Navegando por Autor "Dias, Douglas Fernando"
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Item Associação entre qualidade do sono, atividade física e sedentarismo em professores do ensino básico de Londrina, ParanáCorrea, Marcelly Barreto; Mesas, Arthur Eumann [Orientador]; Durán González, Alberto; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Campanini, Marcela Zambrim; Dias, Douglas FernandoResumo: Introdução: A qualidade do sono pode afetar o desempenho físico, ocupacional, os processamentos cognitivo e social, e ter consequências negativas à saúde e à vida pessoal e profissional dos professores Objetivos: Analisar a relação entre a qualidade do sono e a prática de atividade física no tempo livre (AFTL) e o tempo assistindo televisão (TV) em professores da educação básica da rede pública de Londrina, Paraná Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, de tipo coorte, que incluiu professores que atuavam como docentes em sala de aula, ministrando aulas para estudantes do nível fundamental (anos finais), e que participaram das duas etapas do estudo PRÓMESTRE (baseline em 212-213 e seguimento após 24 meses, em 214-215) A coleta de dados foi realizada em entrevista pré-agendada, com duração de aproximadamente uma hora, constituída por formulário e questionário, contendo questões sobre características sociodemográficas, de estilo de vida, saúde, ocupacionais e qualidade do sono avaliada por meio do índice Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) As análises estatísticas incluíram modelos de regressão logística ajustados por variáveis sociodemográficas (sexo, faixa etária, estado civil e renda), antropométrica (índice de massa corporal) e ocupacional (carga horária), de estilo de vida (AFTL, tempo assistindo TV, consumo de tabaco, álcool e café) e de saúde (relato de ansiedade e depressão diagnosticados por um médico) O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina Resultados: Entre os 195 professores (66,2% mulheres, idade média de 42 anos) entrevistados no baseline e classificados como referindo boa qualidade do sono (PSQI =5 pontos), a incidência de pior qualidade do sono (PSQI>5) após 24 meses foi de 31,8% (n=62) Nas análises ajustadas por todas as variáveis de confusão, os professores que eram fisicamente inativos no tempo livre no início do estudo apresentaram quase três vezes mais chance de desenvolver pior qualidade do sono ao longo do seguimento (odds ratio [OR]=2,88; intervalo de confiança [IC] 95%=1,46-7,97) Esse risco foi semelhante entre os professores que se mantiveram inativos com relação à AFTL entre o baseline e o seguimento (OR=2,72; IC 95%=1,22-6,3) Ao estratificar o tempo semanal de AFTL pelo ponto de corte de 15 minutos, manter-se inativo (AFTL<15 minutos/semana) associou-se com maior chance de pior qualidade do sono (OR=2,91; IC 95%=1,1-7,68) Com relação ao marcador de comportamento sedentário tempo assistindo TV, observou-se que os professores que assistiam TV mais 6 minutos diários tanto no baseline quanto no seguimento apresentaram maior chance de pior qualidade do sono (OR=2,7; IC 95%=1,14-6,38), independentemente dos fatores de confusão considerados Conclusão: A manutenção da inatividade física (<15 minutos semanais) e do tempo prolongado (>6 minutos diários) assistindo TV por um período de 24 meses aumentou a chance de pior qualidade do sono em professoresItem Atividade física no tempo livre e fatores ocupacionais em professores da educação básica da rede públicaDias, Douglas Fernando; Mesas, Arthur Eumann [Orientador]; Rech, Cassiano Ricardo; Ronque, Enio Ricardo Vaz; Nunes, Elisabete de Fátima Polo de Almeida; Durán González, Alberto; Loch, Mathias Roberto [Coorientador]Resumo: OBJETIVO: Aprofundar a compreensão sobre a relação trabalho e atividade física no tempo livre (AFTL) em professores da educação básica Para isso, consideraram-se os seguintes objetivos específicos: 1) Sintetizar as evidências científicas sobre fatores ocupacionais e atividade física (AF) em professores da educação básica no Brasil; 2) Analisar a associação entre fatores ocupacionais e atividade física insuficiente no tempo livre (AFI) (<15min/sem) em professores da educação básica da rede pública; e 3) Analisar a associação entre mudanças autorreferidas nas condições de trabalho e incidência e manutenção de níveis recomendados