01 - Doutorado - Ciências Biológicas
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Navegando 01 - Doutorado - Ciências Biológicas por Autor "Assis, Helena Cristina da Silva de"
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Item Avaliação dos efeitos do arsênio para peixes utilizando-se diferentes biomarcadores e modelos experimentais(Universidade Estadual de Londrina, 2021-05-26) Modesto, Kathya Assmann; Martinez, Claudia Bueno dos Reis; Assis, Helena Cristina da Silva de; Fernandes, Marisa Narciso; Souza, Marta Marques de; Loro, Vânia LúciaResumo: O arsênio é um metaloide amplamente utilizado em diversos tipos de indústrias, na fabricação de agrotóxicos, na mineração e fundição, além de ser liberado na queima de combustíveis fósseis. A grande descarga deste composto no ambiente levou a contaminação de corpos de água por todo o globo, expondo diversas espécies à água contaminada. Os efeitos desse metaloide para organismos aquáticos têm sido avaliados, entretanto ainda são poucos os dados para espécies neotropicais. Além disso, a maioria dos estudos foi realizada com animais expostos ao As por períodos longos de tempo ou a altas concentrações. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos e mecanismos de toxicidade do As utilizando-se diversos biomarcadores e duas espécies de peixes como modelos experimentais, sendo eles juvenis do teleósteo Neotropical Prochilodus lineatus (exposições in vivo) e a linhagem celular de hepatócitos de Danio rerio – ZFL (exposições in vitro). Para os experimentos in vivo, juvenis de P. lineatus foram expostos ao As nas concentrações (em μg L-1) de 0,1 (As 0,1), 10 (As 10) e 1000 (As 1000) e um grupo foi mantido em água desclorada e constituiu o grupo controle (CTR). Decorrido os tempos experimentais (24 e 96 h), os animais foram anestesiados em benzocaína e o sangue foi retirado pela veia caudal. Em seguida, os peixes foram mortos por secção medular para retirada dos órgãos (fígado, músculo e cérebro). Após a realização de análises hematológicas, o sangue foi centrifugado e o plasma foi armazenado (-20C) para análise de íons plasmáticos. Os órgãos foram armazenados (-70C) e posteriormente o fígado foi processado para análises de parâmetros de estresse oxidativo: atividade da superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx) e glutationa S-transferase (GST), conteúdo de glutationa (GSH) e lipoperoxidação (LPO). Em cérebro e músculo foi determinada a atividade da acetilcolinesterase (AChE). Os resultados mais evidentes foram observados após 96 h, nos grupos As 10 e As 1000, nos quais houve redução na concentração plasmática de Na+ e aumento de K+, além de aumento na atividade hepática da GPx, SOD e CAT. Também ocorreu inibição da AChE no cérebro, no mesmo tempo experimental. Para os experimentos in vitro, células ZFL foram expostas ao As nas concentrações (em μg.L-1) de 0,1 (As 0,1), 10 (As 10) e 100 (As 100), ou somente ao PBS (CTR), por 1, 3 e 6 h. Foram avaliadas a viabilidade celular pela funcionalidade mitocondrial (MTT) e integridade da membrana (Azul de Trypan), a geração de espécies reativas de oxigênio (ERO), a capacidade antioxidante total (ACAP) e a genotoxicidade (teste do cometa). Os resultados mais relevantes foram nos grupos As 10 e As 100 após 6 h, nos quais houve diminuição da geração de ERO e aumento da ACAP. Com relação a genotoxicidade, o As promoveu aumento nos danos no DNA nas células ZFL em todos os tempos de exposição. Assim, tanto P. lineatus como a linhagem celular ZFL foram sensíveis ao As, demonstrando importantes alterações mesmo após exposição por curto período de tempo e a baixas concentrações do metaloide.Item Efeitos dos contaminantes emergentes cafeína e triclosan em teleósteo NeotropicalSantos-Silva, Thais Graciano; Martinez, Cláudia Bueno dos Reis [Orientador]; Assis, Helena Cristina da Silva de; Souza, Marta Marques de; Rocha, Juliana Delatim Simonato; Santos, Dayana Moscardi dosResumo: Contaminantes emergentes são compostos frequentemente encontrados em baixas concentrações nos ecossistemas aquáticos e que podem ocasionar danos à biota local, mas que ainda não possuem leis que regularizem seu descarte nesses ambientes Produtos farmacêuticos e de higiene pessoal merecem destaque nesta categoria de contaminantes, uma vez que são substâncias de uso diário relacionadas à saúde e bem-estar da espécie humana Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de dois contaminantes emergentes, cafeína e triclosan, para o peixe Neotropical Prochilodus lineatus, por meio de biomarcadores bioquímicos, genéticos, fisiológicos, hematológicos e comportamentais, após 24 e 168 h de exposição Para isso, peixes jovens foram colocados em aquários contendo água