CESA - CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS
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Navegando CESA - CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS por Autor "Almeida, Carla Cecília Rodrigues"
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Item Conselheiros municipais de saúde e seus vínculos partidários : caminhos que se cruzam no exercício da representação políticaBassi, Liana Lopes; Pastor, Márcia [Orientador]; Romão, Wagner de Melo; Almeida, Carla Cecília Rodrigues; Rizzotti, Maria Luiza do Amaral; Fortuna, Sandra Lourenço de AndradeResumo: Este trabalho filia-se ao referencial teórico cuja compreensão é de que as Instituições Participativas (IPs), que têm a participação social como um dos componentes na gestão das políticas públicas, promovem uma pluralização da representação política, que passa a ser exercida também fora do lócus privilegiado do sistema representativo tradicional, via partidos políticos Nessas IPs, atores da esfera governamental e da sociedade civil são investidos de poder representativo quando eleitos ou indicados para compor o colegiado dessas instituições Focamos a representação exercida por conselheiros municipais de saúde de alguns municípios do Norte do Paraná e partimos do pressuposto de que as instâncias e os atores da representação política tradicional e conselhista cruzam-se no exercício da representação, renovando os repertórios das relações entre Estado e sociedade civil Os conselheiros, como representantes, podem transitar em um terreno com articulações alinhadas à representação política tradicional, propiciando um processo de intermediação inédito que precisa ser melhor investigado para compreender sua dinâmica e seus efeitos para as políticas públicas A pesquisa analisa como os conselheiros municipais de saúde estabelecem vínculos com a representação política tradicional, o que permitiu identificar e descrever a dinâmica do cruzamento dessas duas formas de representação na atuação dos conselheiros, para tentar compreender possíveis influências na política pública de saúde Os dados foram analisados a partir de três categorias: trajetória política dos conselheiros; representação política e percepções sobre o papel de conselheiro; relação que os conselheiros estabelecem com o sistema representativo tradicional Os resultados indicam que a trajetória política dos conselheiros favoreceu o ingresso nos partidos políticos e que esta relação é anterior à condição de conselheiro Observam-se a intermediação com o sistema político tradicional ser atravessada por vários fatores como ganhos políticos provenientes; o resquício do coronelismo e o uso da força no estabelecimento dos consensos; a negação da própria política como um dos elementos que perpassa as decisões dos conselheiros; e a não identificação das propostas partidárias e sua relação com os princípios do SUS Portanto, recuperar a dimensão política dos conselhos e compreendê-la na relação com o sistema partidário e na intermediação com outros circuitos de representação é tarefa a se fazer Assim, podem-se apontar as possibilidades de os conselheiros assumirem seu papel nessas IPs, sem mascaramento dos conflitos, assumindo a existência de interesses representados nos segmentos que as compõem Os conselhos são espaços de contradição em que há disputas da concepção de saúde e de projetos societários Nessa disputa, desvelar como as relações da representação conselhista e representação tradicional se dão e se cruzam contribui para a ampliação das análises sobre o potencial dessas IPs para confrontar ou favorecer o projeto dominante para a saúde e para a democraciaItem A participação das mulheres na política parlamentar : limites e desafiosPeixoto, Valdirene Aparecida Scodro; Carloto, Cássia Maria [Orientador]; Rocha, Andreia Pires; Almeida, Carla Cecília RodriguesResumo: A presente pesquisa pretende analisar quais os limites e desafios que as mulheres encontram para a participação nas campanhas eleitorais e nas condições de elegibilidade Conquanto a adoção de ações afirmativas para aumentar o número de participação das mulheres na política parlamentar, especialmente, as cotas eleitorais por sexo, seja datada de 1995, o número de mulheres eleitas ainda é muito baixo Nas eleições de 218 elas conseguiram apenas 15,1% das vagas da Câmara Federal e 1% da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná Nas eleições de 216 elas conseguiram 13,5% das vagas na Câmaras Municipais Para a coleta de dados foram entrevistadas seis mulheres que se candidataram a deputadas federais e estaduais domiciliadas na região de Maringá-Paraná de diferentes partidos políticos Para interpretar as entrevistas foi utilizada a análise de conteúdo porque nos propomos a buscar os núcleos de sentido que fazem parte de uma comunicação cuja presença ou frequência tenham significado para o objetivo, buscando uma forma mais interpretativa O texto da presente Dissertação se divide em quatro capítulos: O primeiro capítulo intitulado Patriarcado, liberalismo e a cidadania das mulheres tem como objetivo contextualizar os limites e desafios colocados para as mulheres no que se refere ao exercício da cidadania, especialmente, no que se refere à participação na política eleitoral, considerando a realidade social brasileira que adota ideais do liberalismo combinados com os valores do patriarcado O segundo capítulo: Governo representativo e participação social problematiza a questão da representação e da sub-representação das mulheres O terceiro capítulo destaca a História da participação das mulheres na política no Brasil, analisando desde as décadas finais do século XIX até o movimento histórico e social de luta que se deu e que culminou em 1995 com a conquista da política de cotas eleitorais para mulheres e como ela vem se desenvolvendo desde então O capítulo quarto com o título Participação das mulheres nas eleições de 218 da região de Maringá-Paraná analisa as entrevistas, ressaltando questões que corresponderam aos desafios e limites enfrentados que apareceram na fala das seis entrevistadas: A dificuldade em romper com a naturalização do feminino; a difícil conciliação com outras tarefas, principalmente com o trabalho doméstico; as dificuldades quando se depararam com o chamado “jogo” político; a falta de apoio dos partidos; a competição acirrada dentro e fora do partido político; a impotência diante da diferença de tratamento em relação aos que foram para a reeleição e os que têm herança política familiar; a destinação de pouco recurso financeiro pelo partido para suas candidaturas e a difícil dinâmica da busca e uso dos recursos