de AFTL (=15min/sem) em professores da educação básica da rede pública MÉTODOS: Para a estruturação desta tese, cada objetivo específico foi apresentado no formato de um artigo científico com metodologia, resultados e conclusões próprias, conforme descrito na sequência Objetivo 1) Revisão sistemática sem restrição de idioma ou de data de publicação com base nos descritores "professor", "atividade física" e termos relacionados Os demais objetivos específicos foram explorados no âmbito do projeto Saúde, Estilo de Vida e Trabalho de Professores da Rede Pública do Paraná (PRÓ-MESTRE), no qual professores das 2 maiores escolas estaduais de Londrina, atuantes em sala de aula e responsáveis por uma ou mais disciplinas foram entrevistados individualmente em dois momentos: baseline (nos anos de 212 e 213) e seguimento (após 24 meses) Objetivo 2) Estudo transversal com dados obtidos no baseline Objetivo 3) Estudo do tipo coorte prospectiva, mediante análise de dados do baseline e do seguimento RESULTADOS: Objetivo 1) Na revisão sistemática foram identificados 17 artigos que abordaram a AF em professores, todos publicados nos últimos dez anos, com delineamento transversal e avaliação da AF realizada por meio de questionários/formulários/escalas A prevalência de AF variou de 19,3% a 62,4% e apenas seis estudos verificaram sua associação com fatores ocupacionais No total, seis variáveis ocupacionais associaram-se à maior prática de atividade física Objetivo 2) A prevalência de AFI entre os professores entrevistados foi de 71,9%, condição associada de maneira independente à percepção de equilíbrio entre vida pessoal e profissional ruim ou regular, percepção de que o tempo de permanência em pé afeta o trabalho, percepção de capacidade atual para as exigências físicas do trabalho baixa ou muito baixa e contrato de trabalho temporário Objetivo 3) A incidência e manutenção de níveis recomendados de AFTL ao longo de 24 meses foi de 23,2% e 63,6%, respectivamente A análise ajustada mostrou que a incidência de níveis recomendados de AFTL associou-se com a manutenção de bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional, manutenção da percepção de que raramente trabalha demais e manutenção da percepção de que o trabalho raramente desgasta CONCLUSÕES: Com base nos estudos encontrados sobre o trabalho docente e a AF em professores da educação básica no Brasil, as evidências ainda são insuficientes e os resultados inconclusivos sobre tal relação Por outro lado, dois estudos originais incluídos nesta tese apresentaram evidências de que melhores condições de trabalho associam-se com menor prevalência de AFI e com maior incidência de níveis recomendados de AFTLItem Atividade física no tempo livre, barreiras e apoio social em imigrantes angolanos residentes no BrasilChingulo, Celma Marília da Natividade Leão; Loch, Mathias Roberto [Orientador]; Bortoletto, Maira Sayuri Sakai; Rech, Cassiano Ricardo; Dias, Douglas Fernando; Bortoletto, Maira Sayuri Sakai [Coorientadora]Resumo: Introdução: A atividade física, conforme tem sido conceituada no âmbito da saúde pública, é um importante fator de prevenção e promoção de saúde, envolvendo pessoas que se movem, agindo e atuando em espaços e contextos culturalmente específicos e influenciados por diversos aspectos, emoções, ideias, instruções e relacionamentos No entanto, ainda não se sabe como se dá esse comportamento em populações imigrantes, sobretudo no contexto brasileiro Objetivo: O presente estudo teve como objetivo investigar os aspectos relacionados a prática de atividade física no tempo livre, barreiras para a prática de atividade física e o apoio social em imigrantes angolanos residentes no Brasil Métodos: Trata-se de um estudo de delineamento transversal Para se chegar à amostra do estudo, fez-se o recrutamento dos participantes por meio das associações de estudantes angolanos que tinham grupo virtual, nos quais a pesquisadora principal tinha contato prévio Foi realizado o contato com associações de sete estados (Ceará, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Pernambuco), e a população estimada foi de 674 imigrantes Destes 674, obteve-se resposta de 32 indivíduos (45%) Após as exclusões, por não residirem atualmente no Brasil ou por variáveis incompletas, foram considerados no estudo 247 indivíduos (37%) Para este estudo, foram