Caracterização qualitativa, química e microbiológica de cafés de solos de basalto e arenito
Data
2008-02-25
Autores
Schmidt, Carla Adriana Pizarro
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Resumo
No Brasil, muitas pessoas se envolvem direta ou indiretamente com o café, nos vários segmentos deste setor, desde a produção até a industrialização e comercialização. O café apresenta um maior valor a medida que apresenta melhor qualidade. O presente estudo avaliou sensorialmente e caracterizou o café ‘IAPAR 59’, produzido em diferentes localidades do Paraná, sob solos do arenito Caiuá e do basalto. As análises sensoriais hedônicas delinearam as preferências dos consumidores, utilizando uma amostra de café colhida no município de Londrina, no ano de 2003, a qual foi submetida a diferentes graus de torra e moagem. A torra preferida foi a média escura, a qual não é adequada para realização dos testes sensoriais empregados na classificação do café, tanto pela prova de xícara como pela análise descritiva quantitativa (ADQ®). As análises fisico químicas, microbiológicas e sensoriais descritivas quantitativas utilizaram duas amostras compostas, que visaram isolar o efeito do solo sobre os atributos qualitativos do café. Essas amostras compostas foram obtidas pela mistura de todas as amostras coletadas em 2007, em 30 propriedades, sendo 15 propriedades em cada textura de solo avaliado. Elas foram avaliadas sensorialmente por meio de ADQ®, objetivando avaliar a qualidade sensorial dos cafés, com base nos atributos: fragrância, aroma, defeitos, acidez, amargor, sabor, sabor residual, adstringência, corpo e qualidade global, em dois pontos de torra, média indicada para esse fim e escura que obteve maior preferencia pelos consumidores. As amostras cruas e em torra escura foram também submetidas a avaliações fisico-químicas, onde se determinou umidade, cinzas, fibras totais, proteínas, lipídeos, carboidratos, acidez titulável, pH e índice de coloração. Realizaram-se as análises necessárias nas amostras de café cru para classificação de tipo e qualidade de bebida; bem como uma avaliação microbiológica do café em coco e beneficiado. A subamostra de café proveniente de solo basaltico foi classificada como tipo 6 e a contaminação microbiológica foi maior já a subamostra proveniente do solo arenoso obteve classificação tipo 5, por ter menos grãos quebrados, brocados e verdes. Não foi observada nenhuma diferença significativa na análise sensorial (ADQ®) entre as duas sub amostras, em nenhum dos atributos avalidos, sendo que as duas foram classificadas como café tradicional. Na prova de xícara os cafés receberam a classificação de bebida dura. Na análise fisico-química observaram-se apenas pequenas diferenças, entre as quais pode-se destacar o teor de lipídeos que foi significativamente inferior na subamostra do arenito. A acidez das duas amostras compostas de café avaliadas foi baixa, obtendo-se valores de pH de 6,4 e 6,6. Cada uma das 30 amostras coletadas foram submetida a análise de metais pesados, Cromo, Cobalto, Níquel, Chumbo, Cádmio, Cobre, Zinco e Manganês. Os teores de metais pesados foram variáveis entre as propriedades. Há indicações de que a poluição, os defensivos, os corretivos e os adubos contribuíram para elevar os teores de metais pesados em algumas das amostras coletadas.
Descrição
Palavras-chave
Coffea arabica, Frutos Cereja, Analise Sensorial, Ponto de Torra, Metais Pesados, Nitossolo, Rochas Sedimentares, Fungos Filamentosos