Detecção da infecção por Paracoccidioides brasiliensis por meio de PCR-ELISA e ELISA com antígenos recombinante rGp43 e sintético e reatividade à rGp43 na leishmaniose humana

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Resumo: A paracoccidioidomicose (PCM), causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis, é uma micose sistêmica, endêmica na América Latina O diagnóstico da PCM apresenta dificuldades como reatividade cruzada com outras micoses sistêmicas como a histoplasmose ou doenças parasitárias como a leishmaniose Adicionalmente, PCM e leishmaniose são doenças que compartilham as mesmas áreas endêmicas Este estudo teve como objetivos desenvolver métodos de detecção da infecção por P brasiliensis por meio de PCR-ELISA e ELISA baseado em antígenos recombinante e sintéticos e avaliar anticorpos contra P brasiliensis em indivíduos soropositivos e soronegativos para leishmaniose Embora a glicoproteína 43 kDa (gp43) de P brasiliensis seja o antígeno mais utilizado no imunodiagnóstico da PCM, podem ocorrer reações cruzadas devido principalmente a epítopos carboidrato A gp43 recombinante produzida em Escherichia coli não é glicosilada e, portanto, pode contribuir para a redução das reações cruzadas Os peptídeos sintéticos baseados na sequência da gp43 também constituem uma alternativa interessante, pois apresentam vantagens como baixo custo de produção, altas sensibilidade e especificidade Amostras de soro humano positivas (n=2) e negativas (n=22) na imunodifusão com exoantígeno de P brasiliensis foram analisadas por ELISA utilizando gp43 recombinante (rGp43) e peptídeo sintético como antígenos, respectivamente Todas as amostras positivas na imunodifusão também foram positivas para a rGp43 enquanto 75% das amostras foram positivas no ELISA com peptídeo sintético As amostras negativas na imunodifusão apresentaram positividade no ELISA com rGp43 e peptídeo sintético de 36,4% e 4,9%, respectivamente Técnicas de biologia molecular também podem contribuir para o diagnóstico preciso e rápido da PCM Uma amostra de escarro (negativa para P brasiliensis por Nested-PCR) foi inoculada com células de P brasiliensis diluídas em série (1 a 15 células/mL) e o DNA foi extraído e amplificado por Nested-PCR O produto da amplificação foi analisado por eletroforese em gel de poliacrilamida e por PCR-ELISA e ambas as formas de detecção permitiram a detecção de baixa quantidade de DNA, embora a PCR-ELISA tenha permitido a análise em menor tempo Amostras de soro humano soropositivas (n=14) e soronegativas (n=39) para leishmaniose foram analisadas por ELISA e imunodifusão utilizando gp43 recombinante e exoantígeno, respectivamente As amostras soropositivas e soronegativas para leishmaniose apresentaram positividade para rGp43 de 64,3% e 53,8%, e a diferença não foi significativa O ELISA baseado em rGp43 e peptídeo sintético, bem como a PCR-ELISA, constituem alternativas promissoras para a detecção da infecção por P brasiliensis

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Palavras-chave

Paracoccidioides brasiliensis, Imunodiagnóstico, Fungos patogênicos, Antígenos, Paracoccidioidomycosis, Immunodiagnosis, Antigens

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