utilizadas variáveis demográficas e de saúde, o apoio social, barreiras para a prática de atividade física e a atividade física Para a mensuração do apoio social, utilizou-se a escala Medical Outcomes Study of Social Support Scale (MOS-SSS), que é composto por 4 dimensões do apoio social, material, emocional/informação, afetivo e interação social positiva, cada uma com três categorias (alto, médio e baixo), e para fins de análise, foi necessária a dicotomização; para a atividade física no tempo livre, utilizou-se a versão longa do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) Foram considerados ativos no tempo livre aqueles que pontuaram = 5 minutos/semanais; para as barreiras para a prática de atividade física, utilizou-se instrumento de Reichert (24) que apresenta oito barreiras, e além dessas, incluiu-se uma barreira relacionada com o ambiente As análises foram realizadas pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (IBM SPSS) versão 25, a partir de elementos da estatística descritiva, teste qui-quadrado e razão de prevalência a partir da regressão de Poisson com variância robusta Resultados: Entre os principais achados do estudo estão: 1) a maioria dos participantes foi classificado como sendo fisicamente ativo no tempo livre (66,4%), e houve maior prevalência de atividade física em indivíduos do sexo masculino do que na população feminina (7,6% e 5,9%, respectivamente); 2) para as dimensões afetiva, interação social positiva e emocional/informação, a maioria dos participantes apresentou apoio alto, e para o apoio material, cerca de 47,4% apresentou apoio médio; 3) foram identificadas pelo menos quatro barreiras para a atividade física com prevalência maior que 25%, sentir preguiça ou cansaço (41,7%), falta de dinheiro (36,4%), medo de se machucar realizando atividade física (29,1%), e falta de companhia (25,9%) A maioria dos participantes apresentou pelo menos uma barreira (8,1%); 4) dentre as quatro dimensões do apoio social estudadas, houve associação entre a prática de atividade física com apenas uma das dimensões, o apoio emocional/informação, após ajustado pelas variáveis demográficas e de saúde, sendo que aqueles que tinham maior apoio emocional e de informação apresentaram uma maior prevalência de prática de atividade física no tempo livre (RP=1,25, IC95%=1,4-1,5); 5) as barreiras associadas à prática de atividade física foram: sentir preguiça ou cansaço, gostar de praticar e tempo livre, sendo que os indivíduos que não referiram ter a barreira tiveram maior prevalência de atividade física no tempo livre- não sentir preguiça ou cansaço (RP= 1,38, IC95%= 1,12-1,7); gostar de praticar atividade física (RP= 2,22, IC95%= 1,2-4,13); e ter tempo livre para a prática de atividade física (RP=1,65, IC95%=1,13-2,45); 6) aqueles que referiram nenhuma barreira ou uma barreira tiveram maior prevalência de prática de atividade física no tempo livre do que aqueles que tinham quatro ou mais barreiras - nenhuma barreira (RP=1,9, IC95%=1,23-2,95) e, uma barreira (RP=1,62, IC95%=1,4-2,53) Conclusão: No presente estudo, a maior parte da amostra foi considerada fisicamente ativa no tempo livre, sendo que houve maior prevalência de prática de atividade física em homens do que nas mulheres Além disso, houve quatro barreiras para a prática de atividade física com prevalência superior a 25%, sentir preguiça ou cansaço para fazer atividades físicas, a falta de dinheiro, o medo de se machucar e a falta de companhia Por fim, ser fisicamente ativo no tempo livre se associou com altos níveis de apoio emocional e de informação, gosto pela prática de atividade física, ter tempo livre e não sentir preguiça ou cansaçoItem Autopercepção de saúde em adultos e idosos brasileiros: estudos baseados em inquéritos nacionais(2023-02-06) Kretschmer, Andressa Carine; Loch, Mathias Roberto; Lindemann, Ivana Loraine; Guerra, Paulo Henrique de Araújo; Dias, Douglas Fernando; Guidoni, Camilo MolinoIntrodução: A Autopercepção de Saúde (AS) é considerada uma medida de fácil aplicação e um bom preditor de morbimortalidade. Pesquisas relacionando o comportamento alimentar, ou relacionando a AS na população de baixa escolaridade demonstram-se escassos na literatura. Objetivo: No primeiro estudo objetivou-se relacionar a AS positiva com comportamentos alimentares em uma amostra de adultos e