01 - Doutorado - Saúde Coletiva
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Navegando 01 - Doutorado - Saúde Coletiva por Autor "Almeida, José Roberto de"
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Item Alterações no desempenho cognitivo e funcional após quatro anos de seguimento em população com 50 anos ou mais : projeto VigicardioVieira, Maria Cristina Umpiérrez; Cabrera, Marcos Aparecido Sarria [Orientador]; Bortoletto, Maira Sayuri Sakay; Almeida, José Roberto de; Dellaroza, Mara Solange Gomes; Silva, Ana Maria RigoResumo: OBJETIVO: Identificar a incidência de declínio cognitivo e dependência funcional em pessoas com 5 ou mais anos residentes na comunidade e analisar a relação com as variáveis sociodemográficas, de estilo de vida e de condições de saúde Para isso, analisou-se a associação entre mudanças em fatores de risco com incidência de declínio cognitivo (DC) e incidência de dependência funcional para atividades instrumentais da vida diária (AIVD) MÉTODOS: Para a estruturação desta tese, cada objetivo específico foi apresentado no formato de um artigo científico com metodologia, resultados e conclusões próprias, cujos dados foram obtidos em um projeto de pesquisa de base populacional conhecido como VIGICARDIO, no qual uma amostra representativa de pessoas do município de Cambé, Paraná, foram entrevistadas em dois momentos: linha de base (211) e seguimento (215) Ambos os artigos são estudos epidemiológicos observacionais do tipo coorte que utilizam dados dos dois momentos do VIGICARDIO O primeiro aborda o declínio cognitivo, ao passo que o segundo manuscrito tem como desfecho principal a dependência funcional para realização de AIVD RESULTADOS: Artigo 1 - A incidência de DC foi de 13,1%, condição associada de maneira independente à perda do companheiro durante o seguimento (RR=2,86; IC95%=1,22-6,71) e à presença de depressão (RR=3,5; IC95%=1,65-7,43) Artigo 2 - A incidência de dependência para AIVD ao longo de quatro anos foi de 18,9% A análise ajustada mostrou que esse agravo associou-se com baixa escolaridade (RR=1,99; IC95%=1,32-3,), menor condição socioeconômica (RR=2,3; IC95%=1,24–3,32), ausência de atividade laboral (RR=2,46; IC95%=1,31–4,61), consumo insuficiente de frutas e verduras (RR=1,9; IC95%=1,6–3,38), menor pontuação no mini exame do estado mental (RR=2,52; IC95%=1,53–4,17) e tendeu a se associar com diabetes mellitus (RR=1,39; IC95%=,92–2,1) CONCLUSÕES: Os estudos originais incluídos nesta tese apresentaram evidências de que fatores modificáveis, principalmente piores condições socioeconômicas e condições crônicas passiveis de prevenção e de controle, estão associadas a alta incidência de DC e de dependência para AIVD Estes dados refletem as iniquidades sociais e as falhas do sistema de saúde e sugerem a necessidade de planejamento político estratégico que vise o cuidado integral da populaçãoItem Indicadores de bem-estar emocional e doenças crônicas : associação da autopercepção da felicidade, amor e bom humor à condição de saúde de adultos e idosos de Matinhos, ParanáVosgerau, Milene Zanoni da Silva; Cabrera, Marcos Aparecido Sarria [Orientador]; Tinti, Dione Lorena; Nunes, Elisabete de Fátima Polo de Almeida; Souza, Regina Kazue Tanno de; Almeida, José Roberto deResumo: Este estudo, de base populacional e delineamento transversal, teve como objetivo analisar a associação de desfechos relacionados ao bem-estar emocional como autopercepção de felicidade, amor e bom humor à presença de hipertensão arterial, diabetes mellitus, depressão e dor crônica A população de estudo consistiu em adultos com 4 anos ou mais residentes permanentemente no município de Matinhos/PR A coleta de dados, que utilizou dados dos setores censitários do IBGE, foi realizada por meio de entrevista semiestruturada com questões referentes às variáveis socioeconômicas e demográficas, estilo de vida, fatores relacionados a emoções e situações positivas, religião, espiritualidade e crenças pessoais, saúde autorreferida, consumo contínuo de medicamentos e uso dos serviços de saúde Para análise estatística utilizou-se a regressão logística, cujos desfechos foram os indicadores de bem estar emocional Entrevistou-se 638 indivíduos entre abril e julho de 211 A perda foi de 4,5% Como resultado, mais da metade dos entrevistados tinham entre 4 e 59 anos (58,9%), não chegaram a concluir o primeiro grau (57,5%), não tem vínculo empregatício (6,6%) e foram classificados no estrato C da ABEP (57,1%), sendo que 29,8% das famílias tem renda inferior a R$ 6, Do total de entrevistados, apenas 32,6% apresentaram escores _ 3, que segundo a classificação escala de satisfação com vida (SWLS) são considerados como extremamente satisfeitos A média do escore na SWLS foi de 25,38 [dp=6,4], sendo que o maior preditor para a autopercepção positiva da felicidade foi menor intensidade da dor crônica Com relação ao amor, 82,1% referiram se sentirem amados sempre por seus familiares e amigos A frequência de bom humor, ou seja, sorrir sempre ou na maior parte das vezes foi de 75,5% No desfecho conjugado de bem-estar emocional – felicidade, amor e bom humor – a prevalência encontrada foi 24,9% Os fatores ‘dor crônica’ e ‘depressão’ se mantiveram associados inversamente ao bem-estar emocional, o que aponta que estas patologias atuam como marcadores relevantes de baixa qualidade de vida, ao passo que, valores, crenças religiosas e renda – questões vinculadas às dimensões espirituais, existenciais e materiais – se mostraram como significativos indicadores positivos de bem-estar emocional A partir dos achados da investigação, foi possível identificar contribuições e desafios para concepção do objeto saúde, prática clínica e políticas públicas da perspectiva positiva para o campo da saúde coletiva Sugere-se que seja inserida a reflexão acerca dos fatores de promoção da saúde e indicadores positivos na formação permanente dos profissionais de saúde, com intuito de consolidar movimentos importantes para o Sistema Único de Saúde, tais como Estratégia Saúde da Família, Cidades Saudáveis e Redes de Cuidados em Saúde