01 - Doutorado - Fisiopatologia Clínica e Laboratorial
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Navegando 01 - Doutorado - Fisiopatologia Clínica e Laboratorial por Autor "Oliveira, Karen Brajão de"
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Item Avaliação da presença das mutações nos genes KRAS e EGFR e o envolvimento da expressão proteica do receptor CXCR4 em pacientes com câncer colorretal(2024-02-23) Fernandes, Mayara Bocchi; Amarante, Marla Karine; Hirata, Bruna Karina Banin; Oliveira, Carlos Eduardo Coral de; Vitiello, Glauco Akelinghton Freire; Pereira, Nathália de Sousa; Oliveira, Karen Brajão deO câncer colorretal (CCR) é uma doença multifacetada na qual ocorre um complexo processo de carcinogênese. Mutações nos genes KRAS e EGFR estão envolvidas no desenvolvimento e progressão do CCR, associadas a mau prognóstico e resistência a certas terapias. Além disso, o eixo CXCL12/CXCR4 e outras vias podem desempenhar papéis essenciais na criação de um ambiente de suporte para o avanço do tumor, evasão imunológica, angiogênese e metástase na carcinogênese do CCR. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar mutações nos genes KRAS e EGFR, perfil MSI e a expressão do receptor CXCR4 no CCR. Tratou-se de um estudo transversal, no qual foram avaliados 66 pacientes atendidos no Hospital do Câncer de Londrina (HCL), de ambos os sexos. A análise das mutações nos genes KRAS e EGFR foi realizada por meio de reação em cadeia da polimerase, seguida de restrição enzimática (PCR-RFLP) e a expressão de CXCR4 foi realizada através de imuno-histoquímica (IHQ). O HCL analisou a instabilidade de microssatélites através da expressão das proteínas de reparo de incompatilidade do DNA (MSH6, MSH2, MLH1, PMS2) por técnica de IHQ. Os demais parâmetros clinicopatológicos analisados, foram obtidos partir dos prontuários dos pacientes. A análise dos dados foi realizada por meio do coeficiente Tau de Kendall, adotando um nível de significância de 5%. A mediana da idade dos pacientes foi de 64 anos, com intervalo interquartil de 57,5 - 69,5 anos e 51,5% eram do sexo feminino. As frequências de mutações nos genes foram as seguintes: 40,9% no códon 12 de KRAS, 31,8% no códon 13 de KRAS e 1,5% no códon 21 do EGFR. Nenhum paciente apresentou mutação no códon 19 do EGFR. No presente estudo, a mutação no códon 13 de KRAS correlacionou-se com um maior estadiamento da doença (Tau = 0,259; p = 0,031), número de linfonodos regionais acometidos (Tau = 0,267; p = 0,040) e com a expressão de MSH6 (Tau = 0,174; p = 0,04). Já a mutação no códon 12 de KRAS, correlacionou-se com a idade avançada (Tau = 0,358; p = 0,006). Com relação a MSI, a maioria dos pacientes expressavam as proteínas de reparo de incompatibilidade do DNA, indicando uma estabilidade de microssatélites. Além disso, a expressão de MSH6 correlacionou-se com menor idade e a expressão de MLH1 e PSM2 correlacionou-se com um menor tamanho tumoral. Quanto ao perfil de imunomarcação do CXCR4, a expressão do receptor no tecido tumoral foi encontrada, em sua maioria, em pacientes positivos para o acometimento de linfonodos, com tamanho tumoral T3, estadiamento III, positivos para as proteínas de reparo de DNA e negativos para mutação nos códons 12 e 13 de KRAS. As mutações em genes associados com o processo de carcinogênese colorretal encontradas no presente estudo, estão diretamente relacionadas com condições clinicopatológicas mais avançadas da doença. Portanto, a utilização de biomarcadores na prática clínica faz-se importante para as decisões diagnósticas, prognósticas e preditivas do CCR, além de constituir a base da medicina personalizada.Item Avaliação dos efeitos da variante genética MTHFR 677c>T (rs1801133) sobre a suscetibilidade à esclerose múltipla, incapacidade por agravamento e