idosos. No segundo objetivou-se relacionar a AS positiva a variáveis sociodemográficas, comportamentais e de apoio social com uma amostra de idosos de baixa escolaridade. Metodologia: Trataram-se de dois recortes de estudos transversais, o primeiro estudo, foi realizado com uma amostra de adultos de três diferentes faixas etárias (adultos jovens, de meia-idade, e idosos) residentes de 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal entrevistados pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - VIGITEL do ano de 2017. No segundo recorte, fez-se uso de uma amostra de idosos de baixa escolaridade (de 0 a 4 anos de estudo), de diversas regiões do Brasil entrevistados pela Pesquisa Nacional de Saúde - PNS do ano de 2019. A variável dependente de ambos os estudos foi a AS positiva, as variáveis independentes do primeiro recorte foram sete comportamentos alimentares e do segundo variáveis sociodemográficas, comportamentos de saúde e apoio social. Em ambos os recortes se fez a análise descritiva dos amostrados e posteriormente construiu-se modelos de regressão de Poisson. Resultados: No primeiro estudo, foram considerados 52.166 indivíduos residentes nas capitais brasileiras, a prevalência de AS positiva foi de 66,3% obteve-se associações com todos os comportamentos alimentares estudados em ambos os sexos com os adultos jovens. As variáveis das quais obteve-se relações mais fortes foram o consumo regular de frutas e o consumo regular de hortaliças nestes obteve-se associações em todos os grupos (variando de RPaj=1,31; IC95% 1,18-1,46 a RPaj=1,14; IC95% 1,09-1,19 no consumo de frutas e de RPaj=1,36; IC95% 1,23-1,50 a RPaj=1,21; IC95% 1,13-1,30 no consumo de hortaliças). Constatou-se relação linear positiva entre o número de comportamentos alimentares positivos e a prevalência de AS positiva. No segundo recorte, em que foram considerados dados de 12.367 idosos, a prevalência de AS positiva foi de 36,7%, sendo que menores prevalências foram observadas nos pretos e pardos, e nos homens viúvos. Maiores prevalências foram encontradas naqueles que possuíam renda mais elevada (sendo de até RPaj=1,18; IC95% 1,11-1,24 nas mulheres e RPaj=1,29; IC95% 1,22-1,37 nos homens dos quais recebiam mais de 3 salários-mínimos) e naqueles que realizaram pelo menos uma consulta anual com médico (RPaj=1,25; IC95% 1,16-1,35 nos homens, e RPaj=1,22; IC95% 1,16-1,28 nas mulheres). Além destas associações, somente nas mulheres foram encontradas maiores prevalências nas solteiras, nas que praticavam atividade física no lazer, consumiam frutas e hortaliças, participavam de associações comunitárias e de atividades religiosas. Conclusões: Reforça-se a importância de políticas que promovam a adoção de comportamentos saudáveis, estímulo da participação social, da busca mais frequente por serviços de saúde, e de políticas em prol da melhoria da renda para a população com menos anos de estudo.Item Avaliação do agente comunitário de saúde para as ações de controle da hanseníase na atenção primária à saúdeBolorino, Natacha; Pieri, Flávia Meneguetti [Orientador]; Lanza, Fernanda Moura; Dias, Douglas Fernando; Ferrari, Rosângela Aparecida PimentaResumo: O objetivo foi avaliar a presença e extensão dos atributos da Atenção Primária à Saúde na realização das ações de controle da hanseníase na perspectiva do Agente Comunitário de Saúde Para isso, foram desenvolvidos quatro estudos O primeiro estudo trata-se de um protocolo de revisão de escopo que norteou a sistematização do desenvolvimento da revisão de escopo para o mapeamento e do panorama da atuação do agente comunitário nas ações de controle da hanseníase evidenciadas na literatura nacional No segundo estudo, foi desenvolvida uma revisão de escopo, com informações organizadas conforme o PRISMA-ScR, com a busca nas seguintes bases de dados: BVS, Google Acadêmico, CINAHAL, PubMed (inglês) Grey Literature Report (inglês) e Google Acadêmico (espanhol), obtendo 359 evidências científicas recuperadas e após a aplicação das quatro etapas de inclusão, resultaram em 13 evidências elegíveis Os resultados evidenciaram a importância da sua atuação junto ao indivíduo, família, grupos e sociedade no contexto dos usuários e pesquisadores Com relação ao terceiro estudo, o objetivo foi avaliar o desempenho dos atributos da Atenção Primária à Saúde nas ações de controle da