A realidade virtual como recurso para terapia comportamental do medo de altura

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Resumo: O medo de altura é considerado um “transtorno mental” que afeta significativamente a vida das pessoas, dificultando a rotina e seu convívio social O uso da Realidade Virtual na terapia comportamental do medo de altura pode ser vantajoso, pois possibilita maior controle das variáveis envolvidas na intervenção e podem ser evitados riscos e constrangimentos possíveis durante exposição in vivo O objetivo do presente estudo foi (a) investigar os efeitos de um procedimento de intervenção comportamental combinado à exposição por meio de realidade virtual, para medo de altura, (b) avaliar o simulador VirtuaTherapy quanto a sua capacidade de gerar senso de presença e (c) avaliar os efeitos de cybersickness produzidos por esse simulador Participaram cinco homens e cinco mulheres distribuídos por sorteio em três grupos de acordo com a extensão da linha de base Os materiais e instrumentos utilizados foram: o simulador de Realidade Virtual VirtuaTherapy, composto por dois notebooks, um Óculos VR® e um joystick; um aparelho de biofeedback que mede as respostas galvânica da pele; o Simulator Sickness Questionnaire (SSQ), o Questionário de Acrofobia, o Inventário de Senso de Presença (ISP), uma Folha de Registro, um Roteiro de Entrevista Semiestruturada, a Escala de Unidades Subjetivas de Desconforto (SUDS), o Questionário de Satisfação do Cliente, e o Behavioral Avoidance Test (BAT) O delineamento utilizado foi o de linha de base múltipla não concorrente As etapas do procedimento consistiram em: uma entrevista inicial, duas a quatro sessões de linha de base dependendo do grupo, seis sessões de intervenção, uma sessão de encerramento e duas sessões de follow-up Os escores do Questionário de Acrofobia mostraram uma diminuição do medo ao longo da intervenção e nas sessões de follow-up Os resultados dos inventários permitiram verificar que os participantes relataram apresentar senso de presença e que os efeitos de cybersikness foram mais intensos nas primeiras sessões, diminuindo ao longo da exposição aos cenários Verificou-se ainda que houve uma redução estaticamente significativa nos dados do BAT, considerando a avaliação de ansiedade, medo e perigo que os participantes fizeram antes e depois da intervenção, e um aumento na frequência dos comportamentos de enfrentamento (diminuição da esquiva) no dia a dia Esses resultados sugerem que o procedimento contribuiu para redução do medo de altura dos participantes e que o simulador foi capaz de evocar respostas de ansiedade e gerar senso de presença, mostrando-se útil no processo de terapia

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Palavras-chave

Análise do comportamento, Fobias, Realidade virtual na terapia, Psicologia aplicada, Intervenção (Psicologia), Behavioral analysis, Phobias, Virtual reality therapy

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