Viés de gênero nos gastos educacionais das famílias nas diferentes regiões do Brasil

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Oliveira, Wesley Lídio de

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Resumo

Resumo: O objetivo desta Dissertação foi estudar a presença de viés de gênero nas escolhas das famílias brasileiras ao investir em educação de seus filhos e filhas Para tanto, foram utilizados os microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 28-29, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE A partir dos microdados da POF 28-29 separou-se apenas o conjunto de famílias com filhos e filhas entre 6 e 2 anos de idade matriculados, excluindo as famílias que o pai, mãe ou outros parentes estejam matriculados Foi encontrada uma amostra formada por 1531 famílias divididas entre as cinco Grandes Regiões brasileiras (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte, Nordeste) Foram utilizados modelos Tobit para estimar curvas de Engel das despesas familiares com educação e despesas familiares com cursos regulares, como função das características socioeconômicas e demográficas das famílias Foram utilizados testes de Wald para verificar a igualdade dos parâmetros estimados do número de filhos e filhas matriculados As análises das despesas familiares com educação com os modelos Tobit e os testes de Wald indicaram diferenças significativas no impacto causado por filhos e filhas matriculados na faixa etária de 6 a 1 anos nas regiões Sul, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, com viés pró-feminino No Sudeste, com viés pró-masculino Na faixa etária de 11 a 14 anos nas regiões Sul, Centro-Oeste, Norte, com viés pró-feminino Já na faixa etária de 15 a 2 anos nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste, com viés pró-feminino No Norte, com viés pró-masculino Ao analisar as despesas familiares com cursos regulares os resultados indicaram diferenças significativas no impacto causado por filhos e filhas matriculados na faixa etária de 6 a 1 anos nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com viés pró-feminino No Norte, com viés pró-masculino Na faixa etária de 11 a 14 anos nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste, com viés pró-feminino No Sul, com viés pró-masculino Na faixa etária de 15 a 2 anos na região Sul, com viés pró-feminino Nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, com viés pró-masculino Sendo assim, os resultados da pesquisa indicaram que os filhos nem as filhas não sofreram discriminação no que tange a disposição das famílias de gastarem com a formação de sua prole Quando analisado os gastos familiares com educação os resultados indicaram ampla vantagem feminina na alocação de recursos familiar Entretanto, quando analisado os gastos familiares com cursos regulares os resultados indicaram que os gastos familiares foram mais homogêneos, com uma leve vantagem feminina

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Palavras-chave

Educação, Participação dos pais, Discriminação de sexo na educação, Investimentos na educação, Brasil, Regional economics

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