Hidratação enteral em vacas: comparação entre administração em fluxo contínuo e em bólus

dc.contributor.advisorLisbôa, Júlio Augusto Naylor
dc.contributor.authorCampos, Lisandra de Camargo
dc.contributor.bancaFlaiban, Karina Keller Marques da Costa
dc.contributor.bancaRibeiro Filho, José Dantas
dc.coverage.extent56 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-11-07T13:49:42Z
dc.date.available2024-11-07T13:49:42Z
dc.date.issued2023-01-31
dc.description.abstractBovinos doentes frequentemente apresentam desidratação e alterações no equilíbrio eletrolítico e ácido base, sendo necessária a administração de soluções eletrolíticas para restaurar a volemia e corrigir os desequilíbrios presentes. A hidratação enteral em bovinos é realizada mais comumente em bólus (B) por via ororruminal e a administração em fluxo contínuo (FC) por via nasoesofageana é uma alternativa viável. Não há estudos que comparem a eficácia dos dois métodos. Este estudo teve como objetivo comparar a eficiência da hidratação enteral em FC e em B para a correção de desequilíbrios hídrico, eletrolítico e ácido base em vacas. O protocolo de indução a desidratação, que consistiu em jejum hídrico e alimentar de 24 horas associado a duas administrações de furosemida por via intramuscular na dose de 3 mg/kg, foi aplicado duas vezes em 8 vacas sadias com intervalo de uma semana. Em delineamento cross-over, duas modalidades de infusão com a mesma solução eletrolítica enteral foram avaliadas. Volume igual a 12% do peso corporal (PC) foi administrado em FC por via nasoesofageana na taxa de 10 mL/kg/h, durante 12h (0h a 12h), enquanto o volume de 6% do PC foi infundido em B por via ororruminal duas vezes (0h e 6h). Variáveis clínicas, amostras de sangue venoso, de fezes, e a densidade urinária (DU) foram analisadas em -24h, 0h, 6h, 12h e 24h. As variáveis sanguíneas determinadas foram volume globular (VG), proteína plasmática total (PPT), pH, pressão parcial de gás carbônico (pCO2), excesso de bases (BE), concentração de bicarbonato (HCO3-), sódio (Na+), potássio (K+), cloreto (Cl-), glicose e lactato-L. Valores de hiato aniônico (AG), diferenças de íons fortes (SID3), concentração total de ácidos fracos não voláteis (Atot) e variação percentual do volume plasmático (VVP) foram calculados. ANOVA de medidas repetidas foi empregada. O protocolo de indução de desidratação foi eficaz e provocou desidratação moderada, além de alcalose metabólica hipoclorêmica nas duas vezes em que foi aplicado, e os dois métodos de hidratação enteral promoveram resultados parecidos, e foram capazes de corrigir esses desequilíbrios ao término do período de tratamento (12h). A colocação e fixação da sonda nasoesofageana de pequeno calibre para realização do FC foram fáceis. As vacas que receberam a hidratação enteral em FC não apresentaram intolerância aparente, mas para utilização desse método se faz necessário um sistema de infusão apropriado, permanência do animal na baia, e monitoramento do fluxo administrado. O método de hidratação em B é, por outro lado, muito mais prático e fácil de ser realizado na rotina clínica. Pode-se concluir que a hidratação enteral em B é tão eficaz quanto a hidratação em FC para reverter a desidratação e os desiquilíbrios eletrolíticos e ácido base em bovinos adultos e, devido à sua maior rapidez e praticidade, pode ser considerada mais vantajosa.
dc.description.abstractother1Sick cattle often present dehydration and changes in electrolyte and acid-base balance, requiring the administration of electrolyte solutions to restore blood volume and correct existing imbalances. Enteral hydration in cattle is most commonly performed in bolus (B) by ororuminal route and administration in continuous flow (CF) by nasoesophageal route is a viable alternative. There are no studies comparing the effectiveness of the two methods. This study aimed to compare the efficiency of enteral hydration in CF and in B for the correction of water, electrolyte and acid-base imbalances in cows. The dehydration induction protocol, which consisted of a 24h water and food fast associated with two administrations of furosemide intramuscularly at a dose of 3 mg/kg, was applied twice in 8 healthy cows with an interval of one week. In a cross-over design, two infusion modalities with the same enteral electrolyte solution were evaluated. A volume equal to 12% of body weight (BW) was administered in CF via nasoesophageal route at a rate of 10 mL/kg/h, for 12 hours (0h to 12 h), while a volume of 6% of BW was infused in B via ororuminal twice (0h and 6h). Clinical variables, venous blood samples, feces samples, and urine specific gravity were analyzed at -24h, 0h, 6h, 12h and 24h. Blood variables determined were packed cell volume (PCV), total plasmatic protein (TPP), pH, partial pressure of carbon dioxide (pCO2), base excess (BE), bicarbonate concentration (HCO3-), sodium (Na+), potassium (K+), chloride (Cl-), glucose and L-lactate. Values of anion gap (AG), strong ion differences (SID3), total non-volatile weak acid concentration (Atot) and percent change in plasma volume (PV) were calculated. Repeated measures ANOVA was used. The dehydration induction protocol was effective and caused moderate dehydration, in addition to hypochloremic metabolic alkalosis in both times it was applied, and the two methods of enteral hydration promoted similar results, and were able to correct these imbalances at the end of the treatment period (12h). The put and fixation of the small-bore nasoesophageal tube to perform the CF were easy. Cows that received enteral hydration in FC did not show apparent intolerance, but to use this method is required an appropriate infusion system, the animal remains in the stall, and monitoring of the administered flow. On the other hand, the hydration method in B is much more practical and easier to be executed in the clinical routine. It can be concluded that enteral hydration in B is as effective as hydration in FC to reverse dehydration and electrolyte and acid-base imbalances in adult cattle and, due to its greater speed and practicality, it can be considered more advantageous.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18420
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCA - Departamento de Clínicas Veterinárias
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Ciência Animal
dc.subjectDesidratação
dc.subjectEquilíbrio ácido base
dc.subjectEquilíbrio hidroeletrolítico
dc.subjectFluidoterapia
dc.subjectRuminante - Nutrição
dc.subjectVaca - Desidratação
dc.subjectBovinos - Doenças
dc.subject.capesCiências Agrárias - Medicina Veterinária
dc.subject.cnpqCiências Agrárias - Medicina Veterinária
dc.subject.keywordsDehydration
dc.subject.keywordsAcid-base balance
dc.subject.keywordsWater and electrolyte balance
dc.subject.keywordsFluid therapy
dc.subject.keywordsSick cattle
dc.titleHidratação enteral em vacas: comparação entre administração em fluxo contínuo e em bólus
dc.title.alternativeEnteral hydration in cows: comparison between continuous flow and bolus administration
dc.typeDissertação
dcterms.educationLevelMestrado Acadêmico
dcterms.provenanceCentro de Ciências Agrárias

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