progressão da doença(2024-04-18) Ribeiro, Claudia Mara; Reiche, Edna Maria Vissoci; Maciel, Damacio Ramon Kaimen; Oliveira, Karen Brajão de; Lozovoy, Marcell Alysson Batisti; Luz, Tamires Flauzino; Oliveira, Sayonara RangelIntrodução: Vários mecanismos fisiopatológicos estão envolvidos na patogênese da esclerose múltipla (EM), entre eles a elevação dos níveis da homocisteína (Hcy). Variantes no gene MTHFR associadas ao aumento da Hcy são descritas; no entanto, os resultados são conflitantes sobre seu papel na fisiopatologia da EM. Objetivos: Realizar uma revisão da literatura sobre a relação entre a variante genética MTHFR 677C>T, níveis de Hcy, vitamina B12 e folato e sua associação com a suscetibilidade e fisiopatologia da EM; avaliar os efeitos da variante genética MTHFR 677C>T (rs1801133) sobre a suscetibilidade, incapacidade e progressão da doença. Métodos: Na revisão da literatura, utilizou-se as bases de dados PubMed/US National Library of Medicine/USA para a busca de artigos originais publicados no idioma Português e Inglês, no período de 1990 a 2023. Realizou-se, também, um estudo caso-controle em que foram avaliados 163 pacientes com EM e 226 indivíduos controles. O grau de incapacidade dos pacientes foi avaliado pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) e a progressão da doença foi avaliada pela escala Multiple Sclerosis Severity Score (MSSS). A genotipagem da variante MTHFR 677C>T foi realizada pela reação em cadeia da polimerase em tempo real. Foram avaliados os valores plasmáticos de marcadores inflamatórios como a proteína C reativa (PCR), interleucina (IL)2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17, interferon (IFN)-?, fator de necrose tumoral (TNF)-a e seus receptores solúveis (sTNFR1 e sTNFR2) e marcadores metabólicos como homocisteína, folato, 25 hidroxivitamina D [25(OH)D] e adiponectina. Dois novos escores foram propostos: índice de atividade inflamatória (IAI) composto pelos valores de citocinas de macrófagos M1 (IL-6 e TNF-a) + citocinas Th1 (IL-2 e IFN-?) + citocinas Th17 (IL-6 e IL-17) e citocinas regulatórias Th2 +T regulatórias (IL-4 e IL-10) e TNF-a+sTNFR1+sTNFR2; índice de gravidade da EM composto por o diagnóstico da EM + EDSS + MSSS. Resultados: No artigo 1, foram selecionados 30 estudos que avaliaram a associação dos níveis de Hcy, folato e vitamina B12 entre os pacientes com EM e indivíduos saudáveis. Os principais resultados encontrados foram: 18 estudos descreveram valores elevados de Hcy em pacientes com EM comparados aos controles; em relação aos valores de folato, 3 estudos mostraram diminuição e 1 estudo mostrou aumento nos pacientes com EM comparados aos controles. Em relação aos valores de vitamina B12, 8 estudos os valores foram menores nos pacientes comparados aos controles. Quando avaliada a possível associação entre a variante genética MTHFR 677C>T e a EM, foram selecionados 11 estudos realizados em diferentes populações; 5 artigos mostraram associação e 6 apresentaram resultados discordantes. No artigo 2, os resultados mostraram que a variante genética MTHFR 677 C>T não foi associada com a suscetibilidade à EM, incapacidade por agravamento e progressão da incapacidade (p>0,05); 21,8% da variação da incapacidade foi explicada pela idade, IAI e PCR (todos positivamente associados); 54,4% da variação do índice de gravidade foi devido a idade, IAI, Hcy, folato e PCR (todos positivamente) e adiponectina, sexo masculino, índice de massa corporal variante MTHFR 677 C>T no modelo recessivo e 25(OH)D (todos negativamente). Em pacientes e controles, 16,6% da variação nos valores de Hcy foram explicados pelo genótipo em homozigose (TT) da variante do MTHFR, sexo masculino e idade (positivamente associados) e folato (negativamente associado). Conclusão: Pelo artigo 1 verificou-se