hanseníase em Londrina - PR na perspectiva do Agente Comunitário de Saúde A coleta de dados ocorreu entre janeiro a março de 22, no município de Londrina – Paraná, com a aplicação do “Primary Care Assessment Tool – Hanseníase - versão ACS” para o censo de 246 Agentes Comunitários de Saúde Os resultados evidenciaram que o desempenho geral da Atenção Primária (média = 6,95/ desvio padrão = 1,8) e o escore essencial (média 7,39 / desvio padrão = 1,) apresentaram alta orientação, já o escore derivado apresentou baixa orientação (média = 6,7/ desvio padrão = 1,6) Houve diferença na presença e extensão do atributo acesso, onde a região rural apresentou menor média (4,47 / desvio padrão = 1,63) quando comparada as demais regiões O atributo integralidade aos serviços prestados ao paciente com hanseníase, a região sul (média = 6,76 / desvio padrão = 2,24) apresentou maior média em relação a região central (média 4,87 / desvio padrão = 3,44) Além disso, a região rural apresentou maior média de desempenho quando comparada as demais regiões nos atributos integralidade dos serviços prestados pelo agente comunitário (média = 8,15 / desvio padrão = 1,22), orientação comunitária (média = 7,15 / desvio padrão = 1,51) e orientação profissional (média = 4,14 / desvio padrão = 2,62) Na sequência, o quarto estudo teve como objetivo analisar as características profissionais dos Agentes Comunitários de Saúde associadas ao alto escore derivado no controle da hanseníase O número de treinamentos (de dois a três), apresentou associação positiva para as modificações no escore derivado (RP = 1,69 / IC = 1,12 – 2,57) com significância estatística de p = ,1 É essencial a sensibilização desses profissionais em relação a esses aspectos, já que, por meio desses atributos, pode-se contribuir com o controle da doença enquanto problema de saúde públicaItem Barreiras para a prática de atividades físicas no lazer em adolescentes de Londrina/PRDias, Douglas Fernando; Ronque, Enio Ricardo Vaz [Orientador]; Cyrino, Edilson Serpeloni; Reis, Rodrigo SiqueiraResumo: Embora os benefícios da atividade física para saúde de adolescentes estejam estabelecidos, a prevalência de atividade física insuficiente permanece elevada nesta população Identificar as barreiras à atividade física de adolescentes pode contribuir para o desenvolvimento de ações de promoção de atividade física mais efetivas Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a possível associação entre atividade física insuficiente e barreiras percebidas em adolescentes Este estudo transversal selecionou por meio de múltiplos estágios uma amostra representativa de 149 estudantes do ensino médio de escolas da rede pública do município de Londrina/PR As barreiras percebidas foram obtidas mediante um instrumento com 12 questões, ao passo que a atividade física de lazer foi avaliada pela seção quatro do questionário internacional de atividade física Variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais, perceptivas e biológicas também foram coletadas A associação entre atividade física insuficiente e barreiras percebidas foi realizada pela regressão de Poisson Por conta do delineamento amostral complexo, os comandos de svy do software Stata 9 foram empregados As prevalências de todas as barreiras foram elevadas e variaram de 2% a 69%, sendo “falta de companhia”, “preferência por outras atividades” e “muitas tarefas” as três mais reportadas Com exceção de “não tem alguém para levar”, as outras 11 barreiras foram associadas positivamente com a atividade física insuficiente na análise multivariável, sendo preguiça (RP: 1,24; IC95%: 1,19-1,29), preferência por outras atividades (RP: 1,22; IC95%: 1,16-1,28) e falta de motivação (RP: 1,19; IC95%: 1,12-1,28) as três mais fortemente associadas Conclui-se que as barreiras percebidas são importantes fatores associados à atividade física em adolescentes brasileiros, de modo que a sua redução pode ser uma importante estratégia para promoção da atividade físicaItem Gênero e fatores associados aos comportamentos de saúde : estudo com amostras das capitais dos estados brasileiros e do Distrito FederalEvedove, André Ulian Dall; Loch, Mathias Roberto [Orientador]; Guariglia, Débora Alves; Mielke, Grégore Iven; Bortoletto, Maira Sayuri Sakay; Dias, Douglas FernandoResumo: OBJETIVO: Analisar gênero e os fatores associados