01 - Doutorado - Ciências da Reabilitação
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Navegando 01 - Doutorado - Ciências da Reabilitação por Autor "Christofoletti, Gustavo"
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Item Associação entre fadiga e sintomas não motores e motores na doença de Parkinson(2023-03-31) Terra, Marcelle Brandão; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Christofoletti, Gustavo; Vitório, Rodrigo; Andrade, Suellen Marinho; Probst, Vanessa SuzianeIntrodução: A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa, caracterizada pela perda dos neurônios dopaminérgicos da substância negra compacta do mesencéfalo. Hoje sabe-se que a doença engloba tanto sintomas motores, como a bradicinesia, tremor, rigidez, alterações posturais e da marcha, assim como sintomas não motores, entre eles as alterações do sono, do humor, problemas urinários, disfunções na fala, disfagia, hiposmia, constipação, comprometimento cognitivo, distúrbios autonômicos e fadiga. O quadro de sintomas não motores é muito relevante e tem impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos. A fadiga é um sintoma muito prevalente na doença, atingindo até 50% dos indivíduos e que pode ser muito incapacitante. Apesar de sua importância no contexto da DP, ainda é um sintoma insuficientemente estudado na literatura. Objetivos: o nosso estudo almejou verificar a associação entre a fadiga com: características demográficas (sexo, idade, tempo de diagnóstico, escolaridade, índice de massa corporal - IMC, dose de medicamento dopaminérgico), clínicas (ansiedade e depressão, cognição, estadiamento da doença – escala de Hoehn Yahr - HY) e com o equilíbrio, sintomas motores e sintomas não motores da doença. Metodologia: Primeiramente, categorizamos nossa amostra em dois grupos: “fadiga” e “não fadiga”, com objetivo de os comparar em relação as variáveis citadas. Foram desenvolvidas duas pesquisas: (1) no primeiro estudo, realizamos análise de correlação, para verificar a relação entre o desfecho equilíbrio, avaliado por meio da plataforma de força, e a fadiga, avaliada por meio da Parkinson Fatigue Scale (PFS). Além disso, comparamos os grupos “com fadiga” e “sem fadiga” nas variáveis demográficas, sinais e sintomas da DP e equilíbrio; (2) no segundo estudo, investigamos a associação entre a fadiga, avaliada de forma subjetiva por meio da PFS, e os dados demográficos, estadiamento da doença, ansiedade e depressão, cognição e os sintomas não motores e motores da doença (Movement Disorder Society – Unified Parkinson’s disease Rating Scale). Foi também realizada a comparação entre os grupos (“fadiga” e “não fadiga”), nas variáveis citadas. Resultados: no primeiro estudo, verificamos que não houve correlação entre as variáveis de fadiga e os parâmetros de controle postural (área do centro de pressão dos pés, velocidade e amplitude) e que não houve diferença entre os grupos “low-fatigue” e “high-fatigue”. No segundo estudo, verificamos que o grupo “fadiga” apresentou: maior pontuação na escala de HY, maior severidade dos sintomas não motores e motores relacionados às atividades de vida diária, mais complicações motoras e maior ansiedade e depressão. De acordo com os modelos de análise de regressão, nossos resultados apontam que a fadiga se associa a menor dose diária equivalente de levodopa e ao aumento do: IMC, ansiedade e depressão, sintomas não motores das experiências da vida diária. Conclusão: De acordo com os achados dos dois estudos que compõem esta tese, a fadiga esta´ mais relacionada aos sintomas na~o motores, quando comparado ao comprometimento motor em si. Estes resultados reforc¸am a importa^ncia de uma abordagem sistematizada dos sintomas na~o motores na DP.Item Efetividade e percepções sobre um protocolo de telerreabilitação em indivíduos com doença de Parkinson durante a pandemia da COVID-19 no Brasil: série de casos prospectiva e estudo qualitativo(2023-04-06) Barboza, Natália Mariano; Santos, Suhaila Mahmoud Smaili; Fujisawa, Dirce Shizuko; Christofoletti, Gustavo; Molin, Larissa Laskovski Dal; Garanhani, Mara LúciaDevido à pandemia da COVID-19, mudanças se fizeram necessárias no campo da fisioterapia, exigindo novos modelos de cuidado em saúde, como por exemplo, a telerreabilitação. Objetivo: Foram elaborados dois trabalhos independentes com objetivos de (1) investigar a efetividade de um programa de telerreabilitação na qualidade de vida, ansiedade, depressão, medo de cair, cognição, funcionalidade e nos sinais e sintomas relacionados às atividades de vida diária de indivíduos com doença de Parkinson (DP) e (2) compreender o significado da experiência de indivíduos que convivem com a DP a respeito de um protocolo de telerreabilitação. Método: Trata-se de uma série de casos prospectiva envolvendo 40 pacientes com DP de leve a moderada, recrutados de um ambulatório especializado em fisioterapia neurofuncional, antes tratados presencialmente. O estudo foi composto por: 1) Averiguação, por meio de ligações telefônicas, da possibilidade dos participantes integrarem um programa de telerreabilitação. 2) Treinamento para uso das tecnologias necessárias para participação no programa. 3) Avaliação pré e pós-intervenção por meio dos instrumentos: Parkinson Disease Questionnaire (PDQ-39), Hospital Anxiety Depression Scale (HADS), Falls Efficacy Scale (FES-I), fluência verbal (FV), Five Times Sit-to-Stand (5TSTS), MSD – Unified Parkinson ´s Disease Rating Scale II (MDS-UPDRS II). 4) Protocolo de intervenção remota composto por 20 sessões semanais de fisioterapia síncronas, materiais gráficos e vídeos contendo exercícios físicos e cognitivos, palestras educativas e outras atividades. 5) Análise qualitativa a respeito das percepções dos indivíduos sobre a telerreabilitação, por meio de entrevistas guiadas por um roteiro semiestruturado e viabilizadas por ligações telefônicas gravadas, posteriormente transcritas, categorizadas e analisadas, com base nos princípios da fenomenologia de acordo com os pressupostos de Martins e Bicudo. Resultados: Os indivíduos apresentaram melhora na funcionalidade avaliada pelo 5TSTS e cognição avaliada pelo teste de FV após a realização do protocolo. Da análise qualitativa emergiram quatro temas: 1) Expectativas relativas à fisioterapia por meio da telerreabilitação durante a pandemia; 2) Vivências do novo cotidiano; 3) Percepções sobre si em frente ao programa de telerreabilitação proposto; 4) Um olhar sobre o protocolo. Conclusão: O protocolo de telerreabilitação foi efetivo para resultados funcionais motores (5TSTS) e cognitivos (FV) e para a manutenção dos demais desfechos avaliados. A apreensão e o medo se fizeram presente na implantação do protocolo, no entanto, a experiência prévia com a fisioterapia presencial e a equipe permitiram sentimentos de felicidade, contentamento, acolhimento e satisfação com a possibilidade de retorno às atividades. Os indivíduos participaram ativamente do programa com compromisso e corresponsabilidade, no entanto, a falta de contato, equipamentos limitados e a constante preocupação com a segurança e individualidade dos participantes devem ser ressaltadas.