Autoconhecimento e agências controladoras : uma investigação da influência do ambiente social sobre o conhecimento de si mesmo

dc.contributor.advisorFilgueiras, Guilherme Bracarense
dc.contributor.authorTrintim, Lucas Tobias
dc.contributor.bancaLaurenti, Carolina
dc.contributor.bancaDittrich, Alexandre
dc.coverage.extent125 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-10-04T15:40:32Z
dc.date.available2024-10-04T15:40:32Z
dc.date.issued2024-02-07
dc.description.abstractO autoconhecimento pode ser compreendido como um repertório verbal de descrição de respostas públicas e/ou privadas do indivíduo, bem como das variáveis que controlam essas respostas. Enquanto um repertório verbal, o autoconhecimento é desenvolvido nas relações sociais e tem grande utilidade para o indivíduo e a comunidade. A principal utilidade é que o autoconhecimento se configura como precursor de outros comportamentos, como o autocontrole. Por serem amplas as possibilidades de controle social, diferentes tipos de autoconhecimento podem ser selecionados na relação do indivíduo com seu ambiente. As agências controladoras se configuram como segmentos importantes desse ambiente social, portanto, questiona-se de que modo sua atuação impacta especificamente o repertório de autoconhecimento dos indivíduos. Para responder essa questão, foi proposta uma pesquisa de natureza bibliográfica do tipo integrativa, que buscou investigar como uma amostra da literatura analítico-comportamental tem abordado a relação entre autoconhecimento e seu desenvolvimento pelas agências de controle. Foram acessados todos os artigos de periódicos especializados em Análise do Comportamento ainda em atividade que publicam em Português. Todos aqueles artigos que traziam em seu corpo textual menções simultâneas ao autoconhecimento e às agências controladoras foram inicialmente selecionados para análise. Nenhum material que apresentasse uma relação direta entre autoconhecimento e agências controladoras foi encontrado. No entanto, a literatura analisada apresentou subsídios teóricos e fragmentos discursivos que permitiram a elaboração de uma análise sobre esses dois conceitos. Em relação ao autoconhecimento, avaliou-se que tal conceito foi apresentado de maneira coerente com a proposta skinneriana e foi evidenciado o papel do ambiente no desenvolvimento deste comportamento. Fundamentado nos diferentes enfoques que foram dados ao termo, cinco tipos de autoconhecimento foram propostos: autoconhecimento deficiente; autoconhecimento das condições corporais; autoconhecimento das variáveis culturais; autoconhecimento das regras e autorregras e autoconhecimento do controle coercitivo. Em relação às agências controladoras, o material analisado reconhece-as como importantes segmentos do ambiente social que influenciam o repertório comportamental dos indivíduos. Maiores detalhes foram apresentados sobre a agência educacional familiar, indústria biomédica e psicoterapia. Em relação a essa última, foi enfatizado o seu papel político, já que a atuação da psicoterapia pode ter fins diversos, como a manutenção da própria agência e não necessariamente o benefício do indivíduo. A prática psicoterápica embasada em análise funcional foi indicada como uma alternativa que permite que essa agência promova mais benefícios ao indivíduo. Essa forma de atuação, por sua vez, favorece o desenvolvimento de alguns tipos específicos de autoconhecimento que estão mais próximos ao autocontrole e ao contracontrole. Além disso, foi apontado que o uso de práticas coercitivas e o controle punitivo das agências pode favorecer formas de autoconhecimento que ocultam o reconhecimento de importantes variáveis que atuam sobre o comportamento e não favorecem repertórios de autocontrole e contracontrole.
dc.description.abstractother1Self-knowledge can be understood as a describing verbal repertoire of public and/or private organism responses, as well as the variables controlling these responses. As a verbal repertoire, self-knowledge is developed within social relations and holds significant use for both the individual and the community. Its primary use lies in self-knowledge being characterized as a precursor to other behaviors, such as self-control. Due to the broad possibilities of social control, different types of self-knowledge can be selected in an individual’s interaction with their environment. The controlling agencies constitute important parts of this social environment, prompting an inquiry into how their influence specifically impacts individuals’ self-knowledge repertoire. To address this question, an integrative literature review was proposed, seeking to investigate how a sample of behavior analytic literature has approached the relation between self-knowledge and its development by controlling agencies. All articles included in active journals specialized in Behavior Analysis that publish in Portuguese were accessed, and articles that simultaneously addressed self-knowledge and controlling agencies were initially selected for analysis. No material directly linking self-knowledge and controlling agencies was found. However, the reviewed literature provided theoretical support and discursive fragments that allowed for an analysis of these two concepts. Concerning self-knowledge, it was evaluated that this concept was presented coherently with the Skinnerian proposal, emphasizing the role of the environment in its development. Based on the various perspectives given to the term, five types of self-knowledge were proposed: deficient self-knowledge, self-knowledge of bodily conditions, self-knowledge of cultural variables, self-knowledge of rules and self-rules, and self-knowledge of coercive control. Regarding controlling agencies, the analyzed material recognizes them as crucial parts of the social environment that influence individuals’ behavioral repertoires. More detailed information was provided about the family educational agency, the biomedical industry, and psychotherapy. Concerning the latter, its political role was emphasized, as psychotherapy’s intervention may have diverse purposes, including maintaining the agency itself rather than necessarily benefiting the individual. Psychotherapeutic practice based on functional analysis was indicated as an alternative that allows the agency to promote more benefits to the individual. This approach, in turn, supports the development of specific types of self-knowledge closer to self-control and countercontrol. Additionally, it was pointed out that the use of coercive practices and punitive control by agencies may encourage forms of self-knowledge that conceal the recognition of crucial variables that influence behavior, hindering the selection of self-control and countercontrol repertoires.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17903
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCB - Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Análise do Comportamento
dc.subjectAutoconhecimento
dc.subjectAgências controladoras
dc.subjectAmbiente social
dc.subjectComportamento social
dc.subjectAnálise do comportamento
dc.subject.capesCiências Humanas - Psicologia
dc.subject.cnpqCiências Humanas - Psicologia
dc.subject.keywordsSelf-knowledge
dc.subject.keywordsControlling agencies
dc.subject.keywordsSocial environment
dc.subject.keywordsSocial behavior
dc.subject.keywordsBehavior analysis
dc.titleAutoconhecimento e agências controladoras : uma investigação da influência do ambiente social sobre o conhecimento de si mesmo
dc.title.alternativeSelf-knowledge and controlling agencies : an investigation of the influence of the social environment on the knowledge of oneself
dc.typeDissertação
dcterms.educationLevelMestrado Acadêmico
dcterms.provenanceCentro de Ciências Biológicas

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