limpa (CTR), concentrações de cafeína de ,3; 3 e 3 µgL-1 (CAF ,3; CAF 3 e CAF 3), concentrações de triclosan de ,1; 1 e 1 µgL-1 (TCS ,1; TCS 1 e TCS 1) ou metanol (solvente do triclosan) Dos resultados obtidos pode-se destacar que a cafeína aumentou a atividade de enzimas de biotransformação no fígado e diminui no cérebro após 168 h, porém isto não se refletiu num estado de estresse oxidativo A cafeína também promoveu alterações nas concentrações plasmáticas de alguns íons e redução na atividade branquial de ezimas de transporte iônico, tanto em 24 h quanto em 168 h O comportamento na natação de P lineatus também foi afetado pela cafeína, porém esta interferência parece não estar relacionada com a atividade da acetilcolinesterase muscular Por sua vez, o triclosan foi mais tóxico para P lineatus ocasionando a morte de alguns indivíduos e promovendo danos oxidativos no fígado dos peixes expostos à maior concentração (TCS1) durante 168 h Em conjunto, esses resultados mostram que a exposição ao triclosan causa danos mais severos no fígado enquanto a cafeína atua mais nas brânquias e no sistema nervoso, influenciando o comportamento de P lineatus Além disso, cabe ressaltar que tanto a cafeína como o triclosan precisam ser incluídos na legislação ambiental, uma vez que a presença destes contaminantes em corpos de água promovem alterações significativas na homeostase de uma espécie de peixe NeotropicalItem As vias de exposição e a biologia das espécies podem interferir na toxicidade dos metais? Efeitos do cobre em três teleósteos NeotropicaisPaula, Angélica Alves de; Martinez, Cláudia Bueno dos Reis [Orientador]; Duarte, Rafael Mendonça; Assis, Helena Cristina da Silva de; Lauer, Mariana Machado; Rocha, Juliana Delatim SimonatoResumo: O cobre é um metal essencial que em concentrações acimas das requeridas pelos organismos pode se tornar tóxico Os efeitos deste metal na água foram e são amplamente avaliados pela ecotoxicologia em peixes de água doce, principalmente em espécies das regiões temperadas No entanto, no que diz respeito a contaminação pela dieta, há muito ainda a ser explorado Além disso, estudar a toxicidade do cobre e seus efeitos em espécies Neotropicais se faz necessário, uma vez que os estudos com peixes dessa região são mais escassos Assim, o objetivo geral deste trabalho é avaliar os efeitos da exposição aguda (96 h) ao cobre em três espécies de peixes Neotropicais, por meio de diversos biomarcadores e da análise de bioacumulação e verificar os efeitos deste metal sobre a perspectiva de diferentes vias de exposição em uma espécie carnívora Para avaliar os efeitos do metal na água, em espécies Neotropicais, Astyanax altiparanae, Hoplias malabaricus e Geophagus brasiliensis foram expostas as concentrações de 5 µg L-1, 1 µg L-1 e 2 µg L-1 de cobre (Cu 5, Cu 1 e Cu 2) Para cada espécie, um grupo foi mantido em água desclorada e constituiu o grupo controle (CTR) Decorrido 96 h, os animais foram anestesiados em benzocaína e o sangue foi retirado pela veia caudal Após, os peixes foram mortos por secção medular para retirada dos tecidos (brânquias, trato gastrointestinal, fígado, rim, músculo e cérebro) Os órgãos foram armazenados (-72ºC) e processados para análises de parâmetros fisiológicos e bioquímicos Das três espécies avaliadas A altiparanae foi a mais sensível ao cobre Essa espécie demonstrou desequilíbrio iônico (Na+ e Cl-), danos em biomoléculas (lipoperoxidação e danos no DNA) e até mesmo morte de 25% dos peixes no grupo Cu 2 G brasiliensis parece ter sido a espécie menos sensível, uma vez que não apresentou redução nas concentrações iônicas plasmáticas e tampouco estresse oxidativo H malabaricus foi a única espécie em que o cobre não acumulou em nenhum tecido Assim, essa espécie não apresentou danos oxidativos, porém uma hipocalcemia concentração dependente foi observada Uma vez que a toxicidade do cobre via água foi verificada para H malabaricus, essa espécie foi submetida a exposição pela via trófica para investigar a importância da via de exposição na toxicidade do cobre Um grupo de 1 animais recebeu, a cada 96 h, A altiparanae previamente exposta (96 h) a 2 µg L-1 de cobre e constituiu o grupo EXP Outro grupo recebeu A altiparanae mantidos apenas em água desclorada e consistiu no grupo CTR Após um período de 4 dias (1 alimentações) os animais foram amostrados, conforme descrito anteriormente, para retirada dos tecidos Parâmetros fisiológicos e de estresse oxidativo foram avaliados Os animais do grupo EXP apresentaram não só distúrbios iônicos, como na exposição via água, mas acúmulo de cobre no sangue, anemia e indícios de estresse oxidativo Dessa forma, foi demonstrado a importância da via de exposição na toxicidade do cobre