A constituição da propaganda bancária no Brasil da década de 1970 : memória do dizer e silenciamentos

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dc.contributor.advisorFernandes, Luiz Carlos [Orientador]pt_BR
dc.contributor.authorFracasse, Lucianapt_BR
dc.contributor.bancaLagazzi, Suzy Mariapt_BR
dc.contributor.bancaPassetti, Maria Célia Cortezpt_BR
dc.contributor.bancaOliveira, Esther Gomes dept_BR
dc.contributor.bancaJoanilho, Mariângela Peccioli Gallipt_BR
dc.coverage.spatialLondrinapt_BR
dc.date.accessioned2024-05-01T14:19:53Z
dc.date.available2024-05-01T14:19:53Z
dc.date.created2012.00pt_BR
dc.date.defesa13.11.2012pt_BR
dc.description.abstractResumo: O presente trabalho destina-se à análise de duas séries de propagandas sobre o Banco do Brasil, publicadas nas revistas Veja e Exame em meados dos anos 197 Sustentados pela teoria da Análise de Discurso de origem francesa, fundada por Michel Pêcheux nos anos 196, assumimos os gestos de interpretação aqui realizados em uma perspectiva discursiva materialista, segundo a qual se busca compreender os contextos sócio-históricos em que os discursos são formulados, bem como a ideologia que interpela o indivíduo em sujeito Nosso objetivo central é explicitar, no funcionamento da propaganda bancária, o processo de identificação do sujeito com a nação, em específico, do sujeito/cidadão brasileiro com o Brasil No período em questão, o país vivia uma das etapas da Ditadura Militar, na qual o controle sobre os sujeitos foi disseminado nos diversos domínios que constituem os espaços da vida em sociedade: na economia, na política, nos comportamentos e na produção identitária dos cidadãos Nesse contexto, os discursos das propagandas analisadas mantém-se em uma constante tensão decorrente da relação contraditória entre práticas capitalistas/(neo)liberais, nas quais o sujeito-de-direito é livre para fazer suas escolhas, inclusive para ser ou não cliente de um banco, e o poder autoritário e controlador exercido pelo regime militar Formuladas pela conjunção entre materialidade verbal e enunciados-imagem, as propagandas mobilizam um efeito de argumentatividade e convencimento a partir de um ritual de linguagem que se diferencia do modo como os anúncios circulam em nossos dias, ou seja, os textos selecionados possuem um formato mais extenso em relação ao formato das propagandas do século XXI Por um efeito metafórico, a imagem do banco que se vai projetando equipara-se de tal modo que quase se iguala à imagem do próprio país, num processo de legitimação que se dá pela língua Assim sendo, vai se construindo uma relação de dependência do país em relação à instituição financeira ao longo dos enunciados, os quais são sustentados por uma memória do dizer (interdiscurso) materializada no fio do discurso na forma dos pré-construídos História do Brasil e Modernidade Entre as regularidades identificadas, destacamos o efeito da temporalidade, justamente por termos duas séries propagandísticas formuladas a partir de acontecimentos históricos registrados no passado, como a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil em 188 com a abertura do banco e, na sequência, temos a projeção da festa dos 2 anos do Banco do Brasil, já em 28 Como os anúncios circularam nos anos 197, entendemos que o passado e o futuro são constitutivos do dizer, ficando o presente, por um efeito ideológico, em silêncio Esse é um silêncio necessário, tendo-se em vista a formação discursiva dos governos militares, que estavam à frente da administração do Banco do Brasil; afinal, não se trata de uma instituição financeira privada, o que explica, inclusive, o próprio nome da instituiçãopt_BR
dc.description.abstractother1Abstract: Cette étude vise à examiner deux séries de publicités sur la Banque du Brésil, publiées dans les magazines Veja et Exame en milieu des années 197 Soutenus par la théorie de l'analyse du discours d'origine française, fondée par Michel Pêcheux en 196, nous supposons l'interprétation des gestes effectués ici dans une perspective discursive, où l'on cherche à comprendre les contextes socio-historiques dans lesquels les discours sont faits, ainsi que l'idéologie qui interpelle l’individu en tant que sujet Notre objectif principal est d'expliquer, dans le fonctionnement de la publicité bancaire, le processus d'identification du sujet avec la nation, en particulier, du sujet / citoyen brésilien avec le Brésil À la période en cause, le pays était sous l'une des étapes de la Dictature Militaire, où le contrôle sur le sujet a été diffusé dans les différents domaines qui constituent les espaces de la vie en société : l'économie, la politique, le comportement et la production identitaire des citoyens Dans ce contexte, les discours des annonces analysées demeurent dans une tension constante découlant de la relation contradictoire entre les pratiques capitalistes / (néo) libérales, dans lesquelles le sujet de droit est libre de faire ses choix, y compris d’être ou non le client d’une banque, et le pouvoir autoritaire de contrôle exercé par le régime militaire Formulée par la conjonction entre la matérialité verbale et les énoncés-image,les annonces mobilisent un effet d’ argumentation et de persuasion à partir d'un rituel langagier qui diffère de la façon dont les annonces circulent aujourd'hui, c'est à dire, les textes choisis ont un format plus extensif par rapport à celui des annonces du XXIeme siècle Par un effet métaphorique, l’image diffusée de la banque est presque égale à l'image du pays lui-même,dans un processus de légitimation qui se produit à travers le langage Par conséquent, il se construit une relation de dépendance du pays par rapport à l'institution financière au cours des énoncés qui sont soutenus par une mémoire du dire (interdiscours) matérialisée au fil du discours, sous la forme des pré-construits Histoire du Brésil et Modernité Parmi les régularités identifiées, nous mettons en évidence l'effet de la temporalité parce que nous avons deux séries de publicités formulées à partir d'événements historiques enregistrés dans le passé, l'arrivée de la Cour Portugaise au Brésil en 188 avec l'ouverture de la banque et, par la suite, nous avons la projection de la célébration de 2 ans de la Banque du Brésil, en 28 Puisque les annonces ont été diffusées dans les années 197, on comprend que le passé et le futur sont constitutifs du dire, le présent demeure, par un effet idéologique, en silence Ce silence est nécessaire, compte tenu de la formation discursive du gouvernement militaire en charge de l'administration de la Banque du Brésil ; après tout, il ne s’agit pas d’ une institution financière privée, ce qui explique également le nom même de l’institutionpt_BR
dc.description.notesTese (Doutorado em Estudos da Linguagem) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Letras e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagempt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/13856
dc.languagepor
dc.relation.coursedegreeDoutoradopt_BR
dc.relation.coursenameEstudos da Linguagempt_BR
dc.relation.departamentCentro de Letras e Ciências Humanaspt_BR
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Estudos da Linguagempt_BR
dc.subjectAnálise do discursopt_BR
dc.subjectAnúnciospt_BR
dc.subjectBancospt_BR
dc.subjectBrasilpt_BR
dc.subjectLinguagempt_BR
dc.subjectDiscourse analysispt_BR
dc.titleA constituição da propaganda bancária no Brasil da década de 1970 : memória do dizer e silenciamentospt_BR
dc.typeTesept_BR

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