à adoção dos comportamentos de saúde em adultos brasileiros (=18 anos) das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal, mediante a dois objetivos específicos: 1Verificar a desigualdade na prática de atividade física no tempo livre entre homens e mulheres (=18 anos) das capitais brasileiras de 21 a 219; 2Comparar a prevalência de comportamentos de risco (CR) à saúde em homens idosos (=6 anos) viúvos com as de idosos com companheira, solteiros e divorciados/separados, bem como a prevalência de CR em idosos viúvos conforme faixa etária, escolaridade e raça/cor MÉTODOS: Tese estruturada conforme modelo escandinavo onde para cada objetivo específico construiu-se um artigo com métodos, resultados e conclusões próprias Os dados utilizados foram da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) O primeiro, com dados de uma década (21 a 219), teve como tema a desigualdade da prática de atividade física no tempo livre entre homens e mulheres (n=512968) Em ambos os estudos foi calculada a Razão de Prevalência (RP) a partir da regressão de Poisson Para o artigo um, foram ainda calculadas a medida de desigualdade absoluta em pontos percentuais e a regressão de Prais-Winsten para verificar a tendência ao longo do período estudado Com dados de 216 e 217, o segundo teve como tema a viuvez em homens idosos (n=11185) e comportamentos de risco à saúde: inatividade física no tempo livre; consumo irregular de frutas, verduras e legumes; tabagismo e consumo abusivo de álcool RESULTADOS: Artigo 1) A desigualdade relativa da prática da atividade física no tempo livre foi maior nos mais jovens (18 a 24 anos; RP média=2,9) e menor nos sujeitos de 45 a 64 anos (RP média=1,14) Na escolaridade, foi maior no grupo intermediário (9 a 11 anos; RP média=1,67) e menor no mais baixo ( a 8 anos; RP média=1,41) Houve diminuição das desigualdades relativas no geral (-,72 pontos percentuais (pp/ano), nos grupos etários de 18 a 24 anos (-,74 pp/ano), 25 a 34 anos (-,73 pp/ano), 35 a 44 anos (-,82 pp/ano) e no grupo de escolaridade intermediária (-,86 pp/ano) Apesar dessa redução, tanto a desigualdade absoluta como a relativa se mantiveram maiores nesses grupos Artigo 2) Comparando com idosos viúvos o tabagismo foi menor nos com companheira (RP=,68; IC95%:,52-,9) Quando considerados somente os viúvos, na comparação com os de 6 a 69 anos, observou-se menor inatividade física no tempo livre nos de 7 a 79 anos (RP=,86; IC95%:,74-,98), menor consumo irregular de frutas, verduras e legumes (RP=,78; IC95%:,66-,93), tabagismo (RP=,32; IC95%:,15-,65) e consumo abusivo de álcool (RP=,35; IC95%:,15-,83) nos mais velhos (=8 anos) Na comparação com viúvos de maior escolaridade (=12 anos), os dos grupos intermediário e mais baixo foram mais inativos no tempo livre (RP=1,16; IC95%:1,-1,35 e RP=1,15; IC95%:1,-1,31, respectivamente) e tiveram maior consumo irregular de frutas, verduras e legumes (RP=1,31; IC95%:1,4-1,65 e RP=1,6; IC95%:1,31-1,94, respectivamente) CONSIDERAÇÕES FINAIS: No primeiro artigo, apesar da redução significativa da desigualdade nos sujeitos de 18 a 44 anos e nos de escolaridade intermediária, as diferenças permaneceram maiores nesses grupos No segundo artigo observou-se relação moderada da viuvez na comparação com outras situações conjugais Considerando somente idosos viúvos, os mais velhos e de maior escolaridade tiveram menores CR Sugere-se que ações e políticas de promoção de comportamentos saudáveis devem ser planejadas considerando a relação da desigualdade de gênero com outros fatores, como a situação conjugal, faixa etária e escolaridadeItem Incidência de aumento e redução do índice de massa corporal em homens e mulheres de meia-idade : seguimento de quatro anos em município de médio porteAugusto, Nathalia Assis; Silva, Ana Maria Rigo [Orientador]; Rabacow, Fabiana Maluf; Dias, Douglas FernandoResumo: Nas últimas décadas, o Brasil passou a apresentar prevalência de excesso de peso três vezes maior que a desnutrição, com um aumento importante a partir da fase da meia-idade O objetivo deste estudo foi analisar a incidência de aumento e de redução do Índice de Massa Corporal (IMC) entre homens e mulheres segundo características sociodemográficas e classificação nutricional Trata-se de uma coorte prospectiva de base populacional com 689 adultos com idade entre 4 e 64 anos