecer respostas epiteliais de defesa eficientes e eliminar o vírus No entanto, ao longo da evolução, o HPV desenvolveu a capacidade de se evadir da resposta imune, modulando a dinâmica imunológica, especialmente de células T, a seu favor Alvo desses mecanismos de evasão são as células T regulatórias (Treg), identificadas pela expressão constitutiva do fator de transcrição forkhead box P3 (FOXP3) Estas células possuem atividade supressora sobre respostas efetoras e contribuem para a persistência da in-fecção e progressão tumoral Neste contexto, variantes genéticas no gene FOXP3 podem alterar seus níveis intracelulares e sua função, estando associadas à diversas doenças humanas Desta forma, este estudo objetivou analisar os polimorfismos genéticos rs2232365 e rs3761548 em mulheres infectadas pelo HPV e portadoras de SIL e mulheres não infectadas livres de lesões e buscar uma possível correlação entre estes polimorfismos e os níveis plasmáticos e cervicais da interleucina 1 (IL-1) A detecção e genotipagem do HPV e genotipagem dos polimorfismos genéticos de FOXP3 foram realizadas através da técnica de reação em cadeia da polimerase seguida de digestão enzimática (PCR RFLP) A dosagem da IL-1 foi realizada pelo ensaio imunoenzimático (ELISA) de captura O genótipo homozigoto do polimorfismo rs3761548 (A/A) (relacionado à diminuição da expressão de FOXP3) é um bom preditor de proteção na infecção pelo HPV em mulheres (ORAj = 6; IC95% = 36 – 99; p = 49); este genótipo é também um preditor independente de proteção para o desenvolvimento de lesão intraepitelial de alto grau (HSIL) (ORAj = 28; IC95% = 11 – 68; p = 6) Além disso, o genótipo homozigoto (G/G) do polimorfismo rs2232365 (relacionado ao aumento da expressão de FOXP3) mostrou ser um fator de risco independente para a infecção por HPV (ORAj = 21; IC95% = 16 – 415; p = 33) A análise de haplótipos não mostrou associação significativa em nosso estudo Além disso, não foram detectadas diferenças significativas entre os genótipos do FOXP3 e os níveis de IL-1 em nosso estudo Nós sugerimos que a presença de alelos poli-mórficos do gene FOXP3 não afeta a expressão de IL-1 O presente estudo demonstrou, pela primeira vez, associações significativas entre variantes genéticas de FOXP3 e a infecção por HPV e diagnóstico de SIL Estes dados revelam que o uso dos polimorfismos de FOXP3 podem ser úteis na prática clínica como marcadores moleculares de susceptibilidade e prognóstico à infecção pelo HPV e ao câncer de colo do útero, respectivamenteItem Prevalência do HPV em mulheres da região norte do Paraná e influência do polimorfismo rs333 do gene CCR5 na infecção e desenvolvimento de lesões intraepiteliais cervicaisMangieri, Luis Fernando Lasaro; Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]; Watanabe, Maria Angelica Ehara; Amarante, Marla Karine; Tatakihara, Vera Lúcia Hideko; Ariza, Carolina BatistaResumo: A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) pode levar ao desenvolvimento de lesões epiteliais cervicais e ao câncer cervical A região metropolitana de Londrina é o segundo maior aglomerado urbano do Paraná, e a maior demanda de cuidados de saúde na região Norte do Estado Dados epidemiológicos sobre a ocorrência de HPV no Paraná são escassos A maioria das infecções cervicais de HPV é eliminada pela resposta imunológica mediada por células dentro de 1-2 anos e sabe-se que a inflamação crônica predispõe à progressão das lesões e ao desenvolvimento do tumor Neste contexto, destaca-se o receptor 5 de quimiocina CC (CCR5) que está envolvido na quimiotaxia de leucócitos, colaborando para a resposta imunológica, cujo gene apresenta um polimorfismo na região codificadora, denominado rs333, caracterizado pela deleção de 32 pares de bases, resultando em um receptor não funcional Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a ocorrência da infecção pelo HPV e anormalidades citológicas e investigar fatores predisponentes potenciais, tais como características sociodemográficas, de comportamento sexual, antecedentes ginecológicos e obstétricos, bem como investigar a associação do polimorfismo rs333 do CCR5 com a infecção pelo HPV e com o desenvolvimento de lesões intraepiteliais escamosas No primeiro estudo amostras cervicais foram examinadas para a presença de DNA do HPV por reação em cadeia da polimerase (PCR) de 429 mulheres divididas em dois grupos: não infectadas (n = 219, controles) e mulheres infectadas (n = 21) A suscetibilidade à infecção pelo HPV foi avaliada em relação aos dados dos potenciais fatores predisponentes Uma maior proporção de mulheres infectadas pelo HPV foi observada entre mulheres menores de 25 anos de idade (p<,1), solteiras (p<,1), com renda mensal de até um salário mínimo (p=,18), fumantes (p=,14), que tiveram sua primeira relação sexual antes dos 18 anos de idade (p=,12), que tiveram pelo menos quatro parceiros sexuais ao longo da vida (p<,1) e que não estavam grávidas (p=,8) A análise de regressão logística binária multivariada mostrou que a idade inferior a 25 anos aumentou a susceptibilidade para infecção em cerca de 4 vezes (OR = 4,92, IC95% = 1,67-14,52, p = ,4) e em relação ao estado civil, casadas ou que possuiam parceiro civil (OR = ,45; IC95% = ,23 - ,88; p = ,2) e que declararam renda mensal de 1 a 3 salários mínimos (OR = ,59; IC95% = ,36 - ,95; p = ,3) apresentaram proteção contra a infecção pelo HPV O grupo HPV positivo foi analisado quanto à presença de lesões intraepiteliais escamosas (LIE) As LIE foram mais frequentes em mulheres que fumavam (p = ,17), com até um salário mínimo mensal (p = ,19) e que sofreram abortos espontâneos (p = ,42) A análise de regressão logística binária mostrou que a renda mensal variando de 1 a 3 salários mínimos é um fator protetor para o desenvolvimento de LIE em pacientes com HPV (OR = ,49; IC95% = ,26 - ,93; p = ,28) enquanto uma renda mensal inferior a 1 salário mínimo caracterizou risco No segundo estudo foi realizado a genotipagem do rs333 de CCR5 de 164 mulheres infectadas com HPV e 185 mulheres não infectadas Quanto à distribuição genotípica e alélica de CCR5, não foi observada diferença significativa em relação à infecção pelo HPV O genótipo CCR5/CCR5 foi observado em 94,1% das mulheres não infectadas pelo HPV e em 89% das infectadas, CCR5/?32 em 5,9% das infectadas pelo HPV e em 1,4% das mulheres não infectadas, e ?32/?32 foi observado em apenas uma (,6%) paciente infectada Os genótipos de CCR5 também não foram associados ao desenvolvimento de lesões cervicais entre mulheres infectadas pelo HPV (p = ,167) Em conclusão, os resultados sugerem que a idade, o estado civil e a renda mensal são cofatores importantes para a infecção pelo HPV e desenvolvimento da LIE na região Norte do Paraná Contudo devido ao fato do rs333 do CCR5 ser um polimorfismo pouco frequente na população, bem como devido ao importante papel deste receptor na resposta imune antiviral e antitumoral, mais estudos são necessários, para estabelecer o papel do CCR5 na infecção pelo HPV e no desenvolvimento de lesões intraepiteliais escamosas