Teoria da divulgação voluntária e relatórios de sustentabilidade : um estudo sobre as empresas que compõem o ISE BM&F Bovespa
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Zevericoski de Aquino, Gabrielli Aparecida
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Resumo
Resumo: O intuito primordial dos relatórios e indicadores de sustentabilidade é de a organização prestar contas aos investidores e à sociedade, em relação ao seu comportamento frente à sustentabilidade No que se refere à divulgação, Verrecchia (21) propôs a taxonomia da Teoria da Divulgação Voluntária (TDV), sendo essa, referente à tendenciosidade que a organização pode adquirir ao revelar ou destacar informações que possam ser favoráveis, e omitir ou apresentar de forma tímida informações desfavoráveis ao comportamento dos investidores e clientes Nesse contexto, o objetivo geral dessa pesquisa foi o de analisar a aplicabilidade dos aspectos da TDV em relatórios de sustentabilidade publicados por empresas do ISE entre 26 e 215 Para tal, optou-se por fazer um estudo de natureza qualitativa, do tipo documental, tendo como unidade de análise Relatórios Anuais nas versões em português e inglês de empresas que permaneceram no ISE de 26 a 215, os quais tiveram seu conteúdo analisado com o auxílio da plataforma Microsoft Cognitive Services Os principais resultados encontrados foram: ao investigar os motivos que as empresas publicam seus relatórios, pode-se averiguar que pode haver uma tendenciosidade na predisposição de informações; pode-se observar que todas as empresas, em todos os anos, citam em algum momento que são as que possuem mais destaque no segmento; a maior parte dos 18 relatórios analisados apresentam de forma chamativa os prêmios que receberam e as premiações; na média geral, a empresa que mais publicou páginas foi o Banco do Brasil, e a que menos publicou foi o Bradesco, e este, em relação ao número de páginas, percorreu o caminho inverso das empresas CPFL, ITAU e Natura, as quais, a partir de 213 diminuíram consideravelmente o número de páginas do relatório anual, já o Bradesco a partir desse ano aumentou o número de páginas, apesar de afirmar ter buscado adotar alguns padrões do Relato Integrado; nas versões em inglês, as empresas se preocuparam em evidenciar mais do que o dobro de informações em um contexto positivo do que nas versões em português; não há como os stakeholders terem absoluta certeza dos conteúdos dos relatórios, em virtude da assimetria informacional, sendo necessária cautela, por parte dos usuários, na utilização de quaisquer informações divulgadas; o ano de 211 foi o ano que mais houve informações relacionadas à Sustentabilidade nos relatórios pesquisados; há uma interação dicotômica entre os motivos que levam a empresa publicar determinadas informações e o impacto que essas causam na própria informação e na sociedade Portanto, não há condições de consultar unicamente no que é publicado em um relatório anual para tomadas de decisões tanto de investimentos como para definir uma posição pessoal quanto a empresa, e nesse sentido, informação é uma arma política, e que pode ser usada para manipular tanto grandes massas populacionais quanto investidores e até mesmo colaboradores Futuros estudos podem percorrer o caminho proposto em outras frentes de pesquisa
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Palavras-chave
Bancos, Relatórios, Desenvolvimento institucional, Desenvolvimento sustentável, Teoria da administração, Reporting, Institution building, Sustainable development, Environmental management, Social responsability of business, Banks