Avaliação da remoção de Microcystis sp. e microcistinas no tratamento por ciclo completo e adsorção em carvão ativado com avaliação ecotoxicológica
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Francisco, Amanda Alcaide
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Resumo
Resumo: O despejo inadequado de efluentes em corpos hídricos pode acelerar o crescimento de algas e cianobactérias, acarretando na eutrofização de rios utilizados como mananciais de abastecimento A presença das cianobactérias é uma das grandes preocupações para o tratamento de água, uma vez que estes microrganismos podem ser produtores de metabólitos tóxicos, as cianotoxinas, com destaque às microcistinas – MCs, nocivas à saúde humana e animal As estações de tratamento de água utilizam, em sua maioria, o tratamento por ciclo completo, composto por coagulação, floculação, sedimentação e filtração que, operando em condições adequadas, são capazes de remover células intactas de cianobactérias, porém ineficientes na remoção de MCs dissolvidas Desse modo, é necessário o emprego de técnicas complementares como adsorção em carvão ativado pulverizado – CAP ou granular – CAG, eficientes na remoção de MCs extracelulares Este trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência do tratamento em escala de bancada por ciclo completo associado ou não à adsorção em CAP e CAG na remoção de células de Microcystis sp e MCs com avaliação ecoxicológica Para tanto foi preparada água de estudo com densidade celular da ordem de 15 cel mL-1 de Microcystis sp e concentração de 2 µg L-1 de MCs Foi utilizado como coagulante o hidróxi-cloreto de polialumínio e amostrados 14 CAPs e 7 CAGs Os resultados indicaram que o parâmetro de maior relevância na seleção de carvão ativado a ser empregado na adsorção de MCs está relacionado à distribuição de mesoporos correlacionado ao Índice de Azul de Metileno, destancando-se os CAPs 5 (nacional) e 8 (importado) e os CAGs 5 (nacional) e 7 (importado) No experimento de tratamento por ciclo completo com filtração em areia observou-se que as condições de maior eficiência de coagulação ocorreu para a dosagem de 4, mg L-1 de Al e pH 6,7, resultando para as amostras após filtração em remoções de 99,9% de células de Microcystis sp, e de 11,3% para as MC extracelulares Nos experimentos com associação do tratamento por ciclo completo à adsorção em CAP verificou-se que as dosagens de 5 mg L-1 e 4 mg L-1 de CAP5 e CAP8 para os tempos de contato de 3 min e 6 min, respectivamente, removeram 99,9% de células e aproximadamente 99% de MCs extracelulares Já para o tratamento por ciclo completo seguido de adsorção em CAG após 24 h foi observado que o CAG5 e CAG7 apresentaram remoções de MCs extracelulares de 99,9 e 1%, repectivamente Os ensaios de ecotoxicidade e os valores de CE572h em P subcapitata, CE524h e CE548h para C dubia e CL524h para A salina, mostraram que a água de estudo e os filtrados após cada tratamento não apresentaram toxicidade, enquanto a cultura de Microcystis sp e o extrato bruto de MCs resultaram ser tóxicos, resultando na seguinte ordem decrescente de toxicidade em relação aos organismos-teste: P subcapitata, C dubia e A salina
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Palavras-chave
Cianobactéria, Água, Bacteriologia, Água, Purificação, Cryptophyceae, Water, Water purification, Activated carbon, Bacteriology