Aproveitamento de coproduto da indústria sucroalcooleira na preparação de bioaditivos para combustíveis de aviação
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Baumi, Jonathan
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Resumo
Resumo: Este trabalho teve como objetivo obter álcoois derivados do óleo fúsel, coproduto da indústria sucroalcooleira, visando à preparação de bioaditivos com potencial de serem utilizados em mistura com o querosene (QAV-1) e a gasolina de aviação (GAV 1LL) O óleo fúsel fornecido pelas indústrias USIBAN de Bandeirantes, PR e a USAÇÚCAR de Maringá, PR passaram por destilação fracionada onde foram detectados dois componentes majoritários: álcool isoamílico (76,3% e 91,6%) e álcool isobutílico (13,7% e 5,4%) com teores de água de aproximadamente 8,2 e 12,9%, respectivamente A partir destes álcoois superiores ao etanol considerando-se a quantidade de átomos na cadeia foram preparados quatro bioaditivos: O bioaditivo A (2-isopropil-5-metil-2-hexen-1-ol); o bioaditivo B (Éter isoamílico), bioaditivo C (Isovalerato de metila) e bioaditivo D (Isobutirato de metila) com rendimento de 6%, 85%, 96% e 95%, respectivamente Em todas as rotas de síntese foram testados solventes e reagentes que pudessem atender aos princípios da química verde Os Bioaditivos A e B, álcool e éter, foram misturados a 3, 5 e 1% no querosene, e os Bioaditivos C e D, ésteres, a 5% e 1% na gasolina de aviação De acordo com os resultados dos ensaios estabelecidos pela resolução ANP n°37, as misturas do querosene com os bioaditivos A e B apresentaram características semelhantes ao querosene comercial QAV-1 As misturas apresentaram massa específica (< ,8 g cm-3); ponto de fulgor (>4°C); ponto de congelamento (<-58°C), poder calorífico (> 42 MJ kg-1), viscosidade cinemática (< 2cS) e corrosividade ao cobre (1a) Houve uma melhora na fluidez do querosene a baixas temperaturas em decorrência da adição do bioaditivo B, além de baixar o risco de corrosão do combustível ao cobre As misturas da gasolina de aviação com os bioaditivos C e D seguiram a mesma tendência da gasolina comercial (GAV 1LL) quando submetidas aos ensaios especificados pela resolução ANP n°5, como exemplo, o ponto de congelamento (< -58°C), poder calorífico (>43,5 MJ kg-1), massa específica (< ,8 g cm-3), corrosividade ao cobre (1a) e curva de destilação Os valores calculados através da curva de destilação indicaram que os bioaditivos C e D aumentam a fração mais leve e volátil do combustível, o que melhora o desempenho do motor durante a fase de aquecimento, favorecendo a diminuição das emissões gasosas e de materiais particulados no ar atmosférico
Descrição
Palavras-chave
Querosene, Gasolina, Aviões, Combustíveis, Biocombustíveis, Kerosene, Gasoline, Aviation fuels, Biomass energy