Morfoanatomia e ecofisiologia de mudas de três espécies arbóreas de floresta estacional semidecidual aclimatadas em viveiro

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Resumo: Áreas desflorestadas são caracterizadas por maiores intensidades luminosas, temperaturas do ar e do solo e déficit de pressão de vapor de água, além de grandes flutuações sazonais no potencial de água do solo Para o reflorestamento destas áreas utilizando-se de mudas, é necessário, antes, submetê-las ao processo de aclimatação, que favorecerá seu estabelecimento, crescimento e desenvolvimento no local de plantio, sob condições mais sujeitas a estresses Algumas espécies de plantas, na fase de muda, são muito vulneráveis, porém, possuem alta capacidade de aclimatação, refletida por alterações fisiológicas, anatômicas e morfológicas, sejam elas em folhas, caules ou raízes Este estudo teve como objetivo verificar a influência do processo de aclimatação implementado em viveiros sobre a rusticidade de mudas, a partir de avaliações de trocas gasosas foliares, anatomia e morfologia de três espécies utilizadas em reflorestamentos de Floresta Estacional Semidecidual: Ceiba speciosa (ASt-Hil) Ravenna (Malvaceae), Croton floribundus Spreng (Euphorbiaceae) e Cecropia pachystachya Trécul (Urticaceae) As mudas foram cultivadas, durante 168 dias, em dois setores de um viveiro: setor de crescimento (4% de densidade de fluxo de fótons fotossintéticos total) e de aclimatação (sol pleno) Utilizando-se de índices que relacionam parâmetros morfológicos foi estimada a qualidade das mudas Com a aclimatação, as mudas de C speciosa desenvolveram folhas menores, com parênquimas clorofilianos mais espessos, e apresentaram aumentos da fotossíntese (Amax), da condutância estomática (gs) e da transpiração (E) A menor razão altura/diâmetro do colo (RAD), decorrente do espessamento do colo induzido pela aclimatação, indicou maior qualidade nas mudas de C speciosa aclimatadas Nas mudas de C floribundus, sob sol pleno, as folhas expandiram-se menos e houve redução da área foliar específica (AFE) e aumentos da densidade estomática e da espessura do parênquima paliçádico As variáveis de trocas gasosas não diferiram em relação ao controle Nesta espécie, pelos índices de qualidade, não foi possível estimar qualidade superior das mudas em nenhum dos tratamentos C pachystachya foi a espécie que mais sofreu influência da aclimatação As folhas menores, mais espessas, com menor AFE e maior densidade estomática das mudas em aclimatação apresentaram maiores Amax e E A RAD e a razão massa seca da parte aérea/raiz indicaram que a aclimatação aumentou a qualidade das mudas de C pachystachya As mudas das três espécies, mediante a transferência do setor sombreado para pleno sol, foram capazes de se aclimatar ao novo ambiente de luz De fato, quando submetidas à aclimatação, as mudas adquiriram características de rusticidade, principalmente relacionadas à anatomia foliar, que devem favorecê-las na fase de estabelecimento, após o plantio Em C speciosa e C pachystachya, a utilização de índices auxiliou parcialmente no prognóstico da qualidade das mudas, enquanto em C floribundus, os índices não sofreram alterações com a aclimatação das mudas

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Palavras-chave

Aclimatação (Plantas), Fotossíntese, Árvores, Mudas, Ecofisiologia vegetal, Acclimatization (Plants), Trees, Seedlings

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