O psicólogo como potencializador do espaço público do CRAS para a participação popular
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Martins, Tayná Ceccon
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Resumo
Resumo: Com a Constituição Federal de 1988 a Assistência Social passou a compor o tripé da Seguridade Social, juntamente com a Saúde e a Previdência Com muitas discussões e lutas, grandemente influenciada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, a Política de Assistência Social se efetivou através do Sistema Único de Assistência Social – SUAS em 24 Foram estabelecidos três eixos de atuação: Proteção social, que se subdivide em básica e especial; Vigilância socioassistencial e Defesa de direitos Essa pesquisa tem como foco a atuação dos psicólogos no eixo de proteção social básica, nos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS de pequeno porte I, pequeno porte II, médio e grande porte em cidades do interior do estado do Paraná Teve como objetivo compreender a percepção dos psicólogos acerca do seu trabalho tendo como premissa o CRAS como espaço público de participação popular A abordagem adotada para a pesquisa foi qualitativa e descritiva em Psicologia Social e Institucional, realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com oito psicólogas que trabalham no CRAS O método de análise utilizado foi análise de conteúdo com duas categorias definidas a priori: “CRAS: espaço público de participação popular” e “Formação em Psicologia”, sendo que esta última composta por duas subcategorias que emergiram posteriormente: Clínica: um desejo e Contribuições da graduação para o exercício profissional na Assistência Social Seguida a essas categorias, observamos posteriormente outra: A prática do psicólogo no CRAS (dividida em duas subcategorias intituladas “Construindo uma prática: campo de incertezas” e “Apagando fogo”) As categorias foram analisadas a partir dos documentos que parametrizam a Política Nacional de Assistência Social e em consonância com os pressupostos teóricos de Hannah Arendt, relacionados ao espaço público, ação política, pluralidade e liberdade Foi possível perceber através das entrevistas que os psicólogos acreditam que podem potencializar o espaço público do CRAS através da acolhida, da escuta qualificada e principalmente a partir dos espaços coletivos, como oficinas e ações comunitárias Verificou-se ainda, que consideram que seja também uma das funções do psicólogo aproximar os cidadãos da política, para que possam compreendê-la e ajudar na sua construção, ocupando também os lugares existentes de participação social (como os Conselhos e Conferências de políticas públicas, por exemplo) Contudo, apontaram também que a rotina de trabalho excessiva, principalmente por demandas a benefícios eventuais prejudicam a realização do trabalho, principalmente o acompanhamento das famílias através do PAIF Esses resultados podem contribuir para melhor entendimento acerca do compromisso social da Psicologia e auxiliar na percepção das possibilidades de atuação dos psicólogos no espaço do CRAS para a construção de uma sociedade mais igualitária e humana
Descrição
Palavras-chave
Psicologia, Psicólogos, Participação popular, Participação política, Psychology, Psychologists, Political participation