Colonialidade, necropolítica neoliberal e a violência racista no controle de corpos negros e pobres: expressões em Angola, Brasil e Moçambique

dc.contributor.advisorRocha, Andréa Pires
dc.contributor.authorMelo, Karine Barros de
dc.contributor.bancaSantos, José Francisco dos
dc.contributor.bancaLanza, Líria Maria Bettiol
dc.contributor.coadvisorMaloa, Joaquim Miranda
dc.coverage.extent153 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2025-12-11T14:55:55Z
dc.date.available2025-12-11T14:55:55Z
dc.date.issued2025-09-12
dc.description.abstractEsta pesquisa nasce da denúncia das violências estruturais que assolam a população negra e pobre e da necessidade de contrapor a hegemonia de saberes eurocêntricos, pautando-se em epistemologias contracoloniais. O objetivo geral foi analisar como os legados coloniais e as formas contemporâneas de controle racial conectam Angola, Brasil e Moçambique, evidenciando as expressões da colonialidade e da necropolítica neoliberal na gestão e repressão de corpos negros e pobres. A metodologia adota uma abordagem qualitativa, crítica e decolonial, por meio de pesquisa bibliográfica e documental com análise histórico-comparativa dos três países. Os principais resultados apontam que a colonialidade do poder persiste para além do colonialismo formal, articulando-se à governamentalidade neoliberal para expandir um Estado penal que substitui direitos sociais pela punição. Foi evidenciado, a partir de dados, que a segurança pública no Brasil opera como um dispositivo de genocídio da população negra, que é maioria no sistema carcerário e a principal vítima de intervenções policiais letais. Em Angola e Moçambique, a violência estatal reconfigura-se para a gestão da pobreza e o controle da dissidência política. Em Moçambique, a submissão a programas de austeridade resulta em um sistema prisional com superlotação, enquanto em Angola, a proteção de uma elite nacional se manifesta no uso da prisão preventiva como arma política. Conclui-se que a violência de Estado nos três países não é um desvio, mas a continuidade de um projeto colonial genocida, hoje operacionalizado pela necropolítica neoliberal, onde o encarceramento em massa e a violência policial funcionam como ferramentas para administrar as populações tornadas supérfluas pelo capital
dc.description.abstractother1This research stems from the denunciation of the structural violence that plagues the Black and poor population and from the need to counter the hegemony of Eurocentric knowledge, grounding itself in counter-colonial epistemologies. The general objective is to analyze how colonial legacies and contemporary forms of racial control connect Angola, Brazil, and Mozambique, highlighting the expressions of coloniality and neoliberal necropolitics in the management and repression of Black and poor bodies. The methodology adopts a qualitative, critical, and decolonial approach, through bibliographic and documentary research with a historical-comparative analysis of the three countries. The main results indicate that the coloniality of power persists beyond formal colonialism, articulating with neoliberal governmentality to expand a penal State that replaces social rights with punishment. It was evidenced through data that public security in Brazil operates as a device for the genocide of the Black population, who are the majority in the carceral system and the main victims of lethal police interventions. In Angola and Mozambique, state violence is reconfigured for the management of poverty and the control of political dissent. In Mozambique, submission to austerity programs results in an overcrowded prison system, while in Angola, the protection of a national elite is manifested in the use of pre-trial detention as a political weapon. It is concluded that state violence in the three countries is not a deviation, but the continuity of a genocidal colonial project, now operationalized by neoliberal necropolitics, where mass incarceration and police violence function as tools to manage the populations made superfluous by capital
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/19074
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCESA - Departamento de Serviço Social
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Serviço Social e Política Social
dc.subjectColonialidade
dc.subjectNecropolítica
dc.subjectRacismo
dc.subjectSegurança pública
dc.subjectEstado penal
dc.subjectViolência de Estado
dc.subjectRacismo estrutural
dc.subjectEncarceramento em massa
dc.subject.capesCiências Sociais Aplicadas - Serviço Social
dc.subject.cnpqCiências Sociais Aplicadas - Serviço Social
dc.subject.keywordsColoniality
dc.subject.keywordsNecropolitics
dc.subject.keywordsRacist violence
dc.subject.keywordsPublic security
dc.subject.keywordsPenal state
dc.subject.keywordsPublic safety
dc.subject.keywordsState violence
dc.subject.keywordsStructural racism
dc.subject.keywordsMass incarceration
dc.titleColonialidade, necropolítica neoliberal e a violência racista no controle de corpos negros e pobres: expressões em Angola, Brasil e Moçambique
dc.title.alternativeColoniality, neoliberal necropolitics and racist violence in the control of black and poor bodies: expressions in Angola, Brazil and Mozambique
dc.typeDissertação
dcterms.educationLevelMestrado Acadêmico
dcterms.provenanceCentro de Estudos Sociais Aplicados

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
CSA_SER_Me_2025_ Melo_Karine_B.pdf
Tamanho:
1.54 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Texto completo ID. 194370
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
CSA_SER_Me_2025_ Melo_Karine_B_TERMO.pdf
Tamanho:
37.93 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Termo de autorização
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
555 B
Formato:
Item-specific license agreed to upon submission
Descrição: