CCS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
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Navegando CCS - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE por Autor "Albanese, Silvia Paulino Ribeiro"
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Item Complicações pós-operatórias em pacientes oncológicos admitidos na terapia intensiva(2024-06-12) Albanese, Silvia Paulino Ribeiro; Grion, Cíntia Magalhães Carvalho; Mezzaroba, Ana Luiza; Almeida, Sílvio Henrique Maia de; Fornazieri, Marco Aurélio; Larangeira, Alexandre SanchesIntrodução: Os pacientes submetidos a cirurgias oncológicas enfrentam uma série de fatores de risco específicos que podem exercer uma influência significativa tanto no desfecho do procedimento quanto na recuperação pós-operatória. Objetivo: Realizar uma caracterização epidemiológica dos fatores prognósticos em pacientes cirúrgicos oncológicos internados em Unidade de Terapia Intensiva no pós-operatório imediato. Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo realizado no Hospital do Câncer de Londrina. A população de estudos foi constituída por 299 pacientes em pós-operatório imediato admitidos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Câncer de Londrina (HCL) no período de julho a dezembro de 2021. Dentre esses, 23% dos casos foram excluídos pelos critérios do estudo, restando então 229 casos para análise. Resultados: Quanto à composição por sexo na amostra do estudo, constatou-se que 51% casos correspondiam ao sexo masculino. A mediana da idade foi maior entre os pacientes não sobreviventes (70 anos) quando comparada aos sobreviventes (62 anos). Observou-se que 86,4% casos apresentavam comorbidades conforme escore de Charlson, destacando-se hipertensão arterial sistêmica (31,4%), seguida por diabetes mellitus (32,3%) e cardiopatia 19,2%. O maior contingente de pacientes que preencheram os critérios de inclusão no estudo originou-se das seguintes especialidades cirúrgicas: neurocirurgia 26,6%, aparelho digestivo 16,5%, coloproctologia 14,8%, cirurgia torácica 10,4%, urologia 10,0%, cirurgia de cabeça e pescoço 7,8% e outras especialidades cirúrgicas 3,5%. O sangramento ocorreu em 37,0% dos casos entre os não sobreviventes e foi categorizado como pequeno em 57,5% casos, médio em 31,0% casos e grande em 11,5% casos. As readmissões na UTI ocorreram em 6,9% dos casos, e as reoperações em 7,4%. Algumas recomendações do protocolo ACERTO observadas na amostra do estudo demonstraram associação com redução das complicações. Destacam-se as seguintes variáveis em relação à adesão ao projeto ACERTO: realimentação precoce 32% nas primeiras 6 horas, 56,6% com reposição volêmica de cristaloides no intraoperatório = 30 mL/Kg, profilaxia para náuseas e vômito no intraoperatório 93% e no pós-operatório imediato 100%. Em relação a realimentação pós-operatória observou-se maior ocorrência de complicações nos casos que houve maior demora em iniciar a realimentação apresentando p= 0,0018. Pacientes com complicações pós-operatórias tiveram um tempo cirúrgico maior (205 min) comparado aos que não tiveram complicações (147 min; p = 0,00). No pós-operatório, o balanço hídrico positivo no primeiro dia foi maior entre os não sobreviventes (1.478,4 ml) em comparação aos sobreviventes (786,2 ml; p = 0,010). Os pacientes que não foram submetidos ao uso de antiemético profilático no intraoperatório apresentaram complicações em 87,5% dos casos, enquanto 67,1% dos pacientes que receberam essa profilaxia não tiveram complicações. Conclusão: Este estudo identificou uma alta frequência de complicações no período pós-operatório e uma taxa de mortalidade de 11,8% durante a internação. As complicações mais associadas ao risco de óbito foram infecciosas, respiratórias, renais e relacionadas à coagulação. Idade e escore SOFA foram fatores de risco independentes para morte. A adesão ao protocolo ACERTO foi boa e associou-se à redução das complicações pós-operatórias em pacientes oncológicos.Item Prevalência e evolução de infecção pelo complexo Mycobacterium tuberculosis em indivíduos submetidos à prova tuberculínicaAlbanese, Silvia Paulino Ribeiro; Dessunti, Elma Mathias [Orientador]; Arcêncio, Ricardo Alexandre; Martins, Eleine Aparecida PenhaResumo: O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência e a evolução de infecção pelo complexo Mycobacterium tuberculosis nos indivíduos submetidos à prova tuberculínica e, em especial, entre os contatos de casos de tuberculose Estudo de coorte retrospectiva, realizado no Centro de Referência para tuberculose e Aids Dr Bruno Piancastelli Filho, situado em Londrina, norte do Paraná, Brasil A população de estudo foi constituída por 6831 casos que realizaram a prova tuberculínica no período de 23 a 21, cuja evolução foi acompanhada até setembro de 214 Os dados foram levantados do livro de registro das provas tuberculínicas, dos prontuários e das fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação A tabulação e análise dos dados ocorreram por meio do programa SPSS e foi considerado valor de alpha < ,5 como estatisticamente significativo Da população estudada, 1349 (19,7%) não retornaram para leitura A prevalência de ILTB entre os 5482 casos que completaram o teste foi de 23,9% (PT = 5 mm), variando de acordo com a indicação da PT, sendo de 35,4% entre os contatos, 2,6% nos casos de investigação da tuberculose, 1,8% em pacientes com doença ou condição que predisponha a tuberculose (HIV/Aids, uso de fármacos imunossupressores e outras) e 17,5% entre profissionais ou estudantes da área da saúde Observou-se maior prevalência de ILTB entre os homens (26,2%) do que entre as mulheres (22,%), com associação estatisticamente significativa para essa variável (p< ,1) Ressalta-se o alto percentual de positividade à PT nas faixas etárias de zero a nove anos (21,4%) e de dez a 19 anos (26,3%), indicando possível contato com casos de tuberculose intradomiciliar O tratamento da infecção latente foi indicado para 459 (35,%) pacientes dentre os 1311 reatores à prova tuberculínica, constatando-se uma taxa de abandono de 42,5% A maioria dos casos de abandono ocorreu até o terceiro mês do tratamento da infecção latente (62,6%) e os indivíduos com escolaridade de 12 ou mais anos foram os que mais aderiram ao tratamento completo (63,6%) Entre os 6831 casos que realizaram a prova tuberculínica, a prevalência de tuberculose foi de 3,4%, correspondendo a 234 notificações, sendo 91,% de casos novos, 4,3% recidivas e 4,3% reingresso após abandono Observou-se taxa de cura de 69,2% e de abandono de 13,2%, a maioria ocorrendo até o quarto mês de tratamento (73,3%) A prova tuberculínica foi realizada em 2425 contatos de casos de tuberculose, dos quais, 199 retornaram para leitura, observando-se uma taxa de prevalência de tuberculose de 1,8% e taxa de abandono de 15,9% Conclui-se que as políticas públicas para o controle da tuberculose estão bem estruturadas, observando-se dificuldades na implementação das propostas e, especificamente, nas ações de controle da infecção latente de tuberculose A positividade das provas tuberculínicas observada neste estudo e as altas taxas de abandono do tratamento da infecção latente e da tuberculose ativa são indicadores que precisam de maior atenção, especialmente a busca dos contatos