acompanhados por quatro anos Verificou-se a proporção de redução e de aumento do IMC (=1 kg/m²) segundo variáveis sociodemográficas e classificação nutricional no baseline por meio da regressão de Poisson bruta e ajustada Entre os homens, observou-se maior incidência de aumento do IMC (31,8%) do que de redução (18,2%), sendo esta diferença significativa Mesma tendência entre as mulheres, porém não significativa (35,2% de aumento, contra 27,8% de diminuição) Em mesma análise, estratificada pela classificação nutricional do baseline, observou-se que nos eutróficos a proporção de aumento foi superior à de redução (em ambos os sexos), porém, entre aqueles classificados com sobrepeso e obesidade não houve diferença significativa (nem em homens, nem em mulheres), apesar de numericamente os valores serem superiores para aumento se comparados à redução de 1 kg/m2, exceto para as mulheres obesas Comparando-se a incidência de redução e aumento de 1 kg/m2 segundo variáveis demográficas e classificação nutricional do baseline, observou-se maior incidência de redução nos homens da faixa etária de 55 a 64 anos (RR:1,78; IC95%:1,6-3,), naqueles sem companheira (RR:1,85; IC95%:1,9-3,14), nos classificados com sobrepeso (RR:2,6; IC95%:1,13-3,74) e obesidade (RR:2,33; IC95%:1,24-4,35), enquanto a incidência de aumento foi menor na faixa etária de 55 a 64 anos (RR:,62; IC95%:,41-,95) Entre as mulheres, houve maior incidência de redução na faixa etária de 55 a 64 anos (RR:1,43; IC95%:1,2-2,) e nas classificadas com obesidade (RR:2,1; IC95%:1,3-3,38), e a incidência de aumento foi menor na faixa etária de 55 a 64 anos (RR:,68; IC95%:,49-,95) Estes dados são importantes para compreensão dos fatores relacionados às variações de peso e elaboração de políticas públicas que visem o cuidado à saúde do adulto de meia-idadeItem Inquérito epidemiológico dos fatores associados à infecção e ao tratamento da hepatite C em uma regional de saúde do Paraná no período de 2015 a 2019Tiroli, Carla Fernanda; Pieri, Flávia Meneguetti [Orientador]; Faccin-Galhardi, Ligia Carla; Dias, Douglas Fernando; Furuya, Rejane KiyomiResumo: Introdução: A Hepatite C (HCV) é responsável pela maior parte dos óbitos por hepatites virais no Brasil Objetivos: descrever as características demográficas dos casos do HCV e associar os tipos de exposição com sexo, faixa etária e escolaridade; analisar a associação da resposta virológica ao final do tratamento aos tipos de esquemas terapêuticos (ET), aos genótipos (GT), ao estadiamento da doença hepática (EDH) e à carga viral (CV) Método: Trata-se de um estudo transversal analítico, a partir de dados secundários das fichas de Hepatites Virais do Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação, realizadas pelos municípios da 17ª Regional de Saúde do Paraná, e de prontuários dos casos que realizaram tratamento no Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina e no ambulatório do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema no período de 215 a 219 Os dados foram analisados no IBM Software Statistical Package for the Social Science Tanto na análise bivariada quanto na multivariável, as razões de prevalência (RP) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC) foram calculados por meio da regressão de Poisson com ajuste robusto de variância, adotando um nível de significância de ,5 No estudo referente ao tratamento, foram realizados os testes qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher, empregando-se um valor de p = ,5 CAAE: 217387199523 Resultados: Foram notificados 528 casos de HCV, com predomínio do sexo masculino (55,5%), de faixa etária de 18 a 59 anos (64,2%), de baixa escolaridade (54,6%) e da raça branca (67,6%) Obtiveram associação estatisticamente significativa entre a variável sexo masculino e os seguintes tipos de exposição: drogas injetáveis (RP 2,38; IC 95% 1,41 - 4,1), drogas inaláveis ou crack (RP 1,8; IC 95% 1,18 - 2,76), medicamentos injetáveis (RP 1,29; IC 95% 1,2 - 1,64) e três ou mais parceiros sexuais (RP 2,18; IC 95%1,5 - 3,17) Em contrapartida, a associação entre a faixa etária de 18 a 59 anos e os tipos de exposição foi estatisticamente significante para: drogas inaláveis ou crack (RP 2,6; IC 95% 1,21 - 3,51), tatuagem e piercing (RP 3,52; IC 95% 1,87 - 6,6), tratamento dentário (RP 1,26; IC 95% 1,1 - 1,56) e três ou mais