que os valores de Hcy foram mais consistentemente elevados em pacientes com EM, enquanto os níveis de folato e vitamina B12 foram conflitantes. Em relação à associação entre a variante genética MTHFR 677C>T e EM em populações distintas, 5 estudos mostraram associação, enquanto 6 estudos mostraram resultados discordantes, portanto, há necessidade de mais estudos em outras populações. No artigo 2, os resultados mostraram que não houve associação entre os genótipos da variante 677 C>T do MTHFR e a EM, incapacidade por agravamento e progressão da doença; no entanto, o genótipo TT desta variante mostrou efeitos indiretos sobre a suscetibilidade à EM e agravamento da incapacidade, e estes efeitos seriam mediados pela HcyItem Mecanismos antiproliferativos do tratamento in vitro com trans-chalcona em linhagens de carcinoma cervical humano(2023-09-28) Siqueira, Elaine da Silva; Panis, Carolina; Amarante, Marla Karine; Mantovani, Mário Sérgio; Oliveira, Karen Brajão de; Victorino, Vanessa JacobMoléculas derivadas de plantas medicinais tem sido fonte de pesquisa para novas terapias antineoplásicas como monoterapia ou terapia adjuvante. Neste estudo, investigamos o impacto do tratamento com trans-chalcona (TC) sobre duas linhagens celulares de diferentes tipos histológicos de carcinoma cervical, com destaque para o adenocarcinoma (HeLa) e carcinoma de células escamosas (SiHa). As linhagens foram tratadas com concentrações crescentes de trans-chalcona (6,25 - 100 µM) e a concentração inibitória de 50% das células (IC50) foi determinada em 28 µM (HeLa) e 23 µM (SiHa) em 24 horas. Para avaliar os mecanismos de ação envolvidos foram realizados ensaios para determinar a viabilidade celular por 3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina (MTT) e azul de tripan, microscopia de varredura (MEV) e transmissão (MET) para constatar alterações morfológicas e ultraestruturais, bem como os possíveis mecanismos de morte envolvidos e análises de estresse oxidativo, que incluíram a avaliação do perfil de despolarização mitocondrial, dosagem dos níveis de hidroperóxidos , determinação da capacidade antioxidante, dosagem dos metabólitos do óxido nítrico e avaliação dos perfis dos fatores de transcrição reguladores do balanço redox NRF2 e NFkB, realizados por marcação com tetrametilrodamina-etil-éster (TMRE), terc-butil hidroperóxido, parâmetro antioxidante total de captura de radicais (TRAP), diclorofluoresceína (DCF) e imunofluorescência, respectivamente. Observamos que o tratamento com TC em linhagens HeLa e SiHa de carcinoma cervical foi capaz de promover a redução da viabilidade celular, induzir alterações morfológicas e ultraestruturais com inibição da capacidade de migração do tecido nas duas linhagens. Posteriormente, descobrimos que o tratamento com TC foi capaz de promover despolarização mitocondrial, induzir a formação de gotículas lipídicas e vacúolos autofágicos com consequente morte celular por apoptose tardia. A TC também induziu a geração de estresse oxidativo observada pelo aumento da geração de hidroperóxidos na linhagem Hela e diminuição em SiHa. Houve ainda redução na produção dos metabólitos do NOx em ambos modelos avaliados. Concomitantemente, observamos superexpressão de NRF2 e diminuição da regulação do NF?B em células HeLa, enquanto na linhagem SiHa houve apenas estímulo de NF?B. Estes achados sugerem que a TC exerce seu efeito antiproliferativo no câncer cervical a partir da redução significativa da viabilidade das células HeLa e SiHa em todos os tempos testados (p=0,0001), indução de atividade citostática e geração de estresse oxidativo via distintos mecanismos de acordo com a origem e tecido acometido, tornando-se uma alternativa terapêutica promissora no desenvolvimento de compostos antitumorais frente ao carcinoma cervical.