Navegando por Autor "Mareze, Juliana"
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Item Identificação molecular de deteriorantes mesófilos em leite cru refrigeradoMareze, Juliana; Beloti, Vanerli [Orientador]; Santana, Elsa Helena Walter de; Tamanini, RonaldoResumo: A baixa qualidade do leite cru e reduzida vida útil do leite pasteurizado no Brasil causados pela deterioração dos constituintes do leite por parte dos microrganismos deteriorantes reflete diretamente seu potencial tecnológico para indústria Conhecer os microrganismos deteriorantes que constituem a microbiota do leite cru refrigerado possibilita identificar a origem destes contaminantes, desta forma permite-se estabelecer ações de controle para evitar sua presença no leite O objetivo deste estudo foi identificar geneticamente a microbiota mesofílica deteriorante do leite cru refrigerado da região de Castro-PR por meio de ferramentas moleculares afim de caracterizar a microbiota com atividade proteolítica e lipolítica Foram coletadas 18 amostras de leite cru refrigerado direto dos tanques de expansão de propriedades da região centro-oriental do Paraná As propriedades eram dotadas de ordenhadeira mecânica de circuito fechado com sistema de pré-resfriamento em placas e refrigeração por tanque de expansão A contagem de microrganismos mesófilos foi realizada em Petrifilm ACTM e para a verificação da atividade proteolítica e/ou lipolítica utilizou-se ágar leite suplementado (9:1) com solução leite em pó desnatado reconstituído (1%) e ágar tributirina suplementado (99:1) com tributirina, respectivamente Para extração de DNA das cepas de mesófilos foi utilizada a técnica da fervura e para amplificação parcial do gene 16S rRNA utilizou-se a técnica de PCR, utilizando os primers 27F e 1492R Utilizou-se a análise de RFLP para definir os grupos genéticos entre as cepas isoladas e facilitar a escolha dos exemplares para sequenciamento A média da contagem de microrganismos mesófilos foi de 3,58 log UFC/mL A microbiota mesofílica com atividade proteolítica e /ou lipolítica foi identificada através da amplificação e sequenciamento do gene 16S rRNA Todas as cepas foram identificadas com percentual de identidade de 1% a partir da comparação com dados dos GenBank Diante disso, selecionou-se 172 cepas, as quais apresentaram capacidade proteolítica e/ou lipolítica, onde 66 (38%) cepas apresentaram atividade proteolítica, 57 (33%) ambas atividades e (49) 29% apenas atividade lipolítica Bactérias Gram-positivas corresponderam 83,72% do total de cepas e 16,28% foram Gram-negativas A identificação genética das cepas mesofílicas com capacidade deteriorante mostrou predominância dos gêneros Lactococcus e Enterococcus (4,11%), seguida por Staphylococcus sp (13,94%); Streptococcus sp (13,36%), Acinetobacter sp (11,62%), Kurthia sp e Bacillus sp (5,23%), Rothia sp (4,6%) e Stenotrophomonas (1,16%) Em relação a atividade deteriorante os gêneros Lactococcus e Enterococcus apresentaram entre os isolados, maior atividade proteolítica enquanto que o Streptococcus dysgalactae apresentou maior atividade lipolítica Os gêneros Rothia sp e Kurthia sp foram isoladas pela primeira vez como deteriorantes do leite cruItem Inhibitory potential of lactiplantibacillus plantarum as biocontrol of spoilage and mycotoxigenic penicillium in cheeseMareze, Juliana; Beloti, Vanerli [Orientador]; Tamanini, Ronaldo; Santana, Elsa Helena Walter de; Pretto-Giordano, Lucienne Garcia; López-Díaz, Teresa María; López-Díaz, Teresa María [Coorientadora]Resumo: O queijo é um excelente substrato para o crescimento de fungos e seu potencial deteriorante é uma grande preocupação para a indústria de laticínios O emprego de aditivos alimentares é uma das alternativas utilizadas para controlar a contaminação por fungos e evitar a deterioração do produto O uso de conservantes naturais tem se tornado popular devido à preocupação com os efeitos nocivos dos conservantes químicos As bactérias ácido lácticas são utilizadas como culturas iniciadoras na fabricação de queijos e, devido ao seu efeito inibitório contra outros microrganismos, seu uso como agente biocontrolador pode ser uma alternativa para controlar fungos deteriorantes e micotoxigênicos em queijo Esta tese explora a possibilidade do uso de cepas de Lactobacilos para inibir o crescimento de fungos em queijo Com o objetivo de avaliar o potencial antifúngico de Lactobacillus, foram selecionadas 32 cepas previamente isoladas do Queijo Serrano Artesanal e testadas contra P nordicum, P commune, P expansum e P roqueforti Do total dos Lactobacillus avaliados, duas cepas (L119 e L49) apresentaram alta atividade antifúngica contra todos Penicillium spp testados Essas duas cepas identificadas como L plantarum foram selecionadas para caracterizar o composto responsável pela atividade antimicrobiana Nossos resultados sugerem que a capacidade inibitória não está ligada somente à produção de ácidos, uma vez que a neutralização das substâncias produzidas em meio de cultura manteve inibição frente aos patógenos e fungos filamentosos testados, indicando que outras substâncias possam estar envolvidas L plantarum-L119 e o L49 mostraram capacidade de inibir E coli, S enterica, S aureus e L monocytogenes por meio das técnicas spot-on-lawn e turbidimétricas, além de apresentarem características fermentativas e tecnológicas interessantes, conforme avaliação realizada com o API5CH e APIZYM, respectivamente Dentre os principais fungos deteriorantes e micotoxigênicos, foram isoladas de amostras de queijo, 17 cepas do gênero Penicillium e identificadas por caracterização morfológica, análise de extrólitos e sequenciamento de DNA Do total de cepas avaliadas, nove foram identificadas como P commune Também foi analisada a capacidade de produção do ácido ciclopiazônico (CPA) pelas cepas de P commune isoladas neste estudo, e os resultados mostram que algumas cepas são boas produtoras enquanto outras produzem baixas quantidades de CPA, com interesse para a indústria de queijos Ao confirmar que P commune é a principal espécie deteriorante e micotoxigênica encontrada em queijos, estudamos o efeito de duas cepas de L plantarum (L119 e L49) sobre seu crescimento e produção de CPA in vitro e também em queijo L119 e L49 demonstraram boa capacidade de conter o crescimento dos fungos filamentosos e produção de micotoxinas in vitro A capacidade antifúngica do L119 se estendeu à inibição da produção de CPA em fatias de queijo Esses resultados mostraram que L plantarum-L119 é um bom candidato para uso como bioconservante na indústria de laticínios, apresentando característica tecnológica, capacidade de inibir bactérias patogênicas, fungos filamentosos e suas respectivas micotoxinas em queijo Análises adicionais devem ser realizadas para explorar sua segurança e seus efeitos organolépticos em produtos lácteos A perspectiva futura é utilizar as BAL antifúngicas em alimentos para controlar o crescimento de fungos deteriorantes e micotoxigênicos