parceiros (RP 1,79; IC 95% 1,18 - 2,71) No tocante ao tratamento, dos 247 casos, a maioria finalizou com êxito (92,8%) Verificou-se associação entre a Resposta Virológica Sustentada (RVS) e o ET Sofosbuvir + Daclatasvir (p = ,7), sendo que a RVS foi maior no grupo que não utilizou essas medicações Entretando, foi realizada uma análise complementar e identificada a cirrose como variável de confundimento Quanto à RVS, com tipos de GT, de EDH e de CV, constatou-se que a RVS foi maior nos portadores do GT1 (p=,5) e menor naqueles com GT3 (p-,2) Considerações finais: Espera-se que esse estudo direcione os gestores e as equipes de saúde na reestruturação das estratégias de vigilância da doença em prol da prevenção, do controle e do acompanhamento desse agravo, e que as instituições de ensino em saúde colaborem nesse processo, com a participação de seus alunos e de seus professoresItem SUS para todos, para pobres ou para ninguém? A visão de estudantes de Educação Física de três universidades públicas do ParanáPimentel, Joamara de Oliveira; Loch, Mathias Roberto [Orientador]; Dias, Douglas Fernando; Caldarelli, Pablo GuilhermeResumo: Introdução: O sistema de saúde brasileiro sofreu diversas mudanças desde o início do século XX, conforme se alteravam as condições econômicas, políticas e sociais no Brasil O sistema Único de Saúde (SUS) tem entre seus princípios a universalidade, a integralidade e a equidade No SUS atuam diferentes profissionais de saúde e, a partir da criação dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica a Educação Física, entre outras profissões, passou a ter a oportunidade de se inserir nas equipes de saúde pública Esse é um dos fatores que faz com que a formação em Educação Física precise ter uma aproximação mais estreita com o SUS Objetivo: Verificar a visão de estudantes de Educação Física (EEF) sobre como deveria ser o acesso ao SUS de maneira geral e em ações/serviços específicos Métodos: Estudo de delineamento transversal, descritivo e quantitativo com estudantes ingressantes e concluintes em 219, nos cursos de bacharelado em Educação Física de três universidades públicas do Paraná Responderam a um questionário semiestruturado 349 EEF (216 ingressantes e 133 concluintes) As questões principais avaliaram a visão dos EEF sobre o princípio da universalidade, de um modo genérico (a partir de uma pergunta geral sobre como deveria ser o acesso) e para 11 serviços/ações específicas: acompanhamento de pessoas com doenças crônicas, acompanhamento psicológico, acompanhamento de gestantes (pré-natal), atendimento domiciliar para pessoas com dificuldade de locomoção, atendimento odontológico, atendimento de urgência e emergência, fisioterapia, fornecimento de medicamentos, programas de atividades físicas, vacinação para crianças e adolescentes e vacinação para adultos Resultados: A maioria (85,4%) dos EEF considerou que o acesso deveria ser “para todos” (sem diferença entre ingressantes e concluintes, p=,9), 12,9% “para pobres” e 1,7% “para ninguém” Porém, menos da metade dos que responderam que o acesso deveria ser “para todos” (na questão geral) respondeu desta maneira em todos os 11 serviços/ações investigados Os concluintes apresentaram uma visão mais ampla sobre a integralidade que os ingressantes, sendo maior a proporção de resposta “para todos” entre os concluintes em três ações/serviços: atendimento psicológico, atendimento de pessoas com dificuldade de locomoção e programas de práticas corporais/atividade física (PCAF) Além disso, algumas destas ações/serviços apresentaram mais de 9% de resposta “para todos” tanto para ingressantes como para concluintes: atendimento a pessoas com doenças crônicas, serviços de urgência e emergência e vacinação para crianças e adolescentes, enquanto outras ações tiveram menos de 7% de resposta entre os ingressantes: atendimento odontológico, fisioterapia e fornecimento de medicamentos, sendo que entre os concluintes, o serviço/ação que teve menos de 7% de resposta “para todos” foi fisioterapia Conclusão: Um percentual elevado de EEF, tanto em ingressantes quanto em concluintes, considera que o acesso ao SUS deve ser universal, mas parece prevalecer uma visão limitada sobre os serviços/ações que devem ser “para todos”, indicando assim a necessidade de um maior foco na questão da